Desde que chegou ao Benfica, o avançado brasileiro já fez 7 aos canarinhos em apenas 6 jogos: 2 no 6-0 do Fevereiro de 2015, 2 no 4-0 em Agosto de 2015 e outro no recente 3-3 da meia-final da Taça. Os dois de ontem foram particularmente decisivos.
Soninho
A ganhar 1-0 ao intervalo o Benfica voltou para o jogo a dormir. O Estoril fez remates com perigo aos 51', aos 56', aos 57' e aos 58' e marcou golo aos 60'. E mesmo a atacar, as águias não estiveram nos melhores dias: só três remates acertaram na baliza. Dois foram golo.
Kléber
Kléber já não é jogador do Porto. Representou os dragões em 2011/12 e depois andou pelo FC Porto B e emprestado ao Palmeiras e... ao Estoril, antes de se desvincular dos dragões e rumar à China. Agora, voltou ao Estoril. A questão é: não é do FC Porto porquê, se joga tanto?
Pedro Emanuel
O Estril perdeu, mas Pedro Emanuel merece aplausos pela foram como a equipa tem jogado. Fabiano Soares e do espanhol Gómez Carmona, a equipa melhorou revolucionariamente. Parece magia, mas não é.
Tremedeira
Mesmo ao tricampeão nacional, mesmo ao líder da Liga, mesmo à equipa que tem tudo na mão para vencer a competição, a verdade é que a tremedeira não dá descanso. A pressão dos últimos jogos toca a todos. Ontem, na Luz, estiveram 60 mil a tremer até ao último minuto."
Tarde deste domingo marcada pela realização da 39.ª jornada da II Liga, com o Caixa Futebol Campus a receber o desafio entre SL Benfica B e Académica de Coimbra.
Frente a frente, o 4.º (59 pontos) e o 11.º classificados (53 pontos), respetivamente, ambos com os três pontos em mira.
Partida morna, equilibrada, e sem grandes oportunidades de golo flagrantes, não obstante a muita vontade colocada em campo pelos intervenientes. Entraram melhor as águias na segunda metade e o golo esteve muito perto…
Com os minutos a correrem, a partida aumentou de intensidade e alguma dureza.
Aos 78’, o momento da tarde e do jogo! O central, Francisco Ferreira (Ferro), acreditou e rematou de meia distância para um golo monumental, um golo que deu os três pontos à equipa. Sem hipóteses para José Costa.
Em vantagem, o Benfica cresceu, o jogo partiu, e – até ao final – as águias estiveram muito perto de dilatar a vantagem, contudo, a redondinha não quis entrar.
Para as contas finais, triunfo por 1-0 (quarta vitória consecutiva), mais três pontos, são agora 62 os somados pelos comandados de Hélder Cristóvão, o que equivale ao 3.º lugar na classificação geral.
O SL Benfica B alinhou de início com Zlobin, Simón Ramírez (31’, Luquinhas), Ferro, R. Escoval, Hermes, Pepê, Dálcio (Gedson, 74’), J. Filipe, J. Felix (Florentino, 82’), Heri e Zé Gomes.
Na próxima jornada, a 40.ª da competição, há dérbi! O Sporting CP B – SL Benfica B está marcado para as 16h00 da próxima sexta-feira, dia 5 de maio, em Alcochete.
Declarações
“Foi uma partida bem disputada, com as duas equipas com a manutenção assegurada, mas mostrámos que temos ambição e queremos sempre mais, ganhar, e a melhor classificação possível. É provável que seja o melhor golo da minha carreira. Tive a felicidade do remate me sair bem e estou feliz pelo golo e pela vitória”, Ferro
“Bom jogo de futebol, um bom espetáculo. Vitória justa, a mostrar que temos um grupo bastante alargado de atletas que podem competir. Quatro vitórias consecutivas, momento muito bem, o espelho do trabalho que é feito no Seixal. Os jogadores estão de parabéns, tem sido uma época desgastante, mas de grande responsabilidade”, Hélder Cristóvão.
Boletim Clínico SL Benfica B
- YURI RIBEIRO – Estiramento muscular na face posterior da coxa esquerda;
- ROMÁRIO BALDÉ – Lesão muscular na face posterior da coxa direita;
- PEDRO AMARAL - Lesão muscular na face posterior da coxa direita;
- GONÇALO RODRIGUES – Entorse no joelho direito;
- AURÉLIO BUTA - Entorse na tibiotársica direita;
- DIOGO GONÇALVES – Tendinopatia rotuliana à esquerda;
- RÚBEN DIAS - Entorse na tibiotársica esquerda;
- FÁBIO DUARTE – Estiramento na face posterior da coxa esquerda.
Está ao rubro e no momento das grandes decisões o Campeonato Nacional de Voleibol. Depois da derrota em Espinho, o SL Benfica colocou-se este fim de semana em vantagem na Final do play-off, após dois triunfos justos e na garra, nos dois encontros realizados no Pavilhão n.º 2 da Luz.
À semelhança da partida de sábado, este domingo também não faltou apoio das bancadas, com os intervenientes a corresponderem com um enorme espectáculo de Voleibol. Ambiente fantástico!
Quanto aos jogos, intensidade, ambição, emoção, luta até aos limites e equilíbrio têm sido o mote…
Entraram melhor os Tigres este domingo, com as águias a realizarem uma recuperação fantástica e, depois de estarem a perder por 3-8, venceram o 1.º set, por 25-21. É assim quando se junta o muito trabalho ao muito querer…
Segundo set, mais do mesmo, equilíbrio e muita disputa, com os atletas a deixarem tudo em quadra. Vitória para os encarnados, por 25-23.
