domingo, 13 de novembro de 2016

"NESTA CASA SÓ SE PENSA EM GANHAR"


Tarde de sexta-feira marcada pela presença dos vice-presidentes do SL Benfica, Domingos Almeida Lima e Fernando Tavares, no programa SL Modalidades da Benfica TV.
Numa conversa informal, que durou cerca de 25 minutos, os responsáveis pelo pelouro das Modalidades do Clube falaram de diversas temáticas, desde a forma como se vai processar o trabalho de ambos, a aposta na Formação e as metas traçadas para um futuro que se quer cada vez mais Glorioso.
O SL Benfica iniciou a temporada 2016/17 com a conquista de sete Supertaças – em dez possíveis – sintomático da qualidade de um Clube que só pensa, vive e respira vitória.
“Obviamente que aqui nesta casa só pode haver uma mentalidade que é ganhar. Os objetivos estão sempre presente, mas não passam por outra coisa que é ganhar e, quando não ganhamos, temos que fazer tudo para voltar a ganhar, essa é a ideia de força, não só nas modalidades mas que também em toda a vida do Clube. A nossa intenção é continuar a ganhar, é fazer tudo para criar condições para que os atletas, as equipas técnicas tenham condições de se baterem, e bem, e ultrapassarem as dificuldades que os adversários lhe apresentem. Hoje e amanhã será sempre a mesma ideia: ganhar”, começou por dizer Domingos Almeida Lima.
De que forma vão ajudar a crescer as modalidades?
“Cada um com as suas áreas de competência, mas colaborando sempre naquilo que seja necessário, num espirito de ajuda. Eu vou ter as Modalidades de pavilhão, o Fernando Tavares vai ter um Mundo muito grande onde fazem parte todas as outras modalidades extra-pavilhão. É nessa perspetiva que iremos trabalhar, conjuntamente mas com áreas diferentes como é evidente. O objetivo é comum e é só um e estou convencido que vamos ter bons resultados”, começou por explicar.
“É um trabalho que é inovador para o Benfica. Normalmente o Benfica tinha um vice-presidente para todas as modalidades mas nós entendemos, nesta fase, que tendo em conta os desafios que temos no futuro e, sobretudo, com uma preocupação de cada vez sermos mais competitivos e ganhadores talvez devêssemos fazer a experiência de tornar o Benfica mais forte, mais próximo do Universo enorme de atletas e colaboradores que trabalham aqui para que o resultado seja de maior impacto, de maior êxito”, acrescentou Almeida Lima.
Fernando Tavares regressa ao Clube e a primeira pergunta prendeu-se com quais as primeiras sensações…
“As sensações são positivas! Voltar a uma casa que conheço dá-me enorme satisfação, orgulho e muito sentido de responsabilidade, porque o patamar de exigência no Benfica é elevado, embora hoje as condições sejam um pouco diferentes porque face às que encontrei quando entrei em 2003. Hoje estamos perante um Benfica mais organizado, mais estruturado, com outra capacidade para dar resposta a nível competitivo, mas isso não significa que a exigência se vai perder, esta dinâmica de vencer e pôr o Benfica num patamar superior é uma exigência diária e isso não é diferente dos tempos que eu vivi entre 2003 e 2008”, explicou.
“Aposta na Formação continua a ser muito forte”
Como é que o Benfica se vai posicionar ao nível da Formação?
“Ficou muito explícito que essa é uma estratégia do Benfica que não sofreu alteração nenhuma depois destas eleições. A aposta na Formação continua a ser muito forte e é outra das áreas em que esta divisão pode beneficiar. O Benfica tem na formação cerca de 52 equipas nos pavilhões o que representa mais ou menos 1000 atletas e, portanto, a envolvência do vice-presidente tem de ser maior ainda. Nas camadas mais jovens, esta Formação assenta muito na ligação entre as famílias com o Sport Lisboa e Benfica e o vice-presidente tem que ter mais disponibilidade. Esta divisão vai dar a possibilidade para que haja uma melhor e maior identificação em todo o universo que está ligado às modalidades com os objetivos do Sport Lisboa e Benfica. Apesar de termos dois pavilhões ótimos, muitas equipas têm treino fora e isso exige que haja uma estrutura a acompanhar os atletas e vai ser feito de forma mais incisiva”, argumentou Domingos Almeida Lima.
“Penso que o impacto pode ser enorme. Este novo modelo organizativo, apesar de ser em mérito, é conduzido pelo patamar de exigência que o Benfica tem obrigatoriamente, e no plano pessoal, este modelo vai funcionar porque nós queremos que ele funcione. Como em qualquer organização tudo depende muito da vontade e do compromisso de cada um para que as coisas funcionem e, do nosso lado, temos a certeza que isso vai funcionar. Num plano mais funcional, acho que há pontos que são comuns porque as duas áreas vão partilhar um conjunto de serviços e vão ser suportados por esse serviço de partilha. Isso obriga a interação entre os dois vice-presidentes. Ao criar essa separação, a nível da liderança, vai obrigatoriamente surgir uma solução mais estratégica para as modalidades”, explicou Fernando Tavares, relativamente à interação entre as Modalidades e Pavilhão e todas as outras.
