sexta-feira, 3 de julho de 2015

LUISÃO É UM EXEMPLO


O guarda-redes internacional brasileiro Júlio César, de 35 anos, foi esta quinta-feira porta-voz da ambição em chegar ao tricampeonato na época 2015/16, cuja preparação o plantel profissional dos bicampeões nacionais iniciou neste dia.

«Acho que é primordial a preparação da pré-época antes das competições importantes. Dependendo da preparação, poderemos mostrar o que esperar da equipa. Há que prepararmo-nos bem em todos os aspectos. E evitar as lesões, pois são muitas provas e jogos. Temos de estar focados em todas as áreas para que os jogadores se lesionem o menos possível», afirmou o experiente guardião após os exames médicos, à BTV.

O facto de o Benfica ir, este verão, disputar a Champions Cup a países como o Canadá, Estados Unidos da América e México, mereceu nostálgica lembrança do consagrado guardião.

«Tive o privilégio de conhecer a Major League Soccer [liga profissional dos EUA] quando joguei, ainda que por um breve período, no Toronto FC. É uma cidade onde faz um frio tremendo, mas a experiência foi boa. Identifiquei-me bastante com os EUA, é um país e lugar onde vou sempre com a família, nas férias. Vai ser bom voltar e reencontrar alguns amigos que por lá deixei», disse Júlio César.

«Apesar de ter sido um período curto, cultivei algumas amizades no Toronto FC. Já recebi várias mensagens a perguntar quando chego. Vai ser a primeira vez que participo num torneio como a Champions Cup. Pode ser que depois, na Champions League, nos calhe uma das outras equipas da Champions Cup, por isso estaremos atentos», afirmou o guardião, numa alusão a outros grandes cubes europeus que participam na prova.

E quanto à mudança de treinador e chegada de Rui Vitória, Júlio César deixou uma palavra de serenidade. «Esperamos assimilar o mais rapidamente possível as ideias do novo treinador, começar a ganhar, e a conquistar os títulos que o clube merece», referiu o jogador à tv do clube.

Uma palavra ficou também para o acolhimento aos novos recrutas na temporada que agora começa. «Estou quase com 36 anos, já passei por essa situação. Quando o jogador é jovem e vê ao lado colegas com carreiras de respeito, vê condições para ter uma carreira brilhante também. Observei sempre os mais velhos. É sinónimo de inteligência. Espero que os jovens se inspirem nos mais velhos», foi o conselho que Júlio César deixou aos novos.

Aos recém-chegados, e por experiência própria, Júlio César aconselha a que imitem a aplicação diária do capitão de equipa: «Vejam o Luisão, está há 12 anos no clube. Quando cheguei, vi a motivação dele, como trabalhava. E vinha de uma Copa do Mundo [Mundial] desastrosa, com a estima lá em baixo [n.d.r. - Brasil derrotado 1-7 pela Alemanha nas meias-finais, em 2014, em Belo Horizonte, com Júlio César na baliza] e ele ajudou-me bastante», recordou a propósito.

«Desejo sorte aos meninos que vão estar connosco na equipa principal. Chamo-lhes meninos mas de meninos nada têm: a exigência é a mesma para todos na equipa principal. Procuraremos ajudar da melhor maneira, para o grupo ficar ainda mais forte», prometeu Júlio César.

À despedida, ficou o humor e a boa disposição para com o compatriota Lima, que recordou ser ainda «um moleque e já Júlio estava na baliza do Flamengo»: o avançado confessou ter tido o desejo de marcar um golo ao amigo guarda-redes. 

«Como o Lima comemorou, quando me marcou um golo no Brasil, lembro-me... A minha pergunta para o Lima é se lá no Pará, em Montealegre, a cidade dele, se pegou o ‘facão’ da peixeira e amolou bem o pé? Botou o pé na forma para fazer mais golos do que na última época? É que fez uma época anterior fantástica, com Jonas, espero que possa repetir e até melhorar na próxima», foi a provocação lançada ao companheiro de equipa que mereceu resposta positiva: Lima vem com fome de golos.

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