No terceiro set, pela primeira vez o SL Benfica chegou em vantagem ao primeiro tempo técnico… e a vitória não fugiu. 25-23, no 3.º set, 3-0 no jogo e vantagem de 2-1 na eliminatória desta Final.
Grande jogo, grande exibição, grande espetáculo de promoção da Modalidade!
José Jardim fez alinhar de início a seguinte formação: Rapha, Vinhedo, Roberto Reis, Hugo Gaspar, Mart, Zelão e Ivo Casas.
O próximo capítulo desta Final acontece sábado, em Espinho, jogo 4 em disputa… e pode haver Campeão!
O SL Benfica viaja até ao reduto dos Tigres com uma vantagem de 2-1 numa eliminatória à melhor de cinco e, em caso de triunfo, conquista o título nacional.
Em caso de vitória dos anfitriões, a Final torna a estar empatada e a derradeira decisão acontece no fim de semana seguinte na Luz.
Jonas é o único tipo encharcado em suor que os adeptos querem abraçar. E isso, diz Um Azar do Kralj, é amor
Os autores de Um Azar do Kralj desfazem-se em elogios a Jonas, falam de Deus e de Luisão, da mulher de um determinado sueco, e da ubiquidade (sim, ubiquidade) de Fejsa. Ederson Começou bem o jogo, na medida em que não cometeu nenhum erro parvo que colocasse o adversário em vantagem. Pensou ingenuamente que a tarde estava bem encaminhada, mas o pior estava para vir. Passou os primeiros quinze minutos da segunda parte a participar, juntamente com os seus colegas, no novo jogo da baleia azul, com múltiplos desafios inexplicáveis que quase conduziram ao suicídio da equipa. Felizmente ficou só com uns arranhões.
Nélson Semedo As incursões do Estoril pelo seu flanco revelaram um jogo longe de estar ganho, mas o futebol é um jogo que vive tanto do colectivo como das individualidades. Nesse sentido, Nélson Semedo chegou quase sempre para meia equipa do Estoril. Aos 27’ apareceu lançado na área e, no mais absoluto desrespeito pelo único membro da nobreza em campo, passou por Lord Licá, que pontapeou o súbdito e assim provocou o penálti que colocaria o Benfica em vantagem. Fora isso, é uma das pessoas que passa mais tempo com Salvio, e só por isso já lhe devemos muito.
Luisão É o jogador do Benfica que mais vezes utiliza o hashtag #DeusNoComando e foi muito isso que se viu no início da segunda parte, uma espécie de versão pervertida dos 15 minutos à Benfica, hoje e sempre liderados pelo nosso capitão. A equipa arrancou com Deus no Comando, logo depois corrigiu posições para um tudo ao molho e fé em Deus, e chegaria ao fim em modo Deus nos ajude. Logo após o golo do empate, Luisão olhou para o céu e perguntou “Deus, estás aí?”, ao que Eusébio respondeu “Malta, é uma força de expressão! Joguem à bola, caraças”.
Lindelöf Teve a seu cargo a marcação de Kléber, tarefa que desempenhou quase sempre ao nível do impecável ou certinho, exceptuando cinco ou seis lances em que isso não aconteceu. Não obstante, foram 75 minutos a bom nível. Não marca há 114 minutos.
Grimaldo Sabemos que a exibição de Grimaldo foi fraquinha quando a meio da segunda parte uma parte do nosso cérebro começa a pedir o regresso de Eliseu.
Fejsa Não foi tão ubíquo como é habitual, um tipo de crítica reservado para indivíduos que vivem habitualmente acima das críticas. Às vezes aborda um ou outro lance com a serenidade de quem confia demasiado na estatística, ou em Pizzi. É verdade que as coisas parecem encaminhadas para o décimo título nacional consecutivo da carreira de Fejsa, mas bora lá só dar tudo nestes 3 joguinhos que faltam.
Pizzi A precisar rapidamente de uma noite de festa no Marquês e as respectivas férias. O seu cérebro pede mais linhas de passe, as pernas pedem o tal quinto amarelo. Chiça que nunca mais vem.
Salvio Tem o dom de estar quase sempre no sítio certo à hora errada, isto é, aparece muitas vezes no relvado em condições de receber a bola, mas quase sempre quando o Benfica está a jogar para o campeonato.
Mitroglou As suas exibições recentes têm suscitado a típica reacção que temos sentados no sofá quando a câmara filma um jogador lesionado ou suspenso a ver o jogo na tribuna: “Olha o Mitroglou… quando é que ele volta a jogar? Porque é que estão a filmar este gajo? Filmem mas é a mulher do Lindelöf.” Hoje, mais uma vez, vimos pouco Mitroglou e nenhuma Maja. Lamentável.
Jonas Certo. Marcou dois golos, um deles magnífico. Mas Jonas é muito mais do que isso. Quando está bem, como hoje, Jonas é a linha de passe que teima em aparecer levando alguém a passar a bola ao Salvio, é o calmante de que o meio-campo precisa quando lhe dá aquela travadinha, é o talento desbloqueador que seria capaz de abrir a porta de nossa casa com um cartão multibanco, e é o único brasileiro encharcado em suor que os adeptos na bancada alguma vez quererão abraçar. Numa palavra, é amor.
