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terça-feira, 30 de abril de 2019

O JOGO DO TÍTULO?


À partida para esta jornada, foi bastantes vezes sugerido que se tratava de uma etapa decisiva para se apurar o campeão. Depois do empate surpreendente do FC Porto na sexta-feira em Vila do Conde, a hipótese parecia reforçada. Se o Benfica passasse em Braga, a margem de segurança permitiria uma caminhada vitoriosa rumo ao 37. Pois nada é mais enganador. A forma como o  Benfica deu a iniciativa do jogo ao Sp. Braga na primeira parte - e até a forma como o FC do Porto ofereceu a segunda parte ao Rio Ave - está aí para demonstrar que o jogo do título será sempre o próximo e que não há pontos garantidos antes da disputa dos jogos. Em Braga, o Benfica ultrapassou o adversário  teoricamente mais difícil que tinha pela frente e, com Lage aos comandos, no campeonato, a equipa perdeu apenas dois pontos, - aliás de forma insólita, em casa, com o Belenenses SAD. Mais, convém não esquecer o que se dizia sobre a difícil segunda volta do Benfica, sempre a jogar fora com as equipas que ocupam os primeiros lugares da classificação - com saídas a Guimarães, Alvalade, Dragão, Moreira de Cónegos e Braga. as, como também demonstrou o desafio em Braga, o pior Benfica de Lage é o que joga com os resultados. Numa primeira parte de pressão alta e intensa do adversário, o Benfica (a procurar gerir o resultado?) ficou tolhido de movimentos e o duplo pivô Samaris/Florentino foi incapaz de recuperar a bola e, acima de tudo, garantir saídas de jogo curtas. Uma vez mais, no que é a demonstração da qualidade do treinador, foi após o intervalo,e quando houve oportunidade de retificar, que a equipa melhorou substancialmente.. Com as linhas mais subidas, com Pizzi a procurar zonas interiores e Félix com mais bola, o Benfica recuperou a identidade que tem tido nesta segunda metade do campeonato e revelou a sua superioridade. Será que, após a vitória concludente no Minho, podemos dizer que se tratou do jogo do título? É óbvio que não. No sábado, na Luz, com um Portimonense que nos derrotou na primeira volta, o Benfica tem mais um jogo do título. 

Pedro Adão e Silva

AUDITORIA AO SPORTING


"Foi elaborado um relatório relacionado com a auditoria de gestão efectuada sobre determinadas operações realizadas pelas entidades do universo Sporting (Sporting Clube de Portugal, Sporting SAD, Sporting SGPS, Sporting Comunicação e Plataformas, Fundação Sporting, Sporting Multimédia, SA, Sporting Seguros, Lda), no período compreendido entre 1 de Julho de 2013 a 30 de Junho de 2018. Contratos com fornecedores:
MGRA (serviços jurídicos)
- No período em apreço, a MGRA prestou serviços jurídicos ao grupo Sporting no total de cerca de 1500000 euros (no âmbito de uma permuta). A informação disponível relacionada com o processo de selecção desta entidade, validação dos serviços prestados e montantes facturados, natureza e momento em que foram prestados evidencia deficiências de documentação de suporte relevante. Estas situações não nos permitem concluir quanto à razoabilidade natureza/elegibilidade e indispensabilidade de todos os gastos incorridos com esta entidade.
SigmaTrust (serviços de assessoria financeira)
- No período em apreço a Sigma Trust facturou à Sporting SAD no total de 50000 euros. Os termos do contrato celebrado com aquela entidade admitiam a possibilidade de um success fee (1000000 euros) e honorários fixos mensais (25000 euros), que consideramos não estarem razoavelmente alinhados com as práticas normais de mercado para contratos similares, sendo de admitir que seria possível de acordar um contrato alternativo com cláusulas que melhor defendam os interesse da Sporting SAD.
YoungNetwork (serviços de comunicação e marketing)
- No período em apreço, esta entidade prestou serviços de comunicação emarketing, no total de cerca de 2000000 euros, o que inclui serviços manifestamente intangíveis, nomeadamente assessoria ao presidente e administração/direcção, na área de comunicação e marketing. Durante o nosso trabalho, não obtivemos evidência suficiente de que a Sporting SAD (Departamento de Marketing e Comunicação) tenha validado que estes serviços foram efectivamente prestados na sua plenitude.
Pedro Henriques Unipessoal, Lda
- No período em apreço, esta entidade terá prestado serviços de formação e assessoria na área da arbitragem e outras relacionadas, no total de cerca de 50000 euros. Durante o nosso trabalho, não obtivemos informação relevantes que evidencie que esta entidade tenha prestado aqueles serviços.
Marcos Acuña
- A Sporting SAD celebrou um contrato de aquisição dos direitos económicos e desportivos deste jogador, pelo montante de cerca de 6285000 euros.
Adicionalmente, celebrou também um outro contrato com o Racing, relacionado com a aquisição de direitos de preferência de jogadores e a realização de um jogo amigável, no montante de cerca de 3300000 euros. Durante o nosso trabalho não obtivemos evidência de que a Sporting SAD, tenha exercido estes direitos, nem os motivos pelos quais os não exerceu. Fomos informados pela Sporting SAD de que este segundo contrato, em substância, corresponde a um valor adicional de aquisição do passe de Acuña, tendo sido uma imposição do Racing, para obter um melhor planeamento fiscal daquela entidade.
Recomendamos a análise destes contratos e que se avalie a possibilidade/interesse em se exercer aqueles direitos.
Alan Ruiz e irmão
- A Sporting SAD celebrou dois contratos de trabalho, um com o jogador Alan Ruiz e outro com o seu irmão nos montantes anuais de 1750000 euros e 250000 euros, respectivamente. Fomos informados pela Direcção Jurídica de que o contrato celebrado com o irmão de Alan Ruiz apenas foi efectuado por solicitação deste, não havendo qualquer interesse por parte da Sporting SAD na performance desportiva do irmão, tendo este sido emprestado a um clube nacional de um escalão secundário.
Remuneração da equipa técnica de futebol
- A análise de benchmark efectuada aos níveis de remuneração dos 10 treinadores mais bem pagos a nível mundial e dos treinadores dos dois principais clubes rivais nacionais evidencia que, nos últimos 3 anos do período em apreço, a remuneração do treinador principal da equipa de futebol profissional da Sporting SAD está no quartil mais elevado e, significativamente, acima das remunerações praticadas por aqueles dois clubes rivais.
Scouting
- No período em apreço, os gastos de scouting ascenderam a cerca de 3426000 euros. As deficiências identificadas na área de scouting (ausência de contratos, contratos não assinados, ausência de relatórios, relatórios informais, não assinados e não identificados/detalhados, bem como gastos de outra natureza classificados como scouting, etc.), não nos permitem concluir se todos os gastos de scouting são razoáveis, elegíveis e indispensáveis. De entre destas situações destacamos as relacionadas com a SoccerFuture, LegacyPrime, Playmaker e o Batuque.
Direitos de imagem
- A Sporting SAD celebrou contratos no âmbito dos quais pagou a uma terceira entidade 'direitos de imagem', relacionados com os jogadores Schellotto, Brian Ruiz, Jonathan Silva, Everton, Edinaldo, Montero e Heldon. De acordo com informações obtidas da Sporting SAD, aqueles montantes são efectivamente componentes da remuneração daqueles jogadores. Tanto quanto é do nosso conhecimento, no período em apreço, a Sporting SAD não usufruiu de quaisquer proveitos decorrentes da exploração daqueles direitos. Entendemos que existe o risco de a administração fiscal considerar que aqueles montantes, em substância, são parte da remuneração daqueles jogadores (risco em sede de IRS e Segurança Social).
Playmaker Sport SAD
- Em 21 de Setembro de 2013, a Sporting SAD celebrou um contrato com a Playmaker Sport Managament SA, no montante de 140000 euros, relacionado com a prestação de serviços de consultadoria desportiva (sobre o mercado do Paraguai). Até à data deste relatório, não obtivemos informação suficiente sobre a efectiva natureza deste serviço, pelo que não nos é possível concluir sobre a razoabilidade, elegibilidade e indispensabilidade deste gasto.
E a cereja no topo do bolo:
Movimentos de caixa
- No período em apreço, o Sporting Clube manteve, por períodos muito alargados, montantes de numerário significativos (que chegaram a ultrapassar 1000000 euros) sem serem depositados em bancos. Este procedimento dificulta significativamente o controlo de tesouraria e proporciona o seu uso indevido.
O contrato com a Sigma foi assinado pela Administração da Sporting SAD e por Ricardo Moraldi e Jorge Cunha, em representação da SIGMA. Entre outras, Ricardo Moraldi tem domicílio em Val Saint Croix, 223, no Luxemburgo. A célebre Sojifa de Vale Azevedo, quando mudou o nome para Sipor Holding, passou a ter sede no 223, de Val de Saint Croix!
Palavras para quê?!"

