Páginas

sábado, 30 de setembro de 2023

CRITÉRIO: PORRADA NO RAFA!!!



 


"É a Liga Batatoon, meus senhores. Onde duas faltas grosseiras para cartão amarelo nem assinaladas são sequer. Como é que explicam isto? Mas alguém quer consumir este produto completamente adulterado? Bem fizeram a França, o Brasil e os EUA. Transmitir esta farsa para quê e para quem? Estão a matar o futebol em Portugal e ninguém parece interessado em saber. Desde que se garanta a sobrevivência do Porto, está tudo bem. Essa é a grande prioridade, custe o que custar. Esquecem-se é que a médio prazo, se continuarem com esta farsa, está tudo falido e sem mama. Continuamos sem perceber o silêncio do Benfica como maior e mais importante instituição desportiva do País perante tudo o que se está a passar."

O FUTEBOL QUE QUEREMOS

 


"Mesmo tendo sido um dos que usufruiu deste regime de impunidade ao serviço do clube azul da santa aliança, não deixam de ser palavras sábias sobre a podridão do nosso futebol!
“Eu a maior parte destes anos vivi em Inglaterra, também tive alguns anos em Espanha e em Itália.
Itália gosta muito do jogo, da tática, tem normalmente gente a falar sobre isso com mais ou menos polémica ou com maior ou menor agressividade mas é gente de grande credibilidade, tens grandes nomes do futebol a discutirem sobre o futebol.
Em Inglaterra por exemplo, eu cheguei a sentir-me quase enjaulado porque tu não podes sequer comentar o árbitro antes do jogo.
Fui punido, e bem punido por declarações antes do jogo por dizer que esperava que o árbitro estivesse muito bem e que resistisse á pressão de Anfield e que tivesse uma excelente atuação.
Fui punido.
Em Portugal tu dizes dos árbitros aquilo que queres, antes do jogo, durante o jogo e depois do jogo e és punido com multas de risada total.
A impunidade é total.
Obviamente que somos um País que deve gostar disto, porque o tipo de programa que existe em Portugal e em simultâneo em 3, 4, 5 canais diferentes e que se repetem de segunda a domingo e que sobrevivem é porque a nossa malta gosta disto.
Portanto, se calhar temos o futebol que queremos ter. " 
José Mourinho."

PACIÊNCIA E MAGIA



O Benfica venceu (1-0) o FC Porto, em jogo da 7.ª jornada da Liga Betclic. Mais um clássico ganho, com Di María a decidir a passe de Neres.
Mais um clássico ganho! Com Neres e Di María a romperem pelos flancos, o Benfica venceu (1-0) o FC Porto nesta sexta-feira, 29 de setembro, em jogo referente à 7.ª jornada da Liga Betclic, disputado no Estádio da Luz. As águias, perante o entusiasmo e o apoio incessante da esmagadora maioria dos 62 247 espectadores, somaram a 6.ª vitória consecutiva na competição, onde contam com 18 pontos.
António Silva, João Neves e Di María foram as novidades no onze do Benfica face ao encontro da 6.ª jornada da Liga Betclic, frente ao Portimonense (1-3), uma formação que criou perigo logo no primeiro minuto.
Ação de pressão de Neres sobre o guarda-redes contrário, este colocou mal a bola e as águias atacaram a baliza contrária, encerrando o mesmo com um disparo fora da área, em posição frontal, de Di María. A resposta dos forasteiros viu-se aos 5', com Eustáquio a atirar fora da área ao lado da baliza à guarda de Trubin.
A fase de estudo mútuo do jogo por parte das equipas prolongou-se nos minutos que se seguiram e só aos 16' se viu nova finalização. Di María foi travado no ataque encarnado, o árbitro João Pinheiro deixou jogar, e, no contra-ataque, Galeno finalizou perto da área contrária, levando a bola a passar muito por cima da baliza.