Cervi Faz lembrar um daqueles cães pequeninos que deviam estar quietinhos mas andam sempre à procura de zaragata. Sei lá, uma tia nossa teve um pinscher que era exactamente como o Cervi. Não parava quieto um segundo, mordia muito mais do que era mordido, tinha um tufo de pêlo inexplicável na cabeça, de vez em quando irritava as pessoas à sua volta que ainda se se riam por ser tão pequenino e amoroso, e uma vez chegou a fazer xixi nas pernas de alguém, o que demonstra os limites desta comparação.
Carrillo Logo após o golo do Estoril, quando já se preparava para entrar, olhou para o tablet de Arnaldo Teixeira e viu o ecrã completamente branco. Carrillo não percebeu se se tratava de um problema técnico ou da célebre “ideia de jogo” do Benfica, mas a verdade é que não esteve mal. Tentou três ou quatro lances individuais que fizeram os adeptos e a defesa do Estoril sorrir. Jimenez Disse há uns dias que esperava jogar até ao final do campeonato. Já os adeptos esperam que ele marque, coisa que não aconteceu na única oportunidade que teve aos 76 minutos.
Filipe Augusto Parece-nos que há aqui jogador, apesar de não nos permitirem estudar melhor o assunto. Mais 15 minutinhos a bom nível. Falha poucos passes e poucas pernas. Se um dia o Pizzi levar aquele quinto amarelo, o futuro do Benfica está assegurado.
Que grande jogo de Voleibol! Sábado à Benfica a começar em grande, com o Pavilhão n.º 2 da Luz a ser palco do jogo 2 do play-off da grande final do Campeonato Nacional.
SL Benfica e SC Espinho mediram forças numa partida intensa e muito disputada, pautada pelo equilíbrio (até ao 2.º set!), à semelhança do jogo 1, realizado no último fim de semana, aí com a vitória dos tigres que assim se colocaram na frente da eliminatória.
Ora, na Luz, este Benfica foi mandão, cheio de classe, raça e muita, muita ambição e deu a resposta. Perante um público incansável no apoio, triunfo taxativo por 3-0, com parciais de 25-23, 25-22 e 25-16. Contas feitas, numa eliminatória à melhor de cinco, Final empatada a um jogo…
José Jardim fez alinhar a seguinte formação inicial: Vinhedo, Hugo Gaspar, Rapha, Roberto Reis, Mart Van Werkhoven, Zelão e Ivo Casas.
Domingo, às 17h00, todos ao Pavilhão n.º 2 apoiar o SL Benfica frente ao SC Espinho no jogo 3 do play-off.
Tricampeão vence Estoril com 59 314 nas bancadas da Luz e lidera isolado a Liga NOS. Faltam três finais…
Sábado à Benfica, com o Complexo Desportivo da Luz a ser palco de pura Mística, com Modalidades e Futebol em ação! Sábado à Benfica… e a Família Benfiquista disse presente em apoio ao Clube do coração.
Foram largos milhares... não faltou apoio e também não faltou alegria, com os resultados a serem muito positivos em todas as frentes.
Mas vamos ao Futebol!
Mais uma final para arquivar com sucesso para os comandados de Rui Vitória, com Jonas a regressar ao onze. O Tricampeão tinha apenas um objetivo em mente e cedo essa ambição foi colocada em campo, apesar das oportunidades surgirem mais tarde do que o habitual.
Do outro lado, a equipa de Pedro Emanuel, bem organizada e com as linhas bem montadas, tentando adiar o que acabaria por surgir ao minuto 28…
Antes, aos 16’, Salvio rematou a dar o mote, com o esférico a rasar o poste. Mas vamos então ao minuto 28’… o minuto do golo e da festa nas bancadas da Catedral.
Excelente jogada de Nélson Semedo, o defesa entra na pequena área e sofre falta claríssima de Licá. Bem posicionado, Hugo Miguel aponta para a marca dos onze metros. Na conversão, Jonas, faz o que melhor sabe fazer, remata friamente sem hipóteses para Moreira.
Kléber respondeu com perigo… mas a partir daqui, e até ao intervalo, só deu Benfica. Cervi, na cara do guardião estorilista, pega mal na bola e vê o esférico a sair por cima; Salvio, depois de assistido por Nélson Semedo, atira ao lado do poste… que desperdício!
No reatar, e com um 1-0 no marcador, surgiu um Estoril transfigurado, sem nada a perder, perante um Benfica a ter dificuldades em suster o ímpeto atacante dos visitantes.
Allano, Mano e Kléber testaram Ederson, aos 57’ e aos 58’ foram os ferros a evitar o empate, contudo, em cima da meia hora o 1-1 acabaria mesmo por surgir.
Contra-ataque viperino (59’), com Ailton a isolar Kléber, com o brasileiro, na cara de Ederson a fazer o empate.
O Tricampeão pareceu surpreendido, mas quando se quer muito e muito se trabalha… Jonas, aos 65’, com um remate portentoso de meia-distância recoloca o Tricampeão novamente na frente.
O jogo abriu em definitivo, com as duas equipas à procura dos golos… Raúl esteve muito perto de dilatar, aos 77’, mas a redondinha acabou em cima da linha nas mãos de Moreira.
Em cima dos 80’… que oportunidade! Cervi oferece a Grimaldo, o espanhol atira forte, mas bola acaba nas redes, mas do lado de fora, isto quando os 59 314 presentes nas bancadas da Luz já gritavam golo.
Até ao final, o resultado não se alterou! Jogo difícil, missão cumprida!
Com este resultado, o Tricampeão soma 75 pontos e mantém a liderança isolada da Liga NOS. Faltam três finais.
O SL Benfica alinhou de início com Ederson, Nélson Semedo, Luisão, Lindelöf, Grimaldo, Fejsa, Pizzi, Salvio (Carrillo, 63’), Cervi, Jonas (Filipe Augusto, 76’) e Mitroglou (Raúl, 70’).