Pragal Colaço, in O Benfica

PALPITAVA O GIGANTE HUMANO...


"Um jogo curioso teve lugar pouco depois do fim da II Grande Guerra. Entre a Royal Air Force e uma equipa do Exército Português. Stanley Matthews foi figura. E o benfiquista Rogério também.

'Uma multidão que ri, que gesticula, que grita, é como uma trovoada. Um sol magnânimo cai triunfalmente sobre o estádio. Não é possível medir visualmente a grandeza disto. O gigante humano palpita, arqueja com uma grande emoção diferente dos outros jogos'. Era assim que se escrevia, de forma grandiloquente, na primeira página do Diário de Lisboa do dia 17 de Fevereiro de 1946.
A II Grande Guerra ainda pairava dolorosamente sobre a memória da Europa. Uma geração dizimada nas trincheiras.
A Royal Air Force representava como poucas a imagem dos vencedores dos nazis de Adolf Hitler.

Cavaleiros do ar
'Tributemos-lhes, numa apoteose, uma homenagem à sua gloria de seis anos de guerra!'
Pode não parecer, mas era de futebol que se tratava.
A RAF defrontava uma selecção militar portuguesa no Estádio Nacional.
'Lá vem os Hurricanes!', gritava a multidão.
'Centenas de espectadores agiram bandeirinhas com as cores das duas nações. Tudo, afinal, se prepara para uma festa e não para uma competição: aliados sempre! As mulheres mostram-se encantadas. Não se diga que a nossa Primavera não teve flores!'
Conseguem perceber a importância que este jogo ganhou na altura?
É que, ainda por cima, na equipa da RAF alinhava o mais extraordinário futebolista dos seus tempos: Stanley Matthews, o Feiticeiro do Drible.
Três benfiquistas batiam a pala na equipa militar lusa: Salvador, Francisco Ferreira e Rogério.
Os adeptos portugueses ficavam fascinados com os números grandes e bem visíveis que estavam cosidos nas costas das camisolas dos britânicos.
O general Óscar Carmona não falhou à solenidade.

Muito mais do que um jogo
Às vezes, nas buscas incessantes que faço sobre o futebol dos tempos de antanho, encontro autênticas peças de literatura. A prosa de Tavares da Silva é um exemplo excepcional do que acabo de dizer. Num jogo estranho, hoje caído no olvido. A Royal Air Force contra o Exército Português? Há que conceder-lhe um espaço na parede branca das recordações.
'A cidade despejou-se aqui. Todos os caminhos que vêm dar ao estádio são caudalosos rios humanos. Na praça da Maratona avançam impetuosamente as massas de espectadores ansiosos por encontrar lugar. Por vezes nota-se um arrepio. Ouve-se A Portuguesa. Em frente da tribuna, alinham-se as duas equipas. Os nossos, de bivaque na cabeça, fazem a continência. O grupo do Exército Português veste calção branco e camisola grenat da selecção nacional, com o escudo das quinas substituído pelo emblema militar - distintivo verde'.
Rogério entra com a gana invejável de fanático pela vitória. É ele que ameaça, aqui e ali, a baliza inglesa.
Matthews é ovacionado de cada vez que toca na bola com os seus pés de veludo.
Em quatro minutos, o resultado fez-se.
Rogério vai para cima de Franklin e de Scott, dribla ambos e remata sem contemplações; o guarda-redes da RAF não consegue segurar a bola que sobra para Peyroteo: 1-0 para os militares nacionais.
28 minutos decorridos.
Mercer contorna Serafim e entra na área. Pontapé rasteiro, seco: Azevedo batido - 1-1.
32 minutos.
O joga torna-se equilibrado mas o ritmo é lento.
Só que, lá está, é para além de um jogo. É um momento inesquecível de retorno à paz após anos de destruição do mundo.


Ninguém tinha dúvidas: os mestres tinham vindo a Portugal!
E já se tomava nota: o representante maior da Federação Inglesa, Raymond Glanning, confirmou oficialmente que a selecção de Inglaterra defrontaria Portugal no ano seguinte no Jamor.


Foi terrível! Tremendo! Portugal perdeu por 0-10!!!!
Tavares da Silva fechava livremente a sua prosa: 'Jogo emocionante.... Dois grupos orgulhosos sobre o formoso rectângulo. Cada um, por seu lado, vibrou e sentiu bem que o desporto é hoje uma coisa grande, um segredo que tem em si a força bastante para arrebatar as grandes multidões...'
Que sorte poder ler linhas como estas mais de setenta anos depois. E saber entender a importância dos momentos."

Afonso de Melo, in O Benfica

BENFICA SEM PAVOR


"Celebrando o dia em que Giraldo Sem Pavor conquistou Évora, o Benfica conquistou-o

Decorria o ano de 1165 quando, pela mão de Giraldo Geraldes, Évora foi conquistada aos mouros. Oitocentos anos depois, foi o Benfica que o conquistou, não pela espada, mas pela bola, e Giraldo, o Sem Pavor, rumou à Luz.
Se o meu nome era Giraldo ou Geraldo, se era nobre ou salteador, não o sabemos. Certo é que a si se deve a reconquista cristã da cidade alentejana, cidade que eterniza o sei feito no brasão e perpetua o seu nome na praça central, a Praça do Giraldo.
A 5 de Outubro de 1966, para encerrar as comemorações do oitavo centenário da sua elevação a cidade, Évora foi palco de um torneio quadrangular de futebol. Em homenagem ao herói da reconquista foi instituído um troféu com o seu nome, o Troféu Giraldo Sem Pavor.
O torneio agendado para as 13h30, obedecia a três regras simples: através de sorteio era determinado quem alinharia contra quem nos primeiros dois desafios; os jogos tinham a 'duração de quarenta minutos, divididos em duas partes de vinte, sem intervalo, apenas com troca de campos'; e, em caso de empate, 'o desempate fazia-se por série de três grandes penalidades'.
O público acolheu de bom grado a iniciativa. Motivado pelos 'moldes originais em que se disputou' e pela 'categoria dos conjuntos intervenientes', compareceu 'em grande número no Campo Estrela'. Era a possibilidade de 'ver em acção o seu clube (o Lusitano GC) em destaque com três dos principais grupos portugueses': Sport Lisboa e Benfica, Vitória de Setúbal e CF 'Os Belenenses'.
O primeiro jogo da tarde foi disputado entre o Benfica e o Vitória de Setúbal, seguido do Belenenses - Lusitano. O apuramento dos terceiros e quatro classificados foi entre os grupos de Évora e Setúbal. Mas o encontro final, entre as duas equipas de Lisboa, foi o que mais entusiasmo despertou. O Benfica, dando 'o melhor do seu esforço, da sua juventude e também da sua força futebolistica', conseguiu vencer o Belenenses e regressou à Luz com o Troféu Giraldo Sem Pavor na bagagem.
O Troféu Giraldo Sem Pavor é um dos muitos objectos que constituem o acervo do Sport Lisboa e Benfica que, não integrando a exposição permanente do Museu Benfica - Cosme Damião, se encontram em reserva no Departamento de Reserva, Conservação e Restauro."

Mafalda Esturrenho, in O Benfica

UMA VERGONHA


CASTIGO PROVOCADOR: SL BENFICA RECORRE PARA O TAD
CLUBE
Nota à Comunicação Social.
Confrontados com o castigo inqualificável aplicado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) a Luís Filipe Vieira, o Sport Lisboa e Benfica informa:
1. Irá de imediato recorrer desta decisão para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) por considerar totalmente injustificável este castigo, que, recorde-se, surge na sequência de declarações proferidas após o jogo da meia-final da Taça da Liga entre o SL Benfica e o FC Porto e tendo em conta uma arbitragem com erros reconhecidos pelo próprio Conselho de Arbitragem, que levou ao próprio pedido de paragem de atividade por parte do árbitro e VAR daquela partida, perante tamanho escândalo que ocorreu.

2. Denunciamos a óbvia dualidade de critérios desta decisão comparativamente a outros processos, nomeadamente no que se refere a dois recentes processos em que estiveram em causa declarações do Diretor de Comunicação do FCP, que, face a idênticas exposições nos termos legais, foi objeto de diferente apreciação por parte dos relatores daquele órgão.
3. Também denunciamos a permanente omissão de posições do Conselho de Disciplina da FPF face às constantes declarações de responsáveis do FCP como no recente exemplo do Oficial de Ligação aos Adeptos (OLA) do clube, que considerou que tinha chegado o momento "para se fazer justiça pelas próprias mãos". Reiterando uma postura daquele órgão de fingir que não ouve, lê ou sabe o que é dito nas mais diversas plataformas por responsáveis do nosso clube rival, ao contrário da perseguição oficiosa e constante de toda e qualquer pessoa ligada ao Sport Lisboa e Benfica.
4. Esta decisão, nesta altura, fase decisiva das competições, tem claramente um carácter provocador e perturbador, por parte de um órgão (Conselho de Disciplina) pertencente à Federação Portuguesa de Futebol, completamente desnecessário e ao qual saberemos responder com a serenidade exigível, deixando a garantia a todos os milhões de Sócios, adeptos e simpatizantes do Sport Lisboa e Benfica que nada nem ninguém nos fará desviar do nosso foco, que é a luta pela conquista do Campeonato.
5. O total descontrolo com que o Conselho de Disciplina tem sido dirigido, com peças processuais que recorrem a argumentos absurdos, erróneos e sem qualquer tipo de sustentação, mas, mais grave, com permanente dualidade de critérios, e em que idênticas situações têm decisões contrárias, é o mais nefasto dos contributos para uma entidade que devia pautar a sua conduta pelo mais escrupuloso rigor e não pela ânsia permanente de ter um protagonismo de todo desajustado.
6. Por último, o Sport Lisboa e Benfica remete para posterior reunião dos seus órgãos sociais a eventual tomada de outras posições que se considerem adequadas.
Sport Lisboa e Benfica

BEATRIZ CAMEIRÃO PROLONGA CONTRATO


FUTEBOL FEMININO
A média do futebol feminino do Benfica mostra-se orgulhosa por representar "um dos melhores clubes do mundo".
Beatriz Cameirão, média do futebol feminino do Benfica (Sub-19), prolongou a ligação ao Clube. Em declarações à BTV, a jogadora disse que é bom sentir esta manifestação de confiança.
"É um motivo de orgulho poder vestir o Manto Sagrado, porque o Benfica é dos melhores clubes do mundo, senão o melhor. É muito bom representar este Clube. É bom sentir este voto de confiança que o Benfica me está a dar, porque é sinal de reconhecimento do que estou a fazer. É importante continuar a trabalhar e seguir em frente", vincou.

A jogadora de 17 anos já soma 157 minutos pela equipa principal [divididos entre o Campeonato e a Taça de Portugal] e explicou que é sempre positivo jogar e aprender com atletas mais experientes.
"É sempre bom ir fazendo alguns minutos na equipa sénior, porque todas fazemos parte de um projeto, todas fazemos parte desta história. É sempre bom aprender com as atletas mais experientes, poder jogar ao lado delas, porque são jogadoras muito boas", explanou Beatriz Cameirão, que compete regularmente pela equipa Sub-19, envolvida na luta pelo título de Juniores.
Relativamente à final da Taça de Portugal, que o Benfica vai disputar no dia 18 de maio, às 15h00, perante o Valadares Gaia FC, Beatriz Cameirão afirmou que este era um dos objetivos propostos e acredita que o Jamor irá estar cheio para a final da prova-rainha.
"Este projeto do Benfica tinha vários objetivos, um deles era chegar à final da Taça de Portugal. Uma das coisas que nós queremos fazer, sem dúvida alguma, é encher o Jamor e acredito que isso vai acontecer. É muito bom poder lutar pela conquista da Taça por este Clube e com esta equipa", finalizou.

PRIMEIRAS PÁGINAS


BENFICA MAIS PERTO DO SONHO IMPOSSÍVEL


"O Benfica está agora mais perto de destronar o FC Porto no título do campeão nacional e chegar a um sonho que chegou a parecer impossível. Estamos a três jornadas do fim do campeonato e a equipa de Bruno Lage tem dois pontos de folga em relação aos portistas, o que significa que ainda pode consentir um empate, mesmo que o FC Porto consiga vencer todos os jogos que lhe faltam, o último dos quais no clássico frente ao Sporting.
Não é uma margem ampla, muito menos impossível de anular, mas, nesta fase decisiva da prova, é, de facto, uma margem confortável, tanto mais que nesta jornada em que o maior peso parecia estar em cima dos ombros dos homens da Luz, foi o FC Porto quem inesperadamente tropeçou, num jogo em que esteve a vencer por dois golos e acabou por consentir o empate nos últimos minutos. O resultado foi recebido pelos Super Dragões como um crime de alta traição e foi penoso ver toda a equipa portista, incluindo o treinador, no final, alinhada em frente aos seus furiosos adeptos, ouvindo, com um estranho respeito reverencial, impropérios, acusações, vexames.
Foram imagens que não terão deixado de empolgar mais os benfiquistas, conscientes de que o jogo de Braga poderia ser decisivo. Uma força anímica extra, vinda, precisamente, de quem menos se esperava: o rival maior.
Não há, porém, campeões antecipados. O Benfica vai continuar a ter de fazer pela vida para chegar ao almejado título, mas o FC Porto ainda vai ter de ultrapassar a ultraje sofrido, que foi visto por todo o país, fazer o seu trabalho sem mais acidentes de percurso e ainda esperar por uma improvável derrota benfiquista."

