quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

VAMOS FALAR DE MILHÕES?


Após mais um empate, desta vez com o Burnley (sensacional 7.º lugar), José Mourinho voltou à carga contra o rival de Manchester. O português tem razão: os mais de 400 milhões de euros que City gastou em contratações nos últimos dois anos fazem com que seja impossível pensar numa competição equilibrada, quer em Inglaterra quer na Liga dos Campeões. O problema é que Mourinho é dos últimos que pode falar sobre o assunto.
Primeiro, porque acabara de empatar em casa com um clube que gastou pouco mais de 30 milhões de euros em reforços esta época. Depois, porque o Manchester United também está entre os clubes que mais gastam, não só na Premier League mas como em toda a Europa. Por fim, porque o atual City não é muito diferente do Chelsea que Mourinho tornou grande a partir de 2004: um novo rico, com dinheiro que até estorvava.

As diferenças entre os ricos e os outros alargam-se a cada ano que passa e a Premier League deste ano já sabe a Liga espanhola. É certo que todos vão recordar o título do Leicester durante vários anos, mas será uma exceção que dificilmente se repetirá, pelo menos enquanto houver clubes capazes de gastar num só futebolista mais do que outros, na mesma prova, gastam com todo o plantel.
A médio prazo isto será o princípio do fim das ligas domésticas. City, United, Real Madrid, Barcelona, Paris SG, Bayern e mais meia dúzia de clubes terão de encontrar alguém do tamanho deles para jogar. E isso só acontecerá a nível continental.
Sérgio Krithinas, in Record

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