Segue-se a deslocação a Vila do Conde, referente à 32.ª jornada da Liga NOS, agendada para o próximo domingo, dia 7 de maio. O Rio Ave – SL Benfica tem início às 20h15, no Estádio dos Arcos.
O campeonato está ao rubro, mas ainda não é encarnado. Não porque se jogue um futebol encantador, mas porque fora das quatro linhas a indigência moral tomou conta do espaço mediático.. O lixo é tanto que dar-lhe muito espaço só aumentava o mau cheiro que provoca. Numa semana de Sporting-Benfica, onde os encarnados foram prejudicados em trés penalties em quatro minutos, facto absolutamente inédito no futebol mundial, foi também o único emblema que optou por não protestar, reclamar e vociferar contra o homem de preto, simpatizante, aliás, do clube rival com quem discutimos o título. Este caminho de civismo é muitas vezes (frequentemente também tenho culpas), criticado pelos próprios adeptos, que não percebem porquê tanto dano sem nenhuma contestação. Acresce que à hora do desfecho de Alvalade ainda o mundo das notícias não havia sido bafejado com a informação do cintilante resultado dos azuis e brancos frente ao poderoso Feirense, e, por isso, os dois pontos que deixámos em Alvalade podiam, como podem, custar o título nacional. Anote, porque vão todos morrer sem ver outra vez, trés penalties em quatro minutos sem um protesto ou lamento. Faltam quatro jogos para disputar e o Benfica tem que se centrar nas quatro linhas, no jogo e na baliza adversária. Nos truques, nas fintas e nos ardis externos já sabemos ser piores que a concorrência. Temos mesmo que ser muito melhores dentro de campo para vencer um campeonato, que já estava ganho sem erros de arbitragem. Boa notícia ter terminado o calvário de lesões, excelente notícia ter de volta Jonas e ter recuperado Fejsa em razoável condição. Encher a Luz contra o Estoril, porque sábado é mesmo uma final. Aqueles que acreditavam em Jorge Jesus acreditam agora em Pedro Emanuel, só nunca os vi acreditar neles mesmos. Tem razão porque o Estoril é boa equipa e Pedro Emanuel bom treinador. Sílvio Cervan, in a bola
"Durante o jogo entre os Houston Rockets e os Oklahoma Thunders, a contar para os play-offs da NBA, disputado na madrugada de ontem, o presidente dos texanos, Leslie Alexander, interpelou um dos árbitros, Bill Kennedy, de forma incorrecta. A sanção surgiu pouco tempo depois do final da partida em forma de multa, nada meiga: cem mil dólares (92 mil euros), foi quando a brincadeira custou a Alexander. Quando, por cá, tanto de fala em agilizar e endurecer as penas no futebol, a lição a tirar é que, nessa matéria, já está tudo inventado por quem leva a indústria do desporto muito a sério. Basta querer. Neste particular, até acredito, sem reticências, na boa-fé da FPF e na sua vontade de estabelecer um sistema semelhante àquele que os clubes aceitam sem pestanejar quando estão envolvidos nas provas da UEFA. Porém, e oxalá esteja enganado, tenho as maiores reservas quando à vontade dos clubes. Creio que não pretendem que a coisa não vá mais longe do que uma operação de cosmética, para que no fundo fique tudo na mesma e cada um tenha a presunção de poder influenciar nos bastidores. Há mentalidades que não evoluem e não veem que os jogos se ganham dentro das quatro linhas. Dramatizar erros de arbitragem - e já todos o fizeram! - não serve para outra coisa que não seja procurar esconder os enganos próprios que estiveram na origem dos insucessos desportivos.
Este ano, no que concerne à conflitualidade entre os exércitos dos clubes que não jogam à bola, está a ser pior que mau. Temo que o próximo, quando houver apenas uma vaga directa para a Champions e outra para a terceira pré-eliminatória, possa ser bem pior."
"O clima de excessiva agressividade, até de violência, que se vive no futebol em Portugal, principalmente entre os clubes de maior dimensão, teve no último fim de semana um dos dias mais negros. Nada que não fosse previsível ou sem aviso, infelizmente nunca levado suficientemente a sério. Não se trata de falta de fair-play. Trata-se ter ou não coragem para tomar medidas preventivas e punitivas, que acabem com esta violência gratuita. A começar pela verbal.
Os regulamentos desportivos são por vezes pouco precisos, ou melhor, têm aberturas para diversos recursos. Tal como todo o enquadramento jurídico português. Quando todos os recursos se esgotam levanta-se a constitucionalidade das normas. Temos estado a aumentar a complexidade para a aplicação de regras simples. Tornou-se hábito o recurso do recurso. Vivemos num Estado de direito, princípios fundamentais têm que se assegurados, o que não significa que a Lei e a sua aplicação tenham tantos alçapões. O bom sendo deve imperar para que se criem e apliquem regras eficazes. Como é possível em determinados estádios considerar-se normal a agressividade manifestada para com os elementos da equipa visitante? Até alguns agentes desportivos permitem essa agressividade por não serem castigados ou castigados tão tardiamente.
Mas não são só os agentes do futebol que devem ser responsabilizados. A batalha pelas audiências estabelecida entre os diversos órgãos de comunicação, com destaque para alguns canais por cabo, com um grande número de programas sobre um campeonato limitado a Benfica, Porto e Sporting, também tem ajudado a aumentar esta animosidade entre adeptos. Não se trata de analisar e comentar um jogo de futebol, trata-se de insultar quem não está de acordo. Claro que há quem não tenha esta postura, felizmente. Como em tudo, a maioria é silenciosa. Está na hora dessa maioria exigir mudanças, de se manifestar contra este estado de coisas. É um dever de cidadania que todos deveríamos assumir."
Tendo sido um dos mais ferozes críticos de Pedro Proença, enquanto árbitro, impus-me, a mim mesmo, ultrapassar o que entendi como uma crispação já desnecessária, após o seu abandono. Depois de uma intermediação (do meu... hoje já famoso... cunhado) acabei por falar, algumas vezes, com Pedro Proença e constatar que a sua preparação e formação poderiam fazer dele uma figura relevante no futebol português. Esta é a minha declaração de interesses,... para chegar a este artigo com autoridade moral para escrever o que se segue... Apesar do empenho que Pedro Proença pôs na aprovação de uma norma só para mim (o art.º A, do Regulamento de Disciplina), e da mais que previsível campanha (que aí vem) de proibir os programas tipo o Dia Seguinte de terem acesso a imagens dos jogos. Como se eu fosse o responsável máximo pelo 35 e, agora, pelo possível 36 e tetra (mas fazendo o favor a quem lhe pede isso)! A DECLARAÇÃO DO PRESIDENTE DA LIGA Talvez inspirado pelo espírito de abril, o presidente da Liga, invocando o prestígio internacional do futebol português, veio, em artigo publicado em A Bola, no dia 25, fazer um apelo ao fair-play, ao respeito, ao bom senso e... à contenção verbal. Ora - do que vejo, do que leio, do que sei e do que me contam - o artigo em causa não tem qualquer correspondência com a postura, os atos e os comportamentos do seu autor, no cargo em causa. Por estas palavras, agora escritas e publicadas, não coincidem nem condizem - do que vejo, do que leio, do que sei e do que me contam - com o que Pedro Proença afirma em conversas, por certo reservadas, mas com muita gente. O Presidente da Liga não pode apelar, como o fez, e ser conivente com a instigação da divisão e do conflito gratuito. O Presidente da Liga não pode ter uma opinião em público sobre o presidente do Sporting que - do que vejo, do que leio, do que sei e do que me contam - é exatamente a oposta da que transmitirá, nesses encontros, a esses dirigentes. ... E A REUNIÃO COM UM PRESIDENTE CASTIGADO Como compreenderá,, o Pedro Proença que acho ser uma pessoa de bem («d´um só rosto,... de antes quebrar que torcer», para usar a expressão de Sá Miranda), não pode, enquanto Presidente da Liga, receber, formalmente, o presidente de um clube que acaba de ser castigado pelo Conselho de Disciplina com 113 dias de suspenção!!! Ao fazê-lo, está a pactuar com alguém que infringiu, de forma grave, a lei, segundo os orgãos disciplinares do futebol português. 113 dias para um infrator, um prevaricador castigado, mas que, ao mesmo tempo despreza a decisão do órgão que tutela a disciplina do futebol em Portugal. O que não diríamos se, por exemplo, víssemos, nas principais páginas dos jornais que usam e abusam desse tipo de notícias, um qualquer chefe de uma qualquer repartição de Finanças aplicar uma sanção pesada a um qualquer cidadão por incumprimento fiscal e, dias mais tarde, assistirmos, numa qualquer televisão, a uma reunião formal do Ministro das Finanças com esse mesmo cidadão, para discutir a situação fiscal do país e ouvir as suas sugestões para o combate à evasão fiscal e ao branqueamento de capitais? O que diríamos todos nós, especialmente os mais afoitos na crítica de quem anda na vida política, se, no final desse encontro, o cidadão em causa ainda tivesse o atrevimento de prestar declarações públicas a dar lições de moral e ética a todos os restantes cidadãos do país? Ou se um incendiário reconhecido como tal fosse chamado para dar conselhos aos bombeiros, no combate a um fogo qualquer? Não, não podemos aceitar, calar e ser coniventes, para não dar a ideia de que, no futebol português... o crime compensa. Ou, melhor ainda, ... há crime, há punição, mas tudo continua como se não houvesse infratores... E OS OUTROS ENCONTROS? Poderia ter Pedro Proença ficado por aqui... Pode, podia... mas não seria a mesma coisa! O que levará o Presidente da Liga apelar à paz, ao entendimento e ao fair-play, quando, nas vésperas de um jogo que seria sempre determinante na luta pelo título de campeão nacional (a 5 jornadas do fim), janta com agentes desportivos que fizeram juras de uma santa aliança (que tem de tudo menos de santa) contra o Benfica? Ou não perceberá Pedro Proença que tais sinais são provas de uma saga divisionista e pouco merecedora de algum crédito para quem deveria ser... e parecer... imparcial? Eu não quero dar razão a quem, no Benfica, me dizia, de cada vez que o defendia internamente, que terá uma agenda marcada por velhos laços, impossíveis de romper... Mas como diria António Oliveira Salazar (para citar, pelo que vi nos últimos dias, um dos autores preferidos do presidente do Porto), ...«o que parece, é». O FIM DA LIGA OU DE PEDRO PROENÇA? Ou será que teremos que concordar com aqueles que defendem que a paz no futebol português se fará pelo fim da Liga, ou pelo seu afastamento do cargo que exerce? Para que os defensores desta tese não possam ter razão, há que fazer corresponder as palavras aos atos! As palavras, ditas e publicadas, aos atos e aos comportamentos respetivos! Porque o castigar com uma mão e perdoar com uma reunião é um caminho que não leva a lado algum! Esses senhores da guerra do futebol, generais de claques legalizadas que deveriam ser ilegalizadas (mas sempre preocupados com as claques que não precisam dessas normas para seguirem a lei), saem de cada reunião dessas com o ar de quem domina o mundo, como se essa conivência com quem os recebe tenha feito deles verdadeiros... detentores do segredo do Santo Graal... do futebol português! Ora, quem sai assim de um encontro com o Presidente da Liga não pode ter ouvido de Pedro Proença o que Pedro Proença pensa deles (do que vejo, do que leio, do que sei e do que me contam). Ou, pelo menos, o que Pedro Proença diz - a outros - o que pensa deles! Por isso, o melhor mesmo seria saber o que pensa - mesmo - Pedro Proença sobre o presidente do Sporting! Já agora,... num artigo do dia 1.º de maio (para seguir as sagas das datas comemorativas)! Acabando com a intriga, porque - se assim não for - teremos que dar razão a quem acha que a liga deve acabar BENFICA E FEIRENSE Já agora, para o registo, dois empates marcaram a última jornada. Excelente o do Feirense, fora. Menos bom o do Benfica. Porque, se o Feirense mereceu empatar, já o Benfica com trés penaltis - roubadinhos...- merecia ter ganho! Agora, contra o Estoril, vem aí a primeira das quatro finais que faltam. RUMO AO 36!!! Rui Gomes da Silva, in a bola
Já estão definidos os árbitros para a 31ª jornada do campeonato. Hugo Miguel vai ser o responsável por apitar o Benfica-Estoril, com Carlos Xistra a arbitrar o encontro entre o Desportivo de Chaves e FC Porto.
Nuno Almeida, por outro lado, será o homem do apito no jogo 'grande' da jornada, quando o SC Braga defronta o Sporting.
Confira os árbitros principais para todas as partidas da jornada:
Vitória de Setúbal - Vitória de Guimarães (Manuel Oliveira)
"Não acredito que seja coincidência: estamos a ter uma das piores edições do campeonato do que à qualidade global do futebol diz respeito e talvez nunca como nesta temporada assistimos a tanta polémica e jogo sujo. Que a malta anda a portar-se mal, isso todos estamos de acordo, mas interessa-me, como cidadão, jornalista e amante deste jogo, perceber como chegámos aqui.
Olhemos para a justiça, por exemplo: a possibilidade de um caso ser julgado por dois organismos (um da Liga e outro da Federação) é absolutamente anacrónico e anedótico para casos como o de Slimani ou o do túnel de Alvalade (ou o de Samaris, vale uma aposta?) que demoram mais tempo a resolver-se do que construção de um prédio de 10 andares.
Urge por isso simplificar: um único órgão de disciplina e outro de arbitragem, de preferência fora da Liga, que está (e estará, devido à sua natureza) refém de interesses de quem não pensa global. Porque quem anda nos bastidores do futebol sabe como são tomadas as decisões em Assembleias Gerais: os grandes a competirem entre si e contando as espingardas, ou seja, clubes aliados, que devido à sua fragilidade estrutural, financeira e (porque não dizê-lo) com dirigentes de horizontes muito curtos, não têm outro remédio senão o de fazer de alinhado, caso contrário não recebe aqueles atletas emprestados ou aquele dinheirinho da venda de um jogador que nunca chega verdadeiramente a actuar pelo clube que o contrata...
São formas de agir de há 30 anos que continuam em voga, apenas mudando os protagonistas e a cor das gravatas. É tempo de haver uma reciclagem dos dirigentes. É muito bafio e bolor junto. Olhem cada vez mais para os jogadores e deem-lhe o espaço que merecem. Estão a dar várias lições. Como a de ontem no novo restaurante de Schelotto."
« Uma porta meio aberta e uma porta meio fechada, uma meia - mentira jamais será uma meia - verdade» escreveu Jean Cocteau. A verdade dá trabalho, porque exige a consonância da sua essência com o carácter e a consciência. É uma prova de fundo, uma espécie de maratona. Exige coerência e memória. A mentira implica a imaginação do seu fabrico e é favorecida pela sofreguidão dos tempos, que rapidamente a fazem submergir nas trevas sem memória. A mentira é uma modalidade de velocidade rápida. Tanto que, não raro, se perde na pista. A verdade existe por si. A mentira subsiste através através dos seus feitores. A mentira deixou de ser o contrário da verdade. Para isso, se veste ou traveste de muitas, sofisticadas e falsificadas formas: a tal meia-verdade, a omissão, o exagero, a dilação, o rumor, a contra-informação, a incoerência, a quimera, a ilusão, a insinuação, a manipulação, a descontextualização. Entre a verdade e a mentira, ou ainda - na agora em voga e pós-moderna perspectiva - entre a verdade e a pós - verdade, ouve-se, com inusitada frequência, o mais superlativo e reles instrumento de argumentação: o insulto. às vezes, acompanhado da magia de se dividir a verdade para multiplicar a mentira. No futebol, há impantes imperadores da mentira global. Até muito apreciada (ou consentida) em certos ambientes e replicada por turvas. Por isso, se vem transformando numa nova especiaria comportamental. Mas, como dizia o poeta Mário Quintana,« a mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer». Por isso, é só uma questão de tempo, até se descobrir o dia em que o mentiroso compulsivo conseguir dizer uma... verdade! Bagão Félix, in a bola
"Comunicados, contra-comunicados; tweets de directores de comunicação; publicações nas redes sociais; textos presidenciais no Facebook; comentadores amestrados nas televisões; apelos de presidentes da Liga colocados no caixote do lixo da consciência; claques legais ou ilegais sempre com uma bênção institucional mais ou menos explícita ou velada; queixas directas aos rivais no Conselho de Disciplina; penalties discutidos até à exaustão; foras de jogo debatidos ao milímetro; local de colocação de bola na cobrança de um livre directo a valer horas de conversa; árbitros agredidos fisicamente no esconderijo das distritais; páginas na internet de autores e passar ideias que os clubes oficialmente têm pudor em assumir; erros evidentes de arbitragem branqueados ou sublimados pelos responsáveis oficiais consoante a cor do beneficiado; acusações constantes; ataques pessoais; convites condicionados para as tribunas presidenciais; respostas com comparações a cidadãos detidos; contra-respostas com linguagem a roçar o deplorável; talento de jovens jogadores colocado em causa por não ser da cor do emissor da mensagem; idoneidade dos comentadores/opinadores colocada em causa por não veicular a ideia oficial ou criticar uma determinada atitude; órgãos decisores colocados em causa; dívidas monstruosas de todas as SAD dos grandes comparadas ao euro, como se não devessem todos imenso; responsáveis políticos a assobiar para o ar; quem tem o poder legislativo com acções inócuas; comentários que se auto-avaliam como sarcásticos mas são pedaços de ódio.