Há quem pense que aposta na Formação é sinónimo de desinvestimento…
“Não! Antes pelo contrário! O investimento que se faz na Formação é um investimento enormíssimo. Se compararmos o que fizemos há dois anos atrás com o que fazemos hoje, aliás, não tem comparação… todo o acompanhamento que se faz de um jovem atleta desde que entra no Clube até atingir o patamar de sénior, é um investimento muito grande. O melhor exemplo é o Andebol. É factual o número de atletas da Formação do Clube que alinham hoje na equipa principal. O que nos interessa é que todas as nossas equipas tenham um alto nível de competitividade e de competência para ultrapassar os diversos obstáculos que temos”, afirmou taxativamente Domingos Almeida Lima.
Uma competitividade que é visível no Atletismo, por exemplo, apesar da saída de alguns atletas do Clube.
“Antes de mais, esta aposta na Formação é decisiva! Temos de criar um equilíbrio - até por causa da sustentabilidade financeira e desportiva do Benfica - entre contratações e Formação. Obviamente vamos continuar a contratar mas, talvez menos, se tivermos uma boa Formação”, começou por esclarecer Fernando Tavares.
“O Atletismo é também um bom exemplo onde há trabalho feito. No Triplo Salto, os Benfiquistas podem estar descansados porque temos um jovem atleta - o Tiago Pereira - tem 24 anos, já está a fazer marcas muito apreciáveis e que vai ser daqui a pouco tempo o número 1 em Portugal e vai entrar também em marcas a nível mundial. Quando saem atletas como o Nelson Évora pode haver a tentação imediata de contratar, mas nós preferimos fazer uma aposta no atleta que está connosco há 6 anos. Muitas vezes não sabemos o resultado deste investimento, muita das vezes tem de haver um acompanhamento milimétrico em relação à introdução dos atletas, o que não podemos é entrar em desequilíbrios financeiros e loucuras”, acrescentou de forma concisa. 
“O Benfica Olímpico é uma bandeira do Clube”
Olhando para o projeto Olímpico, a meta está traçada.
“O Benfica Olímpico é de uma dimensão importante para o Clube, é uma bandeira, significa uma aposta forte no alto rendimento, e aqui também vamos ter duas dimensões. De um lado, a aposta na contratação, no outro, o Benfica já tem um conjunto de atletas muito interessantes e com potencial para ir a Tóquio e entrar nas medalhas. Não vamos fazer contratações em massa e vamos pensar não só a quatro anos mas também a 8 e 12 anos… é tentarmos ser competitivos a curto prazo mas sempre a dar perspectiva ao longo prazo”, explicou Fernando Tavares.
Olhando em frente…
“Realço que o objetivo principal é fazermos aquilo que podíamos ter feito há dois anos quando ganhámos quatro dos cinco títulos, ou seja, ganhar nas cinco Modalidades de Pavilhão. Obviamente que isto passa por ter consciência do que são as competições e do respeito pelos adversários, mas o objetivo do Benfica é ganhar todos os Campeonatos. Em termos internacionais, as coisas são um bocadinho diferentes, se nós no Hóquei em Patins, podemos e devemos apostar, em relação às outras modalidades já temos que ter uma maior contenção tendo em conta a nossa realidade competitiva e aquilo que se passa na Europa. O grande objetivo, quer no andebol, quer no voleibol, é atingir as fases finais, como já aconteceu. Deixar também um alerta aos nossos sócios, vamos ter dois jogos muito importantes na competição de Basquetebol em casa e caso ganhemos estes dois jogos, podemos prosseguir na FIBA, portanto esse é um objetivo também, embora não seja fácil”, afirmou Domingos Almeida Lima, concluindo e lançando o repto aos Benfiquistas.
Um Benfica pleno de ambição, cada vez mais forte, mantendo o seu cunho de e no ecletismo!

1 comentário:

  1. Faço votos que a decisão de dividir as modalidades em dois pelouros dê mais visibilidade às que não competem nos pavilhões, e não falo só das que fazem parte do Projecto Olímpico.
    Espero também que a BTV comece a dar um tempinho a todos os que não jogam ou competem nos pavilhões mas que defendem as cores e os valores do Benfica com tanto ou mais empenho que os outros, e de borla, só por gostarem da modalidade e por amor à camisola.

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