Galeno, aos 18', atirou de novo, mas, desta feita, com a bola a ser encaixada por Trubin. No minuto seguinte viu-se um dos lances do encontro. Neres, lançado em velocidade, preparava-se para ultrapassar Fábio Cardoso e isolar-se na direção da baliza de Diogo Costa, quando foi travado em falta pelo central contrário.
O juiz João Pinheiro não hesitou e exibiu o cartão vermelho direto a Fábio Cardoso, lance que não suscitou dúvidas no VAR. Para equilibrar a equipa, o técnico contrário lançou Zé Pedro e abdicou de Romário Baró aos 25'.
O Benfica dedicou-se então à missão de procurar espaços no bloco mais recuado dos visitantes, olhando sempre para a largura. Aos 29', uma bola colocada em Taremi, nas costas da defesa encarnada, levou à saída eficaz de Trubin aos pés do avançado iraniano.
Aos 32' viram-se dois momentos de perigo para a baliza de Diogo Costa. O cruzamento de Neres levou a bola a desviar numa perna de João Mário, o esférico foi na direção da baliza, mas o guarda-redes defendeu-o a dois tempos, com intervenções muito apertadas.
No minuto seguinte, aos 33', Rafa atirou de primeira, ao lado, a canto do lado esquerdo do ataque executado por Kökcü. Aos 34' novo lance passível de sanção disciplinar. Rafa, em velocidade, ganhou a posição a David Carmo, preparava-se para se isolar na direção da baliza contrária e foi parado em falta. João Pinheiro exibiu o cartão amarelo, o juiz foi alertado pelo VAR, Artur Soares Dias, mas manteve a decisão, não mostrando o cartão vermelho.
Perante o domínio do Benfica, os azuis tentaram a sua sorte por Pepê, à entrada da grande área, para excelente defesa de Trubin, isto aos 40'.




As águias prepararam o derradeiro assalto à baliza contrária antes do intervalo e finalizaram com relativo perigo em três ocasiões: aos 42' foi Neres, na direita da área, a cruzamento largo de Di María no lado oposto; aos 45'+2' foi o camisola 11 do Benfica a atirar fora da área por cima, e, aos 45'+4', Musa cabeceou na pequena área ao lado, apertado por um defensor.
O jogo de paciência manteve-se na segunda parte, com Di María e Neres a procurarem espaço nos corredores laterais e Rafa no eixo central. Foi precisamente numa incursão de Neres pela esquerda que surgiu, aos 51', a oportunidade de Musa abrir o ativo, mas a bola rematada pelo internacional croata saiu ao lado.
O Benfica apertava e Kökcü, aos 53', com um remate cruzado, dentro da área, sobre a esquerda, atirou ao poste, com Diogo Costa batido. O guarda-redes contrário foi decisivo três minutos depois, quando Neres, a passe de classe de Di María na direita para o lado oposto, tirou um adversário da frente e finalizou de pé direito contra o camisola 99 dos forasteiros. Que enorme oportunidade de golo!




A carregar, aos 57', foi a vez de Otamendi, ao segundo poste, solicitado a longa distância por João Neves, atirar a bola à malha lateral.
Roger Schmidt decidiu refrescar a frente de ataque aos 67', colocando Arthur Cabral no lugar de Musa, mas coube à sociedade Neres-Di María decidir o encontro. O internacional brasileiro furou pela esquerda, ganhou a linha ao defesa contrário e cruzou rasteiro. Di María, de primeira, rematou na área, com a bola a raspar num defesa, deixando Diogo Costa fora da sua rota (1-0). Foi o 5.º golo do campeão do mundo na presente edição da Liga Betclic, o 6.º em oito jogos na presente temporada.
A paciência dos encarnados acabara de ser recompensada com classe. Aos 72' foi Otamendi, após cruzamento de Kökcü na direita, a finalizar em força por cima da barra. A partir de então o Benfica começou a gerir a posse de bola (terminou o encontro com 67% e 14 remates efetuados).
Ainda assim viram-se momentos de tensão: aos 82', quando Zé Pedro entrou de sola sobre João Neves e viu cartão amarelo, e aos 85', em que o último passe de Di María, na área, encontrou a perna de David Carmo, quando levava a rota do golo.
Já com Jurásek e João Mário nos lugares de Di María e Neres, e perante o entusiasmo dos mais de 60 mil espectadores presentes na Catedral, ainda se viu uma entrada violenta de Francisco Conceição sobre Otamendi, aos 90'+5', que teve o cartão amarelo como sanção disciplinar, isto antes da entrada de Tengstedt em campo, no lugar de Rafa.
Contas feitas na Luz, o Benfica voltou a vencer o rival direto na luta pelo título na presente temporada 2023/24, isto após a conquista da Supertaça, somando duas vitórias seguidas. As águias elevