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quarta-feira, 30 de junho de 2021

LEONOR PINHÃO - BTV - 29 JUNHO 2021

                                                   

105 x 68 - BTV - 29 JUNHO 2021

                                                   

CONTAS FEITAS, DÚVIDAS DESFEITAS - BTV - 29 JUNHO 2021

                                                   

A MODELAÇÃO DE JOGO PELAS EQUIPAS DE FUTEBOL

 


"A discussão em torno das ideias, modelos e sistemas de jogo no futebol é, nos dias de hoje, comum. Não raras vezes, esta discussão sustenta-se num mau entendimento sobre o significado de cada um destes conceitos que, se tratados com banalidade, resultam invariavelmente em reflexões ambíguas e pouco esclarecidas. Ao longo deste artigo procurarei refletir acerca de alguns dos conceitos que estão na base da modelação de jogo de equipas de futebol.

Nota prévia
Apesar de atual, o conceito de modelo de jogo não é novo. Não sendo objetivo desta peça descrever a sua evolução histórica, importa referir que autores clássicos da área do treino desportivo como Léon Teodorescu já refletiam sobre a sua importância ainda nos anos 70 do século passado. O importante trabalho que treinadores como Carlos Queiroz, Jesualdo Ferreira e Nelo Vingada desenvolveram no antigo ISEF (agora Faculdade de Motricidade Humana) e que contribuiu de forma importante para a reformulação dos conteúdos de formação de treinadores em Portugal, teve como ponto de partida muitos destes conceitos que foram sendo continuamente aprofundados no nosso país por autores importantes como Júlio Garganta, Jorge Castelo e muitos outros.

Da Ideia ao Modelo de Jogo
É frequente ouvirmos adeptos, comentadores e até treinadores referirem-se aos conceitos de “ideia de jogo” e “modelo de jogo” como se de um sinónimo se tratassem quando, em bom rigor, estão longe de o ser. O primeiro é um conceito bastante mais simples e que se traduz essencialmente na forma como o treinador responde à seguinte questão: como é que eu gostava que a minha equipa se comportasse em cada uma das fases, etapas e momentos do jogo? A resposta a esta questão resulta fundamentalmente do modo como o treinador interpreta a própria lógica interna do jogo – outro conceito fundamental que deixarei para um próximo artigo – e, em função dessa interpretação, concebe uma determinada ideia sobre a organização da sua equipa. É caso para dizer que ideia de jogo, cada treinador tem a sua. Para além do modo com o treinador interpreta o jogo, também outras características como as experiências anteriores, crenças pessoais e, inclusive, a sua filosofia de vida e os seus traços de personalidade podem contribuir para a construção desta ideia.
Da ideia ao modelo de jogo, contudo, há todo um caminho a percorrer. Se a primeira depende essencialmente do treinador, já o segundo depende da interação de um conjunto de fatores, entre os quais se destacam a própria ideia de jogo do treinador e (muito importante!) as características dos jogadores. A discussão sobre se o treinador deverá ajustar a sua ideia às características dos jogadores ou, por outro lado, são os jogadores que se devem adaptar à ideia do treinador não cabe neste artigo. Contudo, o que me parece menos discutível é que os jogadores são diferentes uns dos outros a vários níveis e, portanto, sendo os principais atores do jogo, a aplicação de um determinado modelo só poderá resultar tendo também em consideração as suas características. Para além das características do treinador e dos jogadores, também as características contextuais influenciam a conceção do modelo de jogo, como por exemplo fatores culturais associados ao país ou ao próprio clube, o tipo e o formato da competição e os próprios objetivos competitivos definidos. Assim, podemos perceber que o modelo de jogo é um conceito bastante mais complexo e que, embora a ideia do treinador constitua a base fundamental para a definição dos princípios que vão orientar os comportamentos da equipa, a sua operacionalização propriamente dita só emerge efetivamente da relação entre todas estas características que acabámos de referir. É também por esta razão que não é possível haver dois modelos de jogo exatamente iguais, mesmo com o mesmo treinador.
Mas o que se entende afinal por modelo de jogo? O modelo de jogo não é mais do que o referencial através do qual os jogadores combinam e coordenam os seus comportamentos competitivos, de acordo com um conjunto de princípios de ação definidos pelo treinador e a que designamos de princípios de jogo. Estes princípios orientam (não determinam!) os comportamentos individuais e coletivos no decorrer do jogo e possuem associadas determinadas intenções que traduzem a forma como a equipa irá procurar comportar-se (do ponto de vista estrutural e funcional) nas diferentes fases, etapas e momentos do jogo. Não será demais reforçar que, no respeito da natureza complexa e dinâmica que caracteriza a lógica interna do jogo de futebol, os princípios associados ao modelo de jogo devem ser entendidos como orientadores e não como determinantes dos comportamentos. Significa isto dizer que não devemos olhar para os princípios de jogo como um conjunto de soluções fechadas pré-determinadas, mas, ao invés, como um conjunto de orientações que atribuem um fator de direccionalidade aos comportamentos competitivos da equipa. Comportamentos esses que, efetivamente, resultam não exclusivamente dos princípios de jogo definidos, mas também das relações de cooperação e oposição que se estabelecem na confrontação entre as duas equipas no decorrer de um jogo.
Uma outra noção importante é a de que a operacionalização do modelo de jogo tal como é idealizado nunca chega efetivamente a acontecer. Pelo menos não na sua plenitude. Em primeiro lugar porque os comportamentos competitivos possuem uma natureza emergente, como já referimos, que resulta de interações que se desenvolvem em contextos e condições de aplicação que nunca são exatamente iguais; e em segundo porque o modelo de jogo é um referencial que está em constante evolução, cresce com a própria equipa e com o rendimento individual dos jogadores e é feito de avanços e recuos na sua operacionalização através do processo de treino.