Qual foi a parte de Marco Ficini ter morrido por causa de um derby que não entenderam? Os senhores do futebol não perceberam que colocam tudo em causa mas não entendem o essencial: o futebol é só um jogo, mas move paixões.
"Tudo começou mal e a desoras. Grupúsculos digladiaram-se em nome da mais gratuita violência. Desta vez, com uma morte a lamentar.Quando veremos os clubes expulsar do seu seio pessoas que só alimentam e estimulam o ódio?
Mas falemos de futebol. Contra previsões de mais confusão e quezílias, o derby lisboeta decorreu com normalidade. No resultado, no ambiente do estádio cheio e, sobretudo, a atitude exemplar de todos os jogadores, lutadores até ao limite, mas respeitando-se como colegas de profissão. No meio das guerras, os atletas continuam a ser os mais respeitáveis.
Foi, pois, bom. Talvez decepcionante para os arautos - que os há, abundantemente - do desalinho por tudo e por nada. Os treinadores fizeram o seu papel com galhardia, mesmo não se cumprimentado, ou seja, sem serem hipócritas. Não houve ajuntamento nem rebuliço junto dos bancos. Os apoios a cada equipa contiveram-se nos limites mínimos da decência.
Ederson não deixou o Benfica estar mais de 384 dias sem sofrer um penalty, assim retirando pretexto para mais excitações dos propagandistas oficiais de clubes, especializados em insultos e chalaças. Nas redes sociais das habituais queixinhas e azia só houve indisfarçáveis e frustradas bolas para canto. Nas TV especializadas em acicatar desavenças houve 7 (!) penalties (4 a favor do SCP!) e a bola na falta de Lindelof marcou brilhantemente estava fora do sítio para aí uns 15 cm! Que mais se vai inventar?
Rui Vitória foi, mais uma vez, um senhor. E até tinha motivos, por demais evidentes, para cair na tentação de não o ser. Mas foi, e isso envaidece os benfiquistas. Obrigado, Rui Vitória!"
"Nestes dias de chumbo por que estão a fazer passar o futebol português, alguns sinais positivos têm o condão de não deixar a esperança morrer, raios de luz num horizonte carregado, pedaços de humanidade que emergem dos destroços e da miséria moral vigente. Estas palavras duras traduzem o desencanto de quem acredita no poder do desporto como elemento único na aproximação dos povos e é obrigado a revoltar-se ao deparar-se com a subversão dos valores. Mas passemos aos sinais que me alegraram o coração...
O primeiro aconteceu na manhã de sábado, mal acabou o Sporting-Benfica em iniciados. Os jogadores, que tinham mostrado irrepreensível fair-play ao longo dos 70 minutos (parabéns aos treinadores/educadores) saíram do estádio Aurélio Pereira abraçados, vencedores e vencidos lado a lado, aceitando o que decorrer naturalmente do jogo. Horas mais tarde, quando as equipas principais de leões e águias se defrontaram, com um clima de cortar à faca a rodeá-los, temi uma partida pejada de picardias. Abençoado engano, o meu. Durante o jogo a correcção foi grande (e ninguém facilitou...) e quando Artur Soares Dias deu por terminada a função o que se viu foi respeito e solidariedade, numa abordagem exemplar a profissional.
Perante estes exemplos, senti-me reconciliado com um frase sábia, por vezes esquecida: «O melhor do futebol são os jogadores». Pena é que os clubes continuem a amordaça-los, preferindo dar palco a quem nada tem a ver com o que se passa dentro das quatro linhas e, muito provavelmente, nunca deu um pontapé numa bola. Mas dá cada pontapé no futebol..."
Num ano que poderá ficar para sempre na história do Sport Lisboa e Benfica como o da conquista do primeiro tetra, a que se junta ainda a possibilidade de se ganhar mais uma Taça de Portugal, importa sobretudo nesta reta final da época, estar focado nestes dois grandes objetivos.
Temos pela frente cinco finais de enorme grau de dificuldade, com equipas que, sem exceção, estão em excelente forma e a fazer boas épocas e só com muita humildade e querer o Benfica conseguirá vencer, contando sempre com o apoio incansável dos nossos adeptos.