Vítor Serpa, in A Bola

A DESCONFIANÇA COMO BOA CONSELHEIRA


"Pegue-se no exemplo de Guardiola e perceba-se o que falhou no FC Porto. Nesta altura do campeonato não há jogos fáceis...

Os jogos da fase final dos campeonatos são sempre muito diferentes dos outros. Todas as partidas devem ser vistas com inúmeros cuidados e só os tolos é que podem pensar em facilidades quando se chega a esta altura das Ligas. Torne-se por exemplo aquilo que aconteceu ontem em Burnley, onde o Manchester City, que disputa, palmo a palmo, a Premier League com o Liverpool, venceu por 1-0 depois de muito sofrimento. Para se ter uma ideia da dificuldade destes derradeiros jogos da época, veja-se com atenção as opções de Guardiola, pai do tiki-taka e tio do jogo bonito, nos últimos quinze minutos em Burnley. Pep Guardiola não teve complexos em mostrar a sua faceta assumidamente pragmática e tirou do jogo Sterling e Aguero, dois avançados, que substituiu por dois defesas, Stones e Otamendi. O mais importante, naquele momento, para Guardiola, era preservar a magra vantagem que lhe assegurava três pontos que são sinónimo de liderança. Quem quer ser campeão tem de estar alerta e desconfiado, nunca fazendo como Mofina Mendes, sob pena de acabar a chorar sobre o leite derramado.
O que aconteceu ao FC Porto, em Vila do Conde foi um acidente de percurso, é certo, face ao que o jogo tinha mostrado, mas só foi possível pelo visível relaxamento da equipa da Sérgio Conceição, quando os jogadores pensaram que o duelo estava ganho.
Já o Benfica, em Braga, entrou desconfortável no jogo e nunca se entendeu com a pressão alta dos arsenalistas. Na primeira parte, a equipa de Bruno Lage mostrou-se inibida, retraída e a acusar demasiado a responsabilidade de não desperdiçar a ajuda dada dois dias antes pelos dragões.
No segundo tempo, o que mudou? O Benfica soltou-se e começou a ganhar ritmo e confiança. Porquê? Essencialmente porque o SC Braga gastou demasiados cartuchos, do ponto de vista físico, nos primeiros 45 minutos. Era virtualmente impossível que os minhotos aguentassem a metade complementar com a mesma disponibilidade e, quando, por falta de oxigénio, passaram a marcar apenas à zona, o Benfica teve finalmente hipótese de colocar no relvado o futebol versátil que tem sido a grande imagem de marcar de era Bruno Lage.
Com a vitória de ontem o Benfica já é campeão? Nem por sombras. Quem dormir na forma sujeita-se. Não é FC Porto?

Ás
Rafa
adaptação do internacional português ao Benfica foi demorada mas acabou por dar certo. Ontem, em Braga, a segunda parte do velocíssimo jogador foi decisiva para o triunfo encarnado e o golo que marcou, após estonteante slalon, fica não só para o álbum de recordações de Rafa mas também da disputadíssima I Liga de 2018/2019.

Ás
Sérgio Vieira / Carlos Pinto
O Famalicão, propulsionado pelo combustível financeiro dos investidores israelitas que também são donos do Atl. Madrid, está de regresso à I Divisão, após longa ausência do convívio dos maiores. Sérgio Vieira e Carlos Pinto, os treinadores que lideram, à vez, esta gesta famalicence, merecem o nosso aplauso.
(...)

'El Loco' Bielsa deixa marca no país do 'fair play'
«Devolcemos o golo (ao Aston Villa). Os factos foram os que estiveram à vista. Mas isto não deve ser novidade, estamos em Inglaterra?
Marcelo Bielsa, treinador do Leeds
Leeds, num jogo que não era a feijões, marcou um golo à revelia do fair playao Aston Villa. Marcelo Bielsa, conhecido por el loco, não gostou de ver a sua equipa em vantagem daquela forma e mandou abrir a baliza, permitindo o empate dos Villains. Uma  decisão para a eternidade do futebol e um debate sem fim que se adivinha entre os puristas e os pragmáticos do planeta Bola.

CR600 de olhos postos na história
O golo de Cristiano Ronaldo, que salvou a Juve da derrota em Milão, foi o 60.º do craque madeirense em campeonatos nacionais. A estes devemos somar os 85 que facturou de quinas ao peito, o que nos dá um número que faz sonhar com o lugar mais alto do pódio dos marcadores universais quando decidir arrumar as chuteiras. Ás!
(...)"

José Manuel Delgado, in A Bola

segunda-feira, 29 de abril de 2019

O SILVA LANÇA DESAFIO A VIEIRA


O que Gomes da Silva desafia Vieira a dizer aos sócios do Benfica "olhos nos olhos"
Antigo vice-presidente quer "declaração séria" sobre futuro das estrelas do Seixal e alerta para quatro pontos.
Rui Gomes da Silva congratulou-se esta segunda-feira, na habitual crónica que assina no blogue 'Novo Geração Benfica', com o triunfo dos encarnados em Braga e acredita que os adeptos podem, "começar a concretizar os planos para ir ao Marquês festejar o 37".
Mas o antigo vice-presidente considera que há questões prementes que têm de ser esclarecida, por isso intimou Luís Filipe Vieira a comparecer diante dos sócios e a fazer "uma declaração séria, na defesa dos interesses do Benfica, que tem de ser feita".
"Eu só quero essa declaração para saber com o que conto! Que o presidente venha afirmar, 'olhos nos olhos' com os sócios do Benfica, que:


1. Todos esses jogadores - Grimaldo, Florentino, Ferro, Gedson, Ruben Dias, João Félix - só sairão pelas cláusulas de rescisão!

2. Se isso acontecer, o Benfica não pagará comissões (por um negócio que não quer fazer, a acreditar no que nos dizem)!

3. A totalidade do valor dessas cláusulas entrará diretamente nas contas do Benfica (porque não cedemos, em relação a nenhum deles, qualquer percentagem dos seus direitos económicos a um qualquer terceiro interessado invocando negociações anteriores de que nunca ninguém ouviu falar ou conheceu)!"

4. Não vamos comprar jogadores que nunca jogarão no Benfica a preços exorbitantes para compensar empresários!"
Com a renovação de Samaris num aparente impasse, Rui Gomes da Silva exorta a Direção presidida por Luís Filipe Vieira a subir a parada para manter o médio helénico no plantel de Bruno Lage na próxima época.
«Samaris é, hoje, um esteio fundamental de todo o jogo do Benfica! Achar que não vale mais do que o Benfica dá - em prémios de assinatura - por 2 ou 3 miúdos do Seixal, daqueles que sabemos nunca terem qualquer hipótese de chegar à primeira equipa do Benfica, é injusto para o jogador e só provoca instabilidade na equipa! Samaris é um dos nossos e não pode, por “questões empresariais”, passar a ser um dos outros!», argumentou no blogue Novo Geração Benfica.


In Record

A MORTE DA MEMÓRIA


"Se bem me lembro, em Vergílio Ferreira, a morte da memória é “o grande sinal do nosso tempo”. Escreveu o nosso épico nacional, Luís de Camões, autor de Os Lusíadas, na sua exímia lírica: “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades / Muda-se o Ser, muda-se a Confiança / Todo o mundo é composto de Mudança / Tomando sempre novas Qualidades”. E, porque sempre despontam novas qualidades, ao longo do tempo, não deverá surpreender-nos que as novas gerações gostem de arriscar pé, para fora dos trilhos batidos pelas gerações anteriores. No entanto, a leitura de um diálogo de Platão, ou de um ensaio de Montaigne, ou de um romance de Eça de Queirós, sobreexcedem à leitura de um largo caixote de romances de cordel, ou das açucaradas notícias da literatura “cor-de-rosa”. Portanto, há velhos que continuam jovens e jovens que parecem velhos. Aqueles escritores, pensadores e artistas a quem Baudelaire (1821-1867), o maior poeta da modernidade, chamava os “faróis da humanidade” confirmam o que venho de escrever: podem ler-se, atualmente, com maior aprazimento, do que muita literatura hodierna, incapaz de “abrir um sulco de sinais por onde o quem somos ou o que sentimos há-de passar”. Esta página de antologia, em que Vergílio Ferreira evoca a figura de André Malraux, no momento em que é surpreendido pela notícia da morte do autor de Condition Humaine, diz mais, a este respeito, do que as minhas canhestras ousadias de aprendiz de filósofo: “E eis que, abruptamente, chega-me a notícia de que André Malraux morreu. Uma parte de nós todos, da Europa ao menos, morreu também com ele. Ninguém, como Malraux, com efeito, personificou a trágica encruzilhada em que se embaraça a cultura moderna. Ninguém, como ele, tentou reagir, jogando-se todo nos valores com que imaginou poder redimir-se o homem de hoje. Nenhuma fracção de si ele furtou ao risco da morte, para assim pagar o preço máximo pelo que defendia. Assim, tudo em si ele comprometeu, do corpo à inteligência, nada reservando, para a sua comodidade, a pequenez de um interesse pessoal. Grande astro do nossa escuro céu” (Conta-Corrente – I, pp. 378/379).
André Malraux, outro contemporâneo, outro “farol da humanidade”, outro escritor e pensador de uma deslumbrante sageza, com mensagem que nenhuma geração poderá deixar de comungar! Obedecendo a um impulso sem razão aparente, algumas vezes, leccionando eu em cursos universitários de Desporto, a ele me referi - como a Dostoievski que, no seu quarto humilde, em noite em que não descortinava horizonte, para além do horizonte irremediável da morte, pediu à mulher lhe lesse um trecho do Evangelho. Ela tomou a velha Bíblia que o acompanhava, desde os campos da Sibéria e leu. Era o Evangelho de S.Mateus, naquela parte em que Jesus diz a S, João Baptista: “Não me retenhais…”. E Dostoievski viu, naquele texto, o anúncio da sua morte. Chamou então os filhos, para ditar-lhes as derradeiras recomendações: “Tende uma absoluta confiança em Deus e nunca desespereis do seu perdão. Amo-vos muito, mas o meu amor nada é, diante do Amor de Deus pelos Homens, Suas criaturas”. Concluídas estas palavras, entregou a Bíblia a seu filho Fédia e preparou-se para morrer. Há, aqui, em Dostoievski, não só uma despedida, mas também um anúncio e uma promessa - de que, com a concretização de certos valores que o cristianismo nos legou, o progresso é possível, o desenvolvimento é inevitável. De facto, uma ideia sistémica de democracia, animada por instituições justas, construída por pessoas livres e num trabalho estrutural-estruturante da Verdade, da Justiça e do Amor, resultará naturalmente em mais e melhor Educação, em mais e melhor Saúde, em mais e melhor Justiça, em mais e melhor Segurança Social. No JL – Jornal de Letras, Artes e Ideias, de 2019/4/24, o Ministro da Educação, Prof. Tiago Brandão Rodrigues, um desportista, um democrata, um cientista, um intelectual, escreve: “Quando se dá o 25 de Abril, somente 5% dos adolescentes, entre os 15 e 17 anos frequentavam o ensino secundário. Em 2018, 88% dos jovens completaram-no”.
E reatou o Ministro: “Tratava-se de um cenário desolador, em profundo contraste com o resto da Europa, onde a formação de nível secundário já se havia massificado nas décadas anteriores, inclusive em casos como a Espanha e a Grécia, com os quais nos podíamos comparar, em termos económicos, sociais e políticos (…). Não há dúvidas de que a revolução democrática se fez na educação, num movimento que não deixámos de consolidar, ao longo dos últimos anos. Hoje, a generalidade das crianças e dos jovens, qualquer que seja a sua condição socioeconómica de origem, tem um percurso de pelo menos 15 anos, desde o início do pré-escolar até ao final do ensino secundário”. Pesado de anos, não me ocorre que algum ministro, antes ou depois a Revolução dos Cravos, pudesse dizer, em verdade, que é indiscutível o progresso educativo, no nosso país; que nele princípios e práticas se articulam, se complementam, se justificam. Nesta Modernidade inacabada, como o refere J. Habermas, tem sido possível, em Portugal, promover e sustentar um Sistema Educativo, como “conditio sine qua non” da realização da Democracia? Não é verdade também que o magno doutrinador do capitalismo moderno, Adam Smith, afirma, com irreprimível sobranceria, que a suprema virtude é o Egoísmo e o pior dos vícios é o Altruísmo? Em poucas palavras: é possível, nas nossas escolas, uma educação de qualidade, em condições de efectiva igualdade, numa sociedade fiel aos ditames do neoliberalismo capitalista global, que promove inevitavelmente a exclusão e a desigualdade? No meu modesto pensar, o ser humano é, sobre o mais, história, quero eu dizer: encontra-se em contínuo processo de transcendência, em relação ao que tem e ao que é. Não se descobre, portanto, regime político onde a pessoa humana, onde o cidadão não possam apontar situações específicas de desigualdade. Mesmo em regimes democráticos, como felizmente o nosso (dos ditatoriais não vale a pena falar, pois que são todos ilegítimos) este fenómeno é visível.
Com a inquietação intelectual e moral, de que é portador, o Ministro Tiago Brandão Rodrigues, acompanhado exemplarmente pelo Secretário de Estado do Desporto e da Juventude, Dr. João Paulo Rebelo, tem dado à educação física escolar e ao desporto na escola e a uma variada gama de iniciativas, cimentando uma reflexão sobre a violência, no desporto, em Portugal, uma orientação pioneira que não é demais realçar. Mas voltemos ao Ministro da Educação: “Apesar dos muitos avanços, temos de continuar a trabalhar, para dar respostas às muitas necessidades de aprendizagem ao longo da vida, porque grandes transformações têm atravessado as sociedades e têm tornado os mercados de trabalho cada vez mais exigentes (…). Temos de continuar a trabalhar para manter linguagens, formatos e agentes da educação, verdadeiramente conectados com o mundo real, assumindo a condução deste veículo privilegiado de intervenção social”. De facto, aproxima-se a Quarta Revolução Industrial e, com ela, uma larga e profunda mudança de paradigma, “na forma como trabalhamos e comunicamos e também como nos expressamos, nos informamos e nos divertimos. Ao mesmo tempo, os governos e as instituições estão a ser reformulados, tal como os sistemas de educação, de saúde e de transportes, entre muitos outros” (Klaus Schwab, A Quarta Revolução Industrial, Levoir, Lisboa, 2017, p. 6). São já muitas e visíveis as inovações que podem inventariar-se, com esta mudança de paradigma, por meio da fusão dos mundos físico, digital e biológico. Mas outras inovações os especialistas sugerem, antecipam, tendo em conta a tecnologia e a digitalização – no entanto (repito-me) partindo da educação de qualidade a que se referem o Ministro da Educação e os seus Secretários de Estado. E assim remata o seu ensaio o Prof. Tiago Brandão Rodrigues: “Tudo isto com o objectivo de conseguir que todos e cada um tenham direito a educação de qualidade, nas nossas escolas(…), o fundamental para serem livres na sociedade de hoje e de amanhã, inseridos num mundo de conhecimento global (…). Garantir e cumprir Abril não dispensa esse compromisso permanente”.
Perante a maré de irracionalidade que submerge o mundo em que vivemos, empurrada pelas ondas de uma contestação indiscriminada e global, o actual Ministro da Educação não deixa morrer a memória, ou seja, diz-nos que foi, é e será preciso ser sempre um perturbador de mediocridades, para encontrar as linhas de pensamento, que estimulem novas práticas, verdadeiras promessas de um Futuro mais humano e mais humanizante. Escreve Leonardo Boff, no seu livro Tempo de Transcendência (Sextante, Rio de Janeiro, 2000): “Somos todos seres desejantes. Talvez o desejo seja a nossa experiência mais imediata e, ao mesmo tempo, mais profunda. Coisa que já Aristóteles vira e que Freud colocou como eixo fundamental, para entender o motor interno humano. A nossa estrutura de base é o desejo. E faz parte da dinâmica do desejo não ter limites. Não desejamos só isso e aquilo. Desejamos tudo. Não queremos só viver muito, queremos viver sempre. Desejamos a imortalidade” (p. 60). Daí, que a transcendência seja o desejo mais secreto e mais ardente, que habita em cada um de nós. Uma transcendência, porém, que não se resuma a verbalização mais ou menos crítica, que não se concretize unicamente em informais clubes de pensamento, ou numa cultura de bloqueamento, de inacção e comodismo, rodeada embora de vasta erudição. Pelo desejo da transcendência, podemos superar os limites, cada um de nós vê-se coagido a superar os limites - para passarmos da teoria à prática e da razão à fé e da memória à profecia. E para concluirmos, por fim que, pela transcendência, nada, neste mundo, é definitivo. Não deixemos morrer a memória que nos revela sem peias que tudo, neste mundo é transitório, tudo é passageiro, excepto o desejo da transcendência, que faz de cada um de nós um projecto infinito."

À BENFICA!


"Grande equipa, grandes adeptos, grande vitória! A deslocação a Braga – e a forma como Bruno Lage e os jogadores souberam inverter o rumo dos acontecimentos – é mais um capítulo de sucesso nesta extraordinária 2.ª volta que o Benfica está a realizar: triunfos nos estádios do 2.º classificado (FC Porto), do 3.º (Sporting), do 4.º (Sp. Braga), do 5.º (Moreirense) e do 6.º (Vitória de Guimarães). É impossível não reconhecer a qualidade desta equipa e o mérito desta caminhada.
Já são 91 golos apontados no campeonato e, desde a chegada do atual treinador, o Benfica soma 15 vitórias em 16 jogos. Ou seja, um aproveitamento de 95,8% (!) dos pontos possíveis. Os números são impressionantes e permitiram esta sensacional recuperação. É fundamental lembrar, no entanto, que ainda nada se conseguiu. O que já foi feito é muito bom, mas o mais difícil é sempre o que está por fazer.
Faltam agora 3 finais e o Benfica só conseguirá ter sucesso se for capaz de manter todas as qualidades que tem demonstrado: união, coesão, determinação, humildade e enorme capacidade de trabalho. Foi isso que voltou a ver-se em Braga e, em especial, na excelente 2.ª parte que permitiu virar o resultado.
Uma palavra especial para os adeptos do Benfica. Para os que estiveram no estádio e foram incansáveis, mas também para os milhares que ficaram ao lado da equipa em Todos os momentos: desde a saída do autocarro da Luz (no sábado), à chegada a Gaia, passando pelo indescritível apoio no percurso até Braga. Nas bermas das estradas, nos viadutos, nas portagens e, claro, no regresso à Luz. Cada vez mais, Todos Contam!

PS: Quem tem 10 pontos a mais na classificação em virtude do benefício de erros de arbitragem e mesmo assim ainda tenta criar uma realidade virtual sobre o jogo de ontem em Braga… é porque perdeu o último pingo de vergonha que ainda lhe poderia restar. São ridículas todas as fotos publicadas já depois do toque no pé de João Félix, para se tentar “provar” que não existiu contacto. Por muito que lhes custe, a falta é real. Basta reparar, aliás, na reacção do próprio jogador do Sp. Braga que comete a falta. Há lances que suscitam dúvidas naturais. Neste caso, porém, existe apenas uma espécie de ensaio sobre a cegueira para justificar ainda mais ameaças, mais insultos e mais pressão sobre todos os agentes desportivos. Como sempre, com as equipas de arbitragem à cabeça. A estratégia é sempre a mesma. Já se esqueceram, aliás, da forma como recentemente ganharam duas vezes naquele mesmo estádio: frente ao Benfica para a Taça da Liga e frente ao próprio Sp. Braga, para o campeonato."

PRIMEIRAS PÁGINAS


domingo, 28 de abril de 2019

UM AZAR DO KRALJ


Os estupefacientes de Rúben, a condição oftalmológica de Pizzi, a verdade desportiva de Félix - e um copo para Adel (por Um Azar do Kralj)
Aqui está a análise que a generalidade dos benfiquistas aprendeu a ler após um jogo dos encarnados. É de Vasco Mendonça, pois claro, e tem jogos de palavras, trocadilhos, metáforas, pontos de vista, etcetera. Para quem verdadeiramente gosta de sorrir.
ODYSSEAS
Depois de uma primeira parte em que foi obrigado a utilizar os pés demasiadas vezes, Vlachodimos passou a segunda metade do jogo a ver os seus colegas darem a volta ao resultado. Só faltava o seu momento. Surgiu aos 78', com o resultado em 1-3, com o grego a defender sem espinhas um pontapé de bicicleta de Dyego Souza. Vlachodimos segura o esférico com firmeza, quase parece atacá-lo para dizer ao mundo inteiro que esta é sua. Levantou o rosto e apontou o olhar na direcção dos colegas, como quem diz "não tenham medo, o Odysseas está aqui", ao que Ruben Dias retorquiu com um seco "deixa-te mas é de merdas e passa a bola".
ANDRÉ ALMEIDA
A sobriedade não recebe medalhas do Presidente da República, mas devia. Cometeu o erro de procurar Seferovic demasiadas vezes, algo que nesta fase da temporada poderá afastá-lo da primeira posição no ranking mundial de laterais direitos. Inteligente como é, André Almeida saberá encontrar outros caminhos para ajudar a equipa a chegar aos 100 golos esta época.
RÚBEN DIAS
Apesar de a sua abordagem no lance do penalty do Braga ser digna de um titular do Aliados Lordelo sob o efeito de estupefacientes, também ele tem sabido trilhar este caminho duro da reconquista e não espantou por isso que se tivesse reconciliado na segunda parte com meia dúzia de intervenções cruciais e um golpe de cabeça que colocou o Benfica numa situação de vantagem que permitiu finalmente a milhões de benfiquistas fecharem os olhos por breves instantes e imaginarem-se encharcados em álcool no Marquês de Pombal. Ainda não ganhámos nada, mas é um bom começo.
FERRO
A malta do Seixal pode dizer o que quiser acerca do nosso centro de treinos, mas a classe de Ferro é uma coisa que não se ensina nos livros, não se adquire na caixa 360 e não vem na dieta rigorosa. É mais do que isso. É de feitio. Corre-lhe no sangue. Esqueçam o orgulho imenso de ver um miúdo assim vestir de encarnado. É imperativo que os pais de Ferro partilhem os seus ensinamentos com o Caixa Futebol Campus. É que é simplesmente o facto de ler bem a maioria dos lances e chegar primeiro à bola, abordar os confrontos físicos de modo socialmente responsável ou de conseguir passar a bola quase sempre bem aos colegas. É o modo como faz tudo isto repetidamente desde que entrou no onze que me leva a crer que Ferro nasceu para ser capitão do Benfica. Veremos se fica cá tempo suficiente para cumprir esse desígnio ou se regressa aos 35 anos para a volta olímpica.
GRIMALDO
Muita diabrura faz o nosso lateral espanhol, com e sem a bola coladinha no pé. Às vezes passam despercebidas porque "apenas" permitem aos colegas fazerem das suas enquanto Grimaldo fica a assistir, que nem aquele meme de uma pequena menina que sorri diabolicamente enquanto a casa pega fogo atrás de si. Se rebobinarmos e virmos com atenção, vimos que metade das situações de superioridade no meio campo contrário passam por ele. É este o nosso piromaníaco favorito.
FLORENTINO
Começou com os nervos do aluno nota 20 que achava ter a matéria toda decorada e esbarrou na primeira questão do exame. Perante este bloqueio, Florentino fez exactamente o mesmo que nós: aproveitou uma ida à casa de banho para consultar a sua cábula, lavar a cara, pregar a si mesmo duas ou três estaladas em frente a um espelho e regressar à sala de aula, onde arrancaria para um 17 sem espinhas. A confirmação chegou quando fez um daqueles cortes em carrinho que se estão a tornar a sua marca registada. Como aluno nota 20 que é, vai ficar irritadíssimo e tudo fará nos jogos que faltam para atingir a perfeição.
SAMARIS
A proposta de renovação, que Samaris irá assinar porque os benfiquistas e ele merecem-se, deverá ainda assim incluir uma cláusula de penalização salarial em caso de primeiras partes como a de hoje. Isto não pode ser só dar dar dar, Andreas.
PIZZI
Fiel a si mesmo, Pizzi avançou decidido por duas vezes, com um olho na baliza e outro na desejada festa do Marquês. Tiago Sá bem tentou adivinhar o lado, mas nada podia fazer perante a condição oftalmológica do nosso maestro, cuja confiança inabalável no regresso para a segunda parte permitiu ainda somar mais uma assistência e sair metaforicamente em ombros, perante aplausos de milhares de benfiquistas que compraram uma garrafa de CRF no Pingo Doce em Braga para garantirem entrada no jogo, e neste momento dão por si a suspeitar que deviam ter comprado mais.
RAFA
Notável leitura de jogo e capacidade individual. Rafa percebeu desde logo que Seferovic ia falhar na cara do guarda redes, e que a bola iria cair junto aos pés de um cadáver da equipa adversária. Depois foi só contornar os restantes corpos e pedir desculpa aos presentes por ter profanado o cemitério dos sonhos bracarenses. No fundo é bom saber que não temos de ver jogos do Barcelona para assistir a lances como este.
SEFEROVIC
Mais um jogo a marcar passo, como se tivesse medo de ser feliz. O que receias, Haris? Caminha na direcção da luz, meu amigo. Hoje em "minha nossa senhora, o que é que se passa com este gajo?", Seferovic conseguiu a proeza de impedir um golo feito, num remate que bateu em si já a contagem ia em 3 ou 4. Nunca o melhor marcador de um campeonato falhou tantos golos, o que talvez explique o seu já excelente entendimento da língua portuguesa, em especial asneiras, que em Seferovic são usadas como elogio ou insulto. Só depende de ti miúdo.
JOÃO FÉLIX
Andou muito escondido do jogo, optando na primeira parte por desempenhar o papel de jogador algo displicente que nos tira um bocadinho do sério. Regressou do balneário apostado em demonstrar que isto era mais uma noite em Frankfurt ou em Alvalade, mas sim uma tarde de folia em Braga. Quando demos por nós já a pedreira tremia com os festejos do país, depois de reposta a verdade desportiva: do jogo, do miúdo e deste campeonato.
GEDSON
Entrou muito bem. Este miúdo faz-se.
SALVIO
Entrou mais ou menos. Já não é nenhum miúdo.
TAARABT
Este entrou com aquela gana de quem precisa desesperadamente de um pretexto para voltar a beber. Quem nunca?
Um Azar do Kralj