O papel do Sistema Tático no Modelo de Jogo
O sistema tático caracteriza a organização estrutural de base da equipa e a sua importância está relacionada com a atribuição de funções e tarefas aos jogadores. A escolha por um determinado sistema deve ter em consideração a aplicação dos princípios que compõem o modelo de jogo e as características dos jogadores que o compõem. Assim, é o sistema tático faz parte do modelo de jogo e não o contrário. É por isso que um mesmo modelo de jogo pode utilizar diferentes sistemas táticos preservando os seus princípios essenciais. Não faz sentido retirar importância ao sistema tático para valorizar as chamadas “dinâmicas” coletivas na medida em que este também contribui de forma importante para organização funcional da equipa, nomeadamente através da promoção de determinadas interações entre jogadores decorrentes das suas funções (dimensão funcional) e dos espaços que ocupam predominantemente (dimensão estrutural). Mesmo quando assistimos a variações na organização estrutural da equipa em diferentes fases ou etapas do jogo (por exemplo a atacar e a defender), percebemos que essas adaptações não são totalmente independentes do sistema tático de base. Além do mais, a utilização de diferentes configurações estruturais constitui um importante fator estratégico, permitindo uma maior adaptabilidade ao jogo da equipa adversária – aqui entendida como uma adaptabilidade disruptiva, ou seja, que permita condicionar o adversário e ganhar uma vantagem competitiva."

UNIDOS PELO CASAMENTO E PELO BENFICA



 "Ilda e José Dias Afonso foram um casal de cicloturistas e, juntos, envergaram a camisola encarnada ao longo do país.


Na secretaria da Rua Jardim do Regedor, por volta das 8 horas da manhã de 3 de Junho de 1936, o casal de cicloturistas Ilda e José Dias Afonso, 'irrepreensivelmente equipados, envergando as garridas camisolas do Benfica', subiram para as suas bicicletas e fizeram as suas despedidas, com bastante público a desejar-lhes uma boa viagem.
O projecto era ambicioso, um rali ao Norte de Portugal, numa jornada de propaganda do cicloturismo e do Benfica. Numa época em que havia poucas mulheres a praticar desporto em Portugal, Ilda Dias Afonso causou admiração, 'pois não é muito vulgar entre nós uma senhora abalançar-se a fazer 1250 quilómetros de bicicleta'. Esta interessante iniciativa do casal foi também 'digna de elogios pelo espírito de sacrifício dos dois velocipedistas, que efectuam o «rallye» sem encargos para a colectividade que representam».
Ao longo de 11 etapas, entre Lisboa e Porto visitaram várias filiais do Benfica, tendo sido recebidos com afectuosas recepções, nas quais entregaram placas de prata com o emblema do Clube. A iniciativa foi um 'êxito e decorreu com a máxima regularidade' e, ao fim de 12 dias de viagem, os cicloturistas percorreram os últimos quilómetros acompanhados por sócios do Benfica e ciclistas até ao Campo das Amoreiras, 'onde lhe foi feita uma carinhosa recepção', recebendo um lido ramo de flores da Direcção do Clube.
Durante vários anos, Ilda e José Dias Afonso participaram, individualmente ou juntos em raides, passeios e provas de regularidade, nas quais obtiveram vários títulos individuais, de pares e de equipa. Todavia, mais do que as suas conquistas desportivas, estes atletas destacaram-se como impulsionadores do cicloturismo, granjeado de grande popularidade. Até o cão do casal, o 'Pirilau', alcançou a fama: tornou-se a mascote da secção e acompanhava-os em passeios da modalidade, através da qual contribuíram para a propaganda do Benfica, de norte e sul de Portugal.
Saiba mais sobre o cicloturismo na área 4 - Momentos Únicos do Museu Benfica - Cosme Damião."

Lídia Jorge, in O Benfica

terça-feira, 29 de junho de 2021

UNIDOS PELO CASAMENTO E PELO BENFICA



 "Ilda e José Dias Afonso foram um casal de cicloturistas e, juntos, envergaram a camisola encarnada ao longo do país.


Na secretaria da Rua Jardim do Regedor, por volta das 8 horas da manhã de 3 de Junho de 1936, o casal de cicloturistas Ilda e José Dias Afonso, 'irrepreensivelmente equipados, envergando as garridas camisolas do Benfica', subiram para as suas bicicletas e fizeram as suas despedidas, com bastante público a desejar-lhes uma boa viagem.
O projecto era ambicioso, um rali ao Norte de Portugal, numa jornada de propaganda do cicloturismo e do Benfica. Numa época em que havia poucas mulheres a praticar desporto em Portugal, Ilda Dias Afonso causou admiração, 'pois não é muito vulgar entre nós uma senhora abalançar-se a fazer 1250 quilómetros de bicicleta'. Esta interessante iniciativa do casal foi também 'digna de elogios pelo espírito de sacrifício dos dois velocipedistas, que efectuam o «rallye» sem encargos para a colectividade que representam».
Ao longo de 11 etapas, entre Lisboa e Porto visitaram várias filiais do Benfica, tendo sido recebidos com afectuosas recepções, nas quais entregaram placas de prata com o emblema do Clube. A iniciativa foi um 'êxito e decorreu com a máxima regularidade' e, ao fim de 12 dias de viagem, os cicloturistas percorreram os últimos quilómetros acompanhados por sócios do Benfica e ciclistas até ao Campo das Amoreiras, 'onde lhe foi feita uma carinhosa recepção', recebendo um lido ramo de flores da Direcção do Clube.
Durante vários anos, Ilda e José Dias Afonso participaram, individualmente ou juntos em raides, passeios e provas de regularidade, nas quais obtiveram vários títulos individuais, de pares e de equipa. Todavia, mais do que as suas conquistas desportivas, estes atletas destacaram-se como impulsionadores do cicloturismo, granjeado de grande popularidade. Até o cão do casal, o 'Pirilau', alcançou a fama: tornou-se a mascote da secção e acompanhava-os em passeios da modalidade, através da qual contribuíram para a propaganda do Benfica, de norte e sul de Portugal.
Saiba mais sobre o cicloturismo na área 4 - Momentos Únicos do Museu Benfica - Cosme Damião."

Lídia Jorge, in O Benfica

A LAICIDADE E O FACTO RELIGIOSO NO CAMPO DESPORTIVO

 


"O desporto agrada pelo fervor das competições e pelas garantias morais. Impôs-se para além dos muros da Escola. Nasce na segunda metade do século XIX, conquistou o planeta num tempo relativamente curto e impôs-se como uma prática de massas. Ele é associado às ideias de progresso e de equidade. Pierre de Coubertin, na sua Pédagogie sportive (1972), entende-o como “o culto voluntário e habitual do exercício muscular intensivo, incitado pelo desejo de progresso e sem medo de ir até ao risco” (p. 7).
O desporto representa o melhor meio de nos conhecermos e de medir os limites. É um “combate”, permitindo desenvolver uma rivalidade entre os Homens e as nações. Com o reconhecimento dos méritos de cada um, procura-se explicar as diferenças sociais entre os indivíduos. As regras fundam o desporto, assegurando o seu funcionamento e a diferenciação das práticas. A prática desportiva é multiforme e ela continua a ser um campo (espaço simbólico, no qual os atores sociais legitimam as suas representações) propício para a expressão e interação entre os indivíduos. É a sua grande força que permite a realidade do “vivermos em conjunto” (comunidade, sociedade). Não sendo uma religião, funciona como tal. Incorpora “na sua estrutura e funcionamento valores e práticas passíveis de uma leitura religiosa, naquilo que consideramos ser uma religião camuflada”, diz-nos Garcia e Cunha (2016, p. 81). A expressão do facto religioso e da laicidade não são incompatíveis no campo desportivo. O que se entende por laicidade? Para melhor compreender o que é a laicidade, três aproximações são complementares. Ela assenta em quatro princípios e valores:
1) A liberdade de consciência;
2) A liberdade de manifestar as suas convicções no limite do respeito da ordem pública;
3) A separação das instituições públicas e as organizações religiosas;
4) Igualdade de todos perante a lei, independentemente das suas crenças e convicções.
Neste sentido, a laicidade garante aos crentes e aos não crentes o mesmo direito à liberdade de expressão das suas convicções. Ela assegura o direito de ter ou de não ter uma religião ou de mudar. Ela garante o livre exercício dos cultos e da liberdade de religião, mas também a liberdade da religião: ninguém pode ser constrangido relativamente ao respeito dos dogmas ou das prescrições religiosas. A laicidade supõe a separação do Estado e das organizações religiosas. Portugal é um país laico e a separação entre a Igreja e o Estado foi decretada em 1911, na sequência da instauração da República, em 05 de outubro de 1910.
Se a laicidade parece relativamente simples de definir, a sua aplicação no terreno pode ser mais complexa. A boa aplicação do princípio da laicidade e da boa gestão dos factos religiosos supõe um importante trabalho de pedagogia, em todos os domínios, nomeadamente o do desporto. O desporto não está desconetado da sociedade e pode ser uma caixa de ressonância das crispações e desafios atuais da nossa sociedade. As regras aplicadas em matérias de laicidade e de gestão do facto religioso são transponíveis para o campo desportivo. O respeito do princípio da laicidade no quadro da atividade ou da prática desportiva deve conciliar em permanência três exigências:
1) A manifestação da liberdade de consciência do praticante sob reserva do respeito da ordem pública;
2) A exigência da neutralidade das coletividades territoriais (câmaras municipais, juntas de freguesia, etc.) na organização e no acesso às atividades desportivas;
3) A exigência da neutralidade dos dirigentes, dos árbitros e das pessoas que enquadram as federações desportivas e dos órgãos desconcentrados (comités, ligas), etc.
A neutralidade da prática desportiva não deriva exclusivamente do princípio da laicidade. Ela resulta do respeito pelos valores do desporto, das regras do jogo e dos regulamentos técnicos desportivos. Por outro lado, o respeito pelo princípio de neutralidade não proíbe o financiamento de atividades desportivas e de interesse geral das associações desportivas com um carácter confessional, nas condições em que elas não imponham as suas práticas culturais e não exerçam uma discriminação de entrada pelo facto de não pertença comunitária. A laicidade deve ser uma ferramenta de emancipação e de união na República."

segunda-feira, 28 de junho de 2021

SL BENFICA | UM NOVO RUMO NO FUTSAL ENCARNADO?

 


"A época da equipa de futsal masculina do SL Benfica foi mais uma desilusão somada às várias desta época, com a equipa a não conquistar qualquer troféu e a demonstrar uma clara inferioridade em relação ao rival lisboeta, naquela que foi uma das finais mais desequilibradas entre as duas equipas.
Poucos dias após o término da temporada, o clube anunciou a saída do treinador Joel Rocha. Após sete anos no comando técnico dos encarnados, nos quais conquistou um total de nove troféus, o técnico natural da Covilhã terminou a sua ligação com as águias.
Joel Rocha não era um técnico consensual entre os adeptos. Havia quem achasse que já estava há tempo a mais no SL Benfica para aquilo que mostrou, como também havia quem achasse que a sua escassez de troféus se devesse em grande parte ao facto de defrontar os melhores plantéis do Sporting CP da história da modalidade, sendo que maioria dos anos, os homens da Luz não tinha um plantel a altura.
No entanto, independentemente da opinião e do gosto de cada um, creio que a reta final desta temporada fez transparecer a ideia de que o ciclo de Joel estava esgotado e de que era necessário dar um novo rumo ao futsal encarnado.
Após o anúncio da sua saída, foram vários os nomes apontados para a sucessão. E apesar de ainda não haver uma anúncio oficial, tudo indica que o substituto de Joel Rocha seja o espanhol José Maria Mendez, mais conhecido no mundo do futsal por Pulpis.
Pulpis é um treinador que passou por vários clubes do seu país, tendo pelo meio uma passagem pelo futsal croata. Começou a revelar-se ao serviço do Lobelle Santiago Futsal, clube pelo qual conquistaria a Taça das Taças em 2006/2007, derrotando o SL Benfica na final. Desde 2008, a carreira de Pulpis estaria dividida em três países: Vietname, Uzbequistão e Tailândia, sendo atualmente o selecionador tailandês, cargo que desempenha desde 2017.
Pulpis é um treinador com uma ideia de jogo inspirada na escola espanhola, que gosta de futsal ofensivo, podendo, assim, apresentar um estilo de jogo mais positivo e atrativo. O grande senão que há sobre ele, e sobre aquilo que poderá dar ao SL Benfica, prende-se com o facto de estar há mais de dez anos sem treinar ao mais alto nível, o que levanta dúvidas sobre o facto das suas ideias serem ajustadas à realidade do futsal atual.
Outra grande dúvida que se coloca é qual será a influência que ele tem na construção do plantel. O SL Benfica já anunciou a saída dos internacionais portugueses Tiago Brito e Fábio Cecílio, assim como a contratação dos jovens Carlos Monteiro e Lúcio Rocha. A imprensa também já apontou os nomes de Bruno Cintra, Rômulo e Dieguinho, havendo ainda indefinições no plantel quanto às posições de guarda-redes e de pivot.
Um novo ciclo irá ter início no futsal encarnado, mas ainda existem pontos de interrogação quanto ao que será esta equipa e, sobretudo, se esta será capaz de se superiorizar ao atual campeão nacional e europeu, encaminhando o SL Benfica para um período mais vitorioso."

O QUE JOGA RENATO

 



"O bulo é o homem em foco na selecção portuguesa na primeira fase. Não ignorando os cinco golos de Ronaldo – Gesto técnico simples, mas são 5!!! em 3 jogos. Quem mais?! – mas foi em todos os jogos, Renato Sanches que trouxe futebol para o lado luso.
O nível absurdo a que se encontra permite-lhe ter impacto em todos os momentos do jogo! É cada vez muito mais que um jogador de Transições. Em Organização Ofensiva, não erra, é o homem que não pode ser pressionado porque desmonta sempre em drible pressão – Mesmo que venha de Pogba ou Kanté! – que liga o jogo com qualidade até às zonas de criação – Com a França é dele o passe para a zona de criação que encontrou Moutinho no lance do empate, e é sobre ele a falta que valeu o primeiro golos. Já contra a Hungria havia estado nos golos, ora isolando Rafa, ora solicitando a presença interior entre linhas para a combinação Rafa – Ronaldo – e em Organização Defensiva, é o tanque que fecha os espaços, recupera a bola e encontra saída partindo o jogo nas suas acelerações.
Olhar para Renato como apenas aquele jovem cheio de potencial que surgiu em 2016 é um erro. Está um jogador completo e prova no Europeu que as épocas em França não foram um acaso. A “Máquina de Guerra” que joga bom futebol caminha para cumprir o seu destino, depois de um salto em falso para Munique aos dezoito anos."

UM HAZARD DO C#RALHO


 

domingo, 27 de junho de 2021

VITÓRIA EM CASA DO CASHBALL


 

A 50 minutos do título!

Fora de portas, o Benfica superou o Sporting no jogo 1 da final do play-off do Campeonato Nacional feminino de hóquei em patins.
Começou a final do play-off do Campeonato Nacional feminino de hóquei em patins! No jogo 1 da decisão, a equipa do Benfica bateu o Sporting por 3-5 no Pavilhão João Rocha, neste domingo. A conquista do título está agora a uma vitória de distância.
As ações de ataque do conjunto benfiquista tiveram impacto imediato no rinque. Numa sitckada de meia distância, Beatriz Figueiredo apontou o 0-1 no primeiro minuto da partida.
Decorridos oito minutos do dérbi, Flor Felamini, num rasgo individual pela direita da pista, criou o 0-2. O Benfica mostrava eficácia e comandava o jogo.
Reduziu o Sporting por Ana Catarina Ferreira aos 16' (1-2), e houve ainda mais um golo das anfitriãs no primeiro tempo. Rita Lopes, com um desvio em cima da baliza, marcou aos 18', empatando o resultado (2-2).
O Benfica forçou nova vantagem antes do intervalo, mas não conseguiu bater a guarda-redes Cláudia Vicente. Persistentes, as encarnadas replicaram as iniciativas no arranque da segunda metade do desafio e colocaram-se na frente (2-3) aos 28', numa finalização de Beatriz Figueiredo a passe da capitã Marlene Sousa.
Da condução de bola de Maria Sofia Silva nasceu o 2-4, concluído pela própria avançada ao minuto 37.
A caminho de se esgotarem os 50 minutos regulamentares, Rita Lopes voltou a marcar para a equipa da casa (3-4 aos 45'). Perto do fim, com as verdes e brancas a prescindirem de guarda-redes para jogarem 5 para 4, o Benfica arrumou a questão com um golo (bis) de Maria Sofia Silva (3-5 aos 50').
Este desenlace deixa as comandadas de Paulo Almeida a uma vitória de se sagrarem campeãs nacionais pela oitava vez consecutiva.
O jogo 2 da grande final está agendado para as 14h00 do dia 3 de julho (sábado), no Pavilhão Fidelidade. Caso seja necessário, os rivais reencontram-se para disputar o jogo 3, no dia 4 de julho (domingo), às 15h00.
DECLARAÇÕES
Paulo Almeida (treinador do Benfica): "Foi um grande jogo, uma grande vitória. Fomos a melhor equipa durante os 50 minutos, foi uma vitória justa. Agora é preparar o seguinte, no próximo sábado, às 14h00 no nosso Pavilhão, para tentar ganhar o jogo e o Campeonato, que é o que queremos."
Sporting-Benfica
3-5
Pavilhão João Rocha
Cinco inicial do Benfica
Maria Vieira, Marlene Sousa, Flor Felamini, Beatriz Figueiredo e Maria Sofia Silva
Suplentes
Rita Albuquerque, Sofia Contreiras, Maca Ramos, Inês Severino e Agustina Fernández
Ao intervalo 2-2
Golos do Benfica
Beatriz Figueiredo (1', 28'), Flor Felamini (8'), Maria Sofia Silva (37', 50')
Marcha do marcador
0-1; 0-2; 1-2; 2-2; 2-3; 2-4; 3-4; 3-5

sábado, 26 de junho de 2021

WILLIAM SALIBA | UMA OPÇÃO VIÁVEL PARA A LUZ?

 


