quarta-feira, 23 de julho de 2014

VIEIRA É QUE TINHA RAZÃO

Vieira lidera união para salvar o futebol
TEVE IDEIA DE CRIAR COMISSÃO FORMADA PELOS GRANDES

 
Perante o evidente caos em que mergulhou a Liga – tão grave que o arranque dos campeonatos nas datas previstas continua em causa, como Record vem anunciado –, todos os clubes que fazem parte dos dois escalões profissionais do futebol português mostraram ontem, no decorrer de uma reunião promovida pela Federação, um cartão vermelho a Mário Figueiredo e respetiva Comissão Executiva. Se a opinião que muitos emblemas tinham sobre o líder da Liga já não era favorável, ontem até alguns dos seus ex-apoiantes assumiram que está na altura de virar a página e iniciar um novo capítulo no futebol nacional.


E foi Luís Filipe Vieira quem atirou para cima da mesa uma proposta algo inesperada mas que, de imediato, mereceu o apoio unânime. O presidente das águias considerou que, nesta altura, não há espaço para pensar em divergências históricas ou em rivalidades, pelo que pediu a Sporting e FC Porto para se juntarem aos encarnados na liderança de um processo que possa, a curto prazo, solucionar muitos dos graves problemas com que se debatem os clubes profissionais.


Cientes do momento crítico, e tendo consciência de que a crise instalada é péssima para o negócio, todos os envolvidos consideraram positiva a proposta de Vieira. E saudaram igualmente com entusiasmo a resposta de leões e dragões que, mesmo sem terem os respetivos presidentes na reunião, concordaram com a ideia avançada pelo líder do Benfica.


Esforço conjunto


Habituados a assistir a inúmeras querelas envolvendo as principais figuras dos três grandes, muitos dos líderes dos restantes clubes ficaram surpreendidos com a forma serena como, após poucas horas de reunião, foi possível estabelecer uma base de entendimento que parece ter todas as condições para vingar.


A interpretação geral é que, de facto, a situação chegou a um ponto tão grave que se não existir uma união forte será não só o futuro da Liga a estar em causa, mas também de todos os emblemas que competem nas provas profissionais. E isso, sem surpresas, é algo que tem o poder necessário para juntar quem, por norma, anda de costas voltadas.


Alargamento


Apesar de assumirem as suas responsabilidades como clubes mais poderosos, Benfica, Sporting e FCPorto entendem que, após a primeira reunião para definir uma estratégia-base, outros emblemas têm de ser chamados a intervir, razão pela qual já se sabe que, no segundo encontro, também marcarão presença V. Guimarães, Marítimo, Tondela e Oliveirense.

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