quinta-feira, 6 de abril de 2017

NO RESCALDO DO CLÁSSICO


"A tomar em conta a opinião e a soberba de analistas afectos ao FCP, ainda pensei levar um kit para a Luz, tão aflito estava de medo perante a superioridade da equipa nortenha. É que era quase uma inevitabilidade a modesta equipa (primeira desde a 5.ª jornada), jogando tão pouco, perder perante a máquina poderosa e invencível, que de tão senhora de si, logo se apresentou sem um ponta-de-lança...
E o que aconteceu? Um excelente jogo, uma festa numa belíssima Luz com 64.000 espectadores (apesar do vandalismo da claque, que vai sendo a regra por cá). Arbitragem boa. Partida sem casos. Silêncio prudente de dirigentes antes do clássico. Dois treinadores educados, sensatos, sem as graçolas dos mind games. Tudo o inverso do que os abutres do costume auguram (e agoiram), entre televisões dedicadas ao sangue do futebol e cobardolas formas de bolsar nas redes sociais.
Depois o jogo. Também aqui o inverso do Dragão. Agora foi o Benfica melhor em todos os aspectos. Mereceria ter ganho, não fora Casillas que, pelos vistos, adora a Luz. O Porto fez a festa do empate, como o Benfica a fez na 1.ª volta.
E agora? Luta cerrada até ao fim, em pontos e, desta vez, em diferença de golos. Creio que diferente da do ano passado, porque prevejo que as sete jornadas não sejam imaculadas para nenhum dos contentores. E lá voltaremos ao fandango do à condição.
A frustração de o Benfica não ter ganho a partida pode ser, de algum modo, compensada pela dose de confiança que resulta de um excelente jogo e que, assim jogando, pode superar, com maior ou menor dificuldade, os obstáculos.
Tetra ou não tetra: eis a questão."

Bagão Félix, in a bola

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