"A ligação entre William Saliba e Arsenal FC é sol de pouca dura. Arteta não conta com ele, e Saliba tem a porta da saída escancarada. SL Benfica, Olympique de Marseille e Stade Rennais FC perfilam-se como opções de continuidade e, depois de dois anos emprestado, é hora de consolidar presença no plantel principal de uma equipa que lute por títulos.
Como na questão Guendouzi, SL Benfica e Marselha são os mais prováveis em assegurar o passe do jovem defesa-central. Custou 30 milhões de euros aos Gunners em 2019, mas em Londres não cumpriu qualquer minuto na primeira equipa, emprestado sucessivamente a Saint-Étienne e OG Nice.
As semelhanças com a situação de Jean-Clair Todibo não podem tornar-se obstáculo à aproximação do clube da Luz: é internacional jovem francês, é-lhe reconhecido enorme potencial e desenvolveu capacidades no OG Nice nos últimos meses – todos esses paralelismos apontam para oportunidade única de emendar o erro de apreciação cometido com a devolução de Todibo ao FC Barcelona, em janeiro último.
William Alain André Gabriel Saliba, de origem francesa e ascendência camaronesa, desperta para o futebol em Saint-Étienne. Nascido em 2001, ingressa nos escalões formativos do AS aos seis anos, escalando até aos seniores e onde se estreia em 2018, com 17 anos.
Em 2018-09, completa 16 jogos na Ligue 1, assumindo-se como titular na reta final da temporada: nas últimas sete jornadas da Liga francesa, é titular em seis. Os colossos reparam nele, obviamente. Arsenal FC é o mais conclusivo nas suas intenções, e desembolsa trinta milhões a pronto para afastar potenciais compradores: entre eles já estava o SL Benfica, que sondou o jogador após a conquista 37º título, assinado por Bruno Lage.
Com valores impraticáveis para a realidade benfiquista, cedo o clube se remeteu a papel secundário. O Arsenal FC fechou negócio rapidamente, reconhecendo, porém, uma certa precipitação ao manter a pérola em Saint-Étienne para aprimorar qualidades – achou-se que não estava preparado para a Premier League. Unai Emery dava o mote: “Estamos muito felizes por William se juntar a nós. Interessava a muitas equipas, mas ele optou pelo Arsenal e decidiu fazer parte do nosso futuro. Permanecerá em França na próxima temporada para obter mais experiência e esperamos tê-lo connosco a tempo inteiro na época seguinte”.
Nesse verão é eleito pela UEFA como um dos “50 jovens promissores a acompanhar” em 2019-20. De estatuto reforçado, só uma lesão prolongada como a fratura do metatarso, sofrida em novembro, impediu que se cimentasse como imprescindível do conjunto: apenas recuperou três meses depois, regressando em janeiro (período durante o qual falhou 15 jogos).
Ainda assim, conseguiu acumular 17 presenças em todas as competições (1441 minutos, uma média de 84’ por participação), sendo peça importante na caminhada da equipa até à final da Coupe de France, onde não chegavam desde… 1981-82.
A interrupção por motivos pandémicos bloqueou a evolução do defesa. De regresso a Londres, não encaixava nos planos de Arteta. “Quando cheguei, o Arsenal tinha acabado de terminar a época. Não treinei com a equipa, não treinava há meses”, afirmava Saliba aos microfones do RMC Sport e em declarações reproduzidas pelo Transfermarkt em Janeiro de 2021. “A equipa foi de férias e eu fiquei a treinar sozinho. Quando voltaram, tive uma semana com eles, em conjunto. Jogámos dois ou três amigáveis, mas eu não tinha ritmo. Queria continuar, mas o treinador decidiu o meu caso nesses dois jogos e meio”.
Não contava. Até janeiro, seis jogos pela equipa de reservas dos Gunners, sendo aí que surge a hipótese OG Nice: não hesitou. Às ordens de Adrean Ursea, técnico interino dos franceses, assumiu-se prontamente como titular – sete titularidades nos primeiros sete jogos e prémio de Jogador do Mês para a Ligue 1.
Terminou o ano com 20 jogos completos, 1800 minutos e um golo marcado. Só o episódio caricato de uma partilha de vídeos de cariz sexual, num escândalo que envolveu alguns colegas das seleções jovens francesas e que chegou às últimas instâncias governativas do futebol francês, fazendo soar alarmes em Clairefontaine, podia limitar a sua ascensão desportiva enquanto certeza gaulesa.
Se Mikel Arteta achava que o jovem não estava pronto para a Premier League, ainda com pior impressão terá ficado a partir desse momento: a novela da contratação de Ben White, central inglês do Brighton FC que o Arsenal FC persegue há semanas, confirmou os piores indícios – Saliba não conta para o técnico espanhol.
Surgem agora duas hipóteses: mais uma época de empréstimo, desta vez ao Newcastle United FC, principal opção para os responsáveis ingleses; ou a saída em definitivo, vontade do jogador, que vê cada menos espaço no Emirates.
É aqui que surge o SL Benfica como hipótese para o seu futuro, numa luta a três entre portugueses e franceses, com Olympique de Marseille e Stade Rennais FC como interessados.
Na Luz, ainda se espera resolução do caso Vertonghen, ouvindo as suas pretensões e como se podem conciliar com as de Jorge Jesus, que demonstrou confiança reforçada em Lucas Veríssimo e Otamendi como parelha preferencial nos momentos de defesa a quatro, só integrando o veterano belga em ocasiões de 3-4-3.
Qualquer que seja a vontade do técnico, o belga ofereceria qualidades significativas, tanto no campo como no balneário, essenciais numa fase pós-Jardel. Contudo, sem essa quarta opção, resta optar pelo regresso de Ferro, a aposta definitiva em Morato como solução viável e com bastantes minutos ao longo da temporada ou abordar o mercado na busca por alguém que se enquadre no perfil técnico da equipa.
William Saliba, com o seu conjunto de características específicas – velocidade de reação, facilidade no controlo de bola e agressividade nos duelos – encaixaria que nem uma luva no projeto encarnado, representando, no entanto, avultada operação financeira: novo empréstimo não seria do agrado nem do jogador nem dos responsáveis encarnados, que pretendem assegurar talento que possa ser desenvolvido a longo prazo no Seixal."

NÚM3R0S D4 S3M4N4



 "2

Esta coluna foi dedicada por inteiro a Jardel na semana passada, pelo que é com atraso que se enaltece a dobradinha da nossa equipa feminina de polo aquático. E também o 3.º lugar no campeonato de andebol (feminino), que poderia ter sido melhor, porém há que referir que esta se tratou apenas da segunda época após o regresso benfiquista ao escalão maior (e 2019/20 não chegou a ser concluída);

8
Neste fim-de-semana terá início a final do Campeonato Nacional de hóquei em patins (feminino). 8 é o número de títulos consecutivos que a nossa equipa procurará alcançar;

17,69
Pichardo fez a marca do ano no triplo salto contribuindo, assim, para o crescente entusiasmo em torno da sua participação olímpica. E não deixa de ser curioso como, para alguma comunicação social, de 'atleta cubano do Benfica' tem vindo a evoluir para 'o português'. Consiga ele o tão almejado ouro em Tóquio e não me admirarei que essa mesma comunicação social tergiverse acerca do feito do atletismo português e pelo caminho tente sonegar o contributo benfiquista;

30
'Falta 30 metros ao futebol português', dizia-se no final dos anos 80. Ter visto a exibição confrangedora de Portugal frente à Alemanha relembrou-me este axioma ultrapassado. Só que hoje, ao contrário desses tempos, são ratos os treinadores portugueses de topo que enveredam por este tipo de futebol e todos os jogadores da selecção portuguesa jogam ao mais alto nível, a maior parte no estrangeiro. Só faltam 30 metros por opção. E o responsável chama-se Fernando Santos. Dir-me-ão que venceu em 2016, mas não me peçam explicações e muito menos questionem o obreiro desse feito, que não vale a pena. Por óbvias que sejam as respostas, não se espera que o acaso as dê."

João Tomaz, in O Benfica

EDITORIAL



 "1 - A equipa de futebol profissional do Sport Lisboa e Benfica esta de regresso ao trabalho, com testes médicos que arrancam esta sexta-feira no Seixal e no sábado no Hospital da Luz. É o pontapé de saída de uma nova época com ambições redobradas e onde, finalmente, esperamos, todos, poder contar com o apoio dos nossos adeptos. E que tanta falta nos tem feito! Estamos certos de que farão uma imensa diferença e nos vão ajudar e almejar os títulos que tanto desejamos. Lembro-me sempre da frase de Neil Amstrong quando pisou a Lua e exclamou: 'a magnificent desolation'. Uma excelente síntese do que tem sido este futebol de pandemia nos estádios, num vazio que a todos priva na emoção, na intensidade e vivência de um jogo que sem público perde muito da sua essência. Vai ser diferente, para muito melhor. Assim a variante Delta não comprometa o desconfinamento. Estamos juntos!


2 - Rodrigo Pinho, um dos reforços para a nova temporada, falou em exclusivo ao Jornal O Benfica. É uma lógica que pretendemos oferecer todas as semanas aos nossos leitores: conteúdos diferenciados capazes de tornar a nossa informação ainda mais apetecível. Na conversa com os nossos repórteres destacou a enorme responsabilidade que representa vestir a camisola do Benfica e traçou objectivos claros: conquistar títulos naquele que é o maior desafio da sua carreira. O avançado brasileiro já está familiarizado com as dinâmicas do Benfica Campus, numa recuperação que começou há algumas semanas com o propósito de estar a 100 por cento no dealbar dos trabalhos e assim poder retribuir com golos e confiança nele depositada.

3 - O projeto Eco Benfica merece igualmente destaque nesta edição, num merecido reconhecimento pelo trabalho que está a ser desenvolvido pelo Clube no respeito por uma crescente sustentabilidade ambiental, a juntar à sustentabilidade financeira e à enorme responsabilidade social que tem acompanhado o trajecto do Sport Lisboa e Benfica ao longo dos últimos anos. É com orgulho que acompanhamos a presença do nome Benfica nos maiores fóruns internacionais em defesa do ambiente."

Pedro Pinto, in O Benfica

1 SEMANA DO MELHOR - BTV - 25 JUNHO 2021

                                                   

sexta-feira, 25 de junho de 2021

GIL DIAS

 


Anúncio da 2.ª contratação, novamente no mercado interno, desta vez, Gil Dias. Jogador que pertencia ao Mónaco, mas que tem passado por vários empréstimos, o último em Famalicão...
Foi um jovem muito pretendido, mas tem tido dificuldade em confirmar como sénior o potencial que demonstrou quando era mais novo... Não era a minha 'primeira opção', mas com o historial do Jesus em adaptar extremos a laterais (o Digui na última época, por exemplo...), pode ser que resulte!
Como extremo até pode jogar nos dois flancos e inclusive como 9,5!
Aliás ofensivamente tem de facto muito potencial, tem drible e passe... vamos ver como se adapta à pressão do Benfica, e ao esquema táctico... muito provavelmente o 343!
Agora não me parece uma primeira opção para a titularidade...
                       

1º DIA...

 


Começou hoje a época 2021/22, com os habituais exames médicos e ainda com muitas indefinições no plantel. Com o início da Liga e com as duas pré-eliminatórias da Champions logo no início de Agosto, o tempo é curto...

Apresentaram-se: ChiquinhoDavid TavaresFerroPaulo BernardoCerviGabrielGrimaldoHenrique AraújoJoão FerreiraWeiglSvilarNuno TavaresSamarisPizziSamuel SoaresTiago Gouveia, Tomás AraújoKrovinovic e Waldschmidt.
Em quarentena por precaução: Helton LeiteGilbertoMorato e Vinícius.
Entregues ao departamento médico: André AlmeidaLucas VeríssimoDiogo GonçalvesDarwinRodrigo Pinho e Tiago Araújo.
Nas seleções: RafaSeferovicEvertonOtamendi e o Vertonghen.
Apresentação 'atrasada' devido a seleções: Gonçalo RamosOdysseasFlorentinoTomás TavaresJotaGedson e Taarabt.

Muitos jovens da B, mas suspeito que somente o Tomás Araújo e o Morato terão lugar no plantel principal... gostaria de ver o Tiago Gouveia e o Paulo Bernardo com tempo de jogo na pré-época! O Henrique, o Tiago Araújo, o David e o João Ferreira deveriam ser emprestados a equipa da I Liga... tal como o Jota e o Tomás Tavares.
Chiquinho, Cervi e Nuno Tavares parece que estão de saída... e não acredito na permanência do Ferro, nem do Gesdon!
A permanência do Vinícius seria uma grande notícia... tal como o Florentino.
Com boas propostas vendia o Weigl, o Gabriel, o Rafa, o Seferovic, o Odysseas e o Grimaldo!
A situação do Gilberto vai depender da recuperação total ou não, do Almeidinhos... já em relação ao Krovi, a jogar com 3 Centrais, poderá fazer a posição do Adel tão bem ou melhor!
Aliás será importante perceber se os lesionados mais graves, vão ou não estar disponíveis e em forma para os primeiros jogos oficiais, principalmente o Lucas e o Darwin!
Os rumores indicam que o Nzonzi, o Ugarte e o Gil Dias estão 'confirmados'... se os dois primeiros são consensuais, em relação ao Gil se vamos continuar a jogar com 3 Centrais parece-me uma boa 2.ª opção!
O Vinagre seria bem-vindo... e estamos a precisar de extremos!!! João Mário, não por favor...