ICEBERG BENFICA


FUTEBOL
Avassalador no segundo tempo do duelo no Minho, o conjunto liderado por Bruno Lage carregou sobre o Braga e virou o resultado (de 1-0 para 1-4) na 31.ª jornada da Liga NOS.
Nos momentos-chave do desafio da 31.ª jornada da Liga NOS, o Benfica foi um verdadeiro iceberg. Perante o Braga, virou de 1-0 para 1-4 com uma segunda parte fulminante, ganhou e fortaleceu a sua posição de comandante, agora com dois pontos de vantagem. Faltam três finais!
O equilíbrio de forças foi evidente na etapa inicial do jogo, mas coube ao Benfica criar o primeiro momento de agitação em consequência de uma arrancada de Rafa pelo corredor direito, com o camisola 27 a optar pelo remate aos 3'.
À falta de oportunidades claras, as equipas tentavam aproveitar espaços à entrada da área para armar pontapés de meia distância. João Félix (14') e Rafa (21'), pelas águias, Paulinho (8') e Fransérgio (27'), pelos arsenalistas, foram intérpretes de execuções ameaçadoras, mas nenhum dos tiros foi direto à baliza.
[GOLO: 1-0]
O lance que originou a definição do resultado no primeiro tempo aconteceu aos 32': Fransérgio rompeu pelo corredor central, conseguiu entrar na área do Benfica e depois, no despique com Rúben Dias, caiu no relvado, com o árbitro Tiago Martins a considerar faltosa a intervenção do central dos encarnados. Na conversão do pontapé de penálti, Wilson Eduardo chutou para a esquerda, Odysseas estirou-se, mas a bola rolou para dentro da baliza (1-0).
Pronta reação do Benfica e várias aproximações à grande área bracarense. Após um tiro de Seferovic contra a muralha arsenalista (40'), André Almeida recebeu um passe de Rafa (44') e disparou de fora da área com muito perigo, fazendo a bola passar perto do poste esquerdo.
Para a segunda parte estava guardada a melhor das respostas, com um Benfica poderoso, imponente, pressionante e arrasador, do início ao fim. Empurrando o Braga para a sua zona defensiva, as águias acertaram no poste esquerdo aos 52' num remate de João Félix, após toque curto de Rafa na área, no aproveitamento de um passe de Samaris por cima da cortina arsenalista.
[GOLO: 1-1
O ferro adiou o inevitável: o primeiro golo do Benfica (1-1) foi apontado por Pizzi na cobrança de um pontapé de penálti (59') a castigar falta de Esgaio sobre João Félix (56').

[GOLO: 1-2]
Foi o 11.º golo do camisola 21, que, após braço de Bruno Viana na bola (64'), voltaria à marca dos 11 metros aos 66'. Imperturbável, enganou novamente o guarda-redes Tiago Sá (1-2) e assinou o seu 12.º golo neste Campeonato.
Os encarnados mandavam no jogo, não levantavam o pé, queriam mais... e conseguiram. Aos 69', no seguimento de um canto batido por Pizzi no lado esquerdo (18.ª assistência na Liga NOS 2018/19), Rúben Dias voou no coração da área e cabeceou para o 1-3.
[GOLO: 1-3]
O central anotou o seu 3.º golo nesta edição do Campeonato, o 4.º na época, e igualou o registo global de 2017/18, enquanto Pizzi disparou para a liderança do ranking de jogador mais influente na prova, com participação direta em 30 golos.
O Benfica não autorizava a reação do Braga e, com total controlo, esteve sempre mais perto de alargar o seu pecúlio na partida. João Félix e Rafa, no mesmo lance (82'), viram as suas tentativas ser travadas pelo guarda-redes Tiago Sá.
[GOLO: 1-4]
E o 1-4 surgiu mesmo, aos 90': Seferovic isolou-se, rematou e Tiago Sá defendeu; Rafa, na insistência, roubou a bola a Pablo, serpenteou por entre uma série de adversários e chutou para as redes.
Os encarnados chegaram aos 91 golos no Campeonato, sendo a primeira vez que ultrapassam as nove dezenas após 31 jornadas, segundo a plataforma Playmakerstats. Alargando a análise, o Benfica já tem 128 golos faturados em 2018/19, algo que não conseguia há 54 anos (desde 1964/65), segundo a mesma fonte.

NOVA GOLEADA NO FEMININO


BENFICA MOLDA GOLEADA COM QUALIDADE E INTENSIDADE
FUTEBOL FEMININO
A equipa treinada por João Marques venceu o Amora na 4.ª jornada da 2.ª fase do Campeonato Nacional da II Divisão de futebol feminino, Série Sul.
Sempre apontada à baliza do Amora, com um futebol objetivo e variado na elaboração de ataques, a equipa do Benfica venceu o até aqui vice-líder Amora por 8-0, no Estádio da Tapadinha, na 4.ª jornada da 2.ª fase do Campeonato Nacional da II Divisão de futebol feminino, Série Sul. Imbatíveis, as águias lideram com 12 pontos.
Com mais bola e rápida na procura da baliza, a equipa benfiquista criou a primeira oportunidade de golo logo na abertura do encontro, com Ana Vitória a concluir de cabeça um cruzamento executado na direita do ataque, não acertando, porém, na baliza.
O aviso estava feito e, depois de algumas tentativas perante um Amora bem estruturado a nível defensivo, as jogadoras do Benfica colocaram-se em vantagem aos 13': Geyse furou a última linha adversária e rematou para defesa incompleta da guarda-redes Daniela Borges; na recarga, Evy Pereira assinou o 1-0.
Com intensidade nas ações e objetividade na armação de ataques, o Benfica carregou, por dentro e por fora, explorou os três corredores e somou remates, mas Daniela Borges, na baliza do Amora, tornou-se rapidamente protagonista.
Pouco antes do intervalo, aos 42', uma bola picada para as costas da defensiva contrária pelo pé direito de Daiane deixou Geyse em ótimas condições para ter êxito na jogada, e a camisola 9 das águias, com um toque de classe, bateu a guardiã Daniela Borges, apontando o 2-0. Foi com este resultado que se chegou ao tempo de descanso.
Dominadora como no primeiro tempo, e também atenta aos contra-ataques do Amora, a equipa do Benfica continuou a desenhar lances junto da grande área adversária e no interior da mesma, dilatando a diferença no marcador para 3-0 aos 61' numa finalização de Geyse, desta feita com o pé esquerdo. A camisola 9 das águias não perdoou ao mínimo espaço após corte incompleto de uma defensora, numa fase da partida em que Francisca Nazareth (estreia em provas oficiais pelas seniores) e Lara Pintassilgo, outra jovem talentosa, já estavam em campo.
O 4-0 aconteceu pouco depois (64'), com Pauleta a cabecear com sucesso na área, no seguimento de um canto batido por Yasmim no lado direito. Uma autêntica fotocópia a cores, o 5-0 teve assinatura de Raquel Infante, de cabeça, na sequência de novo canto cobrado por Yasmim na direita do ataque do Benfica (67').
De um livre direto em posição frontal (a punir falta sobre Evy Pereira, que se isolava) nasceu o 6-0: Daiane atirou de pé direito e Pipa, após defesa incompleta de Daniela Borges (77'), carimbou o golo.
De bola corrida, num lance embelezado no corredor direito, Geyse cruzou de letra para que Yasmim, após boa receção, chutasse na direção das malhas, faturando o 7-0 aos 86'. E logo a seguir, novamente com Geyse no centro da jogada, uma defesa incompleta da guardiã do Amora a remate da camisola 9 das águias proporcionou a Francisca Nazareth, aos 87', a chance de se estrear a marcar pela equipa principal, oportunidade que a jovem não enjeitou, fixando o 8-0 final.
Onze do Benfica: Dani Neuhaus; Daiane, Raquel Infante, Filipa Rodrigues "Pipa" e Yasmim; Pauleta, Andreia Faria (Francisca Nazareth aos 56') e Ana Vitória (Maiara aos 68'); Evy Pereira, Jassie Vasconcelos (Lara Pintassilgo aos 56') e Geyse.
Suplentes: Carolina Vilão, Sílvia Rebelo, Rilany, Maiara, Lara Pintassilgo, Francisca Nazareth e Carlota Cristo.
Na 5.ª jornada, já no dia 1 de maio, pelas 16h00, o conjunto comandado por João Marques visita o Quintajense no Campo Leonel Martins.