sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

QUAL CRISE?


"Sim, no SL Benfica não estamos - nem nunca iremos estar - habituados a perder duas vezes seguidas. Neste Clube entra-se em todos os jogos, de todos as modalidades, de todos os escalões e géneros, sempre para ganhar. Às vezes, por um alinhamento errado dos planetas, por um pontapé falhado, por uma má decisão de quem treina, por uma defesa impossível do adversário ou por uma desprezível cobardia de um árbitro, tal não acontece. É nesses momentos que não pode haver a mínima dúvida: há que continuar a apoiar.
O mais fácil é apontar os erros, realçar as falhas, encontrar um bode expiatório e sentar-se no trono das redes sociais a ditar sentenças. O mais visceral é ir buscar avisos feitos no passado, teorias da conspiração saídas de mentes perversas e disparar insultos básicos em todas as direcções. Isso é o mais fácil, não necessariamente aquilo de que o SL Benfica precisa.
Aquilo de que o tricampeão nacional de futebol precisa é de mais de 60 mil nas bancadas nesse fim de semana, a apoiar de forma incondicional a equipa que lidera o campeonato, que tem o melhor ataque e que está a poucos dias de mais um jogo decisivo da montra da Champions.
Sim, as duas derrotas preocupam-me, mas estar a pôr em causa o trabalho deste grupo e duvidar da sua qualidade por duas noites mal conseguidas não faz parte da minha forma de ser benfiquista. Além do mais, continuamos na posição que todos os outros invejam. E ninguém disse que o Tetra ia ser fácil. No SL Benfica, ninguém nos oferece nada: nem aconselhamento matrimonial, nem férias pagas no Brasil, nem boleia para o centro de treinos dos árbitros. Aqui trabalha-se e aprende-se com os erros."

Ricardo Santos, in O Benfica

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