38

 


"Em cima: Marcelo (que colocou o SLB nas meias finais da Taça de Portugal, batendo Nuno Espirito Santo com a resposta de cabeça a um cruzamento rasteiro), Ricardo (que ainda não era Gomes), Kenedy (antes de chumbar controlos anti doping) Hélder (a 8 anos de discutir uma braçadeira de capitão com o actual director de relações internacionais), Brassard (um dos maiores suplentes do futebol português), e agora preparem-se mentalmente para os 5 que seguem, Paulo Pereira, Paulão, Hassan, Paredão, King (que nem para a porra de uma foto se conseguia posicionar condignamente).
No Meio: Pedro Henriques (uuiiissshhh), Dimas (quando ainda vestia bem), Calado (se fizesse juz ao nome, era um poeta), Luiz Gustavo (que substituiu outro Luiz Gustavo no plantel, partilhando nome e falta de jeito), Bruno Caires (o falso lento que era mesmo muito lento)
Sentados: Preud'homme (Saint, se faz favor) Veríssimo (El Rey de las buelas paradias), Paulo Bento (já era cliente do tal cabeleireiro), Edgar (que ao contrário do Beto, assinou mesmo pelo Real Madrid), Marinho (junto com Amaral, foi a resposta de Manuel Damásio à pilhagem do Pacheco e do Paulo Sousa e não vale rir, porque isto é motivo para chorar), JVP (antes de ser dispensado pela direção que tinha como vice presidente para o futebol José Capristano), Valdo (até sentado tinha classe), Iliev (talvez o último jogador a ser contratado pelo SLB depois de treinos à experiência), Panduru (o lado esquerdo do pirilau do Autuori) e Veiga (só contou para a foto).
Entre meados de verão de 1995 e início do de 1996, acordei todos os dias a olhar directamente para a foto do (vamos-lhe chamar assim) plantel do SLBenfica, que sob o comando de Artur Jorge posava alinhado em frente a umas decrépitas bancadas do Estádio do Jamor, onde estava meia dúzia de transeuntes, que podiam muito bem estar mais capacitados para representar o Glorioso do que a maioria das personagens equipadas de encarnado e branco. Sem saber se por ingenuidade juvenil ou fanatismo Benfiquista, colei este poster na parede do quarto por acreditar genuinamente que estava ali o futuro campeão nacional. Os nomes não contavam para o meu totobola, só as camisolas e o emblema tricotado ao peito.
A idade traz maturidade a muita gente, mas pelo menos quando o Benfica é o assunto, essa verdade passa-me totalmente ao lado. Mesmo com um presidente que desprezo, um treinador que odeio e um plantel cuja formação ainda desconheço, olho para o pontapé de saída da temporada 21/22 como a preparação da festa do 38. O cortejo de campeão começa hoje. Façam exames médicos aos atletas, mudem o óleo ao autocarro descapotável e comecem a montar o raio do palco techno. Até com 11 Gilbertos só paramos no Marquês. Mais magros, com os sistemas nervosos profundamente alterados e quase todos divorciados, mas bêbados de glória. Isto é mais do que acarditar, é acertezar. Saiam da frente ou sejam atropelados com estrondo. Cá vai o Sport Lisboa e Benfica 21/22."

quinta-feira, 24 de junho de 2021

FILIP KROVINOVIC | UM REGRESSO COM A BÊNÇÃO DE JESUS

 


"Numa altura em que o SL Benfica procura por um ‘8’ no mercado, uma das soluções poderá passar mesmo pelo regresso de um dos (muitos) jogadores emprestados. Filip Krovinovic, médio croata de 25 anos, deverá regressar à Luz para realizar a pré-época sob o comando de Jorge Jesus.
Na temporada 2020/2021, Krovinovic esteve ao serviço do West Bromwich Albion, na Primeira Liga Inglesa, e do Nottingham Forest, na Segunda Liga Inglesa. O croata tinha sido emprestado ao emblema do primeiro escalão inglês na temporada 2019/2020, onde realizou 43 jogos e marcou três golos.
Devido ao bom desempenho, os responsáveis quiseram avançar para um prolongamento do empréstimo por mais um ano, mas acabou por ser mais curto dado que, em janeiro de 2021, Krovinovic rumou ao Nottingham Forest FC, onde realizou 31 jogos, totalizando 2248 minutos.
Tal como já foi referido, Jorge Jesus procura um jogador capaz de desempenhar a posição de médio-centro e vai experimentar o croata nessa mesma posição. De relembrar que Adel Taarabt deixou “muito a desejar” nessa função devido à sua impaciência na construção de jogo, à sua ineficácia de passe e, sobretudo, ao pouco golo que apresenta. Nestes parâmetros, Krovinovic poderá acrescentar e, eventualmente, jogar até numa posição de avançado recuado à semelhança do que fez na sua primeira passagem pelos encarnados.
Ainda que há umas semanas tenha sido noticiada a tentativa dos responsáveis do Nottingham Forest FC em avançar para a contratação em definitivo do médio croata, o interesse “caiu por terra” e levou Krovinovic a decidir apresentar-se na Luz no próximo dia 28 de junho.
Segundo o transfermarkt.pt, Filip Krovinovic está avaliado em quatro milhões de euros, valor muito próximo daquele que foi pago pelo SL Benfica ao Rio Ave FC em 2017, cerca de três milhões e meio. O médio croata tem contrato com as águias até 2023."