Mas neste dia carregado de simbolismo que hoje comemoramos "inicial, inteiro e limpo" como a poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen imortalizou, é talvez o momento adequado para falarmos do sentido de responsabilidade que a liberdade de expressão exige de todos e de cada um de nós.
Bem sabemos que uma das mais batidas estratégias de desviar as atenções de falhanços sucessivos é criar todo um ambiente artificial, hostil e de factos inventados, de forma a que se passe a falar disso, e não sobre as razões e as causas que justificam mais um ano em que os objetivos não são atingidos.
Mas nas últimas semanas temos assistido a um conjunto de situações que não podem deixar de ser realçadas.
Em primeiro lugar, o impensável de ver o assumir de uma aliança em que um clube abdica das suas aspirações de atingir um lugar na Champions só com o objetivo de ver um seu rival perder.
Em segundo lugar, o total desrespeito por parte de um presidente de um clube pelo castigo que lhe foi aplicado, fazendo gáudio de publicamente desafiar e demonstrar que se considera acima da lei e dos regulamentos que a sua instituição livremente subscreveu, ao contrário de todos, mas todos os diferentes dirigentes e agentes desportivos que sempre souberam respeitar o silêncio a que estavam obrigados quando castigados.
Em terceiro lugar, o permanente discurso incendiário em que em vez de se esperar que as forças policiais façam o seu trabalho e a justiça posteriormente julgue os responsáveis dos repudiantes acontecimentos da madrugada de 22 de abril, se procure, antes, omitir o contexto e apenas condenar os que não são da nossa cor clubista, quando obviamente todos os envolvidos, sem exceção, deverão merecer pública censura.
Em quarto lugar, 24 horas após um jogo que se distinguiu pela forma exemplar como os profissionais dos dois clubes estiveram em jogo, temos infelizmente de assistir a um chorrilho desesperado de mentiras e acusações de quem está de cabeça perdida e demonstra incapacidade total para estar à altura dos cargos que exerce.
Mas pior do que isso foram os baixos e intoleráveis insultos pessoais, intencionalmente baseados em factos totalmente falsos, demonstrativos de uma leviandade perfeitamente gratuita e indesculpável que não se pode tolerar e que só desclassifica quem os faz.
Por último, a criação de um ambiente de permanente hostilidade sobre tudo e todos, que chegou ao cúmulo da revelação de hipotéticas trocas de e-mails pessoais de outras instituições, numa espiral sem rumo, estratégia e sentido.
No desporto, ganhar e perder é natural, e é sobretudo nos momentos menos bons que devemos ter cabeça fria e aprender com os erros que naturalmente todos, mas todos, cometemos.
Termino referindo que ao longo do ano sempre procurei ser muito criterioso nas intervenções e até porque assim entendo que deve ser a postura de um responsável da comunicação de uma grande instituição. Foi isso que aprendi em mais de 20 anos de experiência, mas por entender que existem limites que não devem ser ultrapassados, deixo uma constatação final e um apelo.
A constatação é que a pequenez de resultados não pode explicar nem justificar tudo. O apelo é que deixemos o palco às verdadeiras estrelas: os jogadores, equipas técnicas e antigas glórias.
São eles que verdadeiramente fazem do futebol um espetáculo único que delicia milhões e milhões de pessoas em todo o Mundo. E são eles que fazem desde tenra idade cada um de nós escolher o clube do seu coração.
Porque todos diferentes somos todos iguais.
Autor: Luís Bernardo, Diretor de comunicação do Sport Lisboa e Benfica
Águias vão ultrapassar os 900.514 espectadores da última época, o melhor registo de sempre na Liga
O Benfica prepara-se para bater recordes de assistência no Estádio da Luz em jogos a contar apenas para o campeonato. No próximo sábado, o embate com o Estoril (18h15) vai ter lotação esgotada, segundo as previsões dos responsáveis benfiquistas, e isso levará a que o clube celebre a passagem dos 900.514 adeptos da última temporada e que era o registo mais alto do novo estádio até ao momento.
Ainda há ingressos na Luz, mas dificilmente o recinto não estará esgotado diante do Estoril. A confiança dos adeptos na conquista do histórico tetra é grande e querem demonstrá-lo à equipa. Ainda no início da semana, a verdade é que já não são muitos os bilhetes para o penúltimo jogo das águias em casa.
O Benfica pode chegar ao um milhão de adeptos apenas em jogos do campeonato ainda esta temporada. Não é uma meta demasiado ambiciosa, mas não será das mais fáceis, já que isso só será alcançado se os detentores de lugares anuais não faltarem à chamada.
Se diante do Estoril e do V. Guimarães , as bancadas registarem os mesmos 63 mil espectadores que estiveram nos jogos com o Sporting e FC Porto, então é certo que a barreira do um milhão de espectadores vai ser ultrapassada. Neste momento, está nos 878.696 adeptos.
Um milhão há mais de um mês
Se agora o Benfica espera ultrapassar a barreira do um milhão de espectadores só em partidas do campeonato, a verdade é que o clube já celebrou há mais de um mês quando passou esta fasquia diante do Belenenses, em jogo realizado a 13 de março. Nesse embate estiveram nas bancadas 53.897 adeptos, que ajudaram a superar a marca em todos os jogos do campeonato, Taça CTT, Taça de Portugal e Liga dos Campeões.
A ligação dos adeptos à equipa parece cada vez maior e a tendência é para aumentar neste final de temporada, sobretudo porque as aspirações dos encarnados na conquista do tetracampeonato estão intactas. O Benfica chega ao jogo com o Estoril em 1º e com uma vantagem de 3 pontos para o rival direto, o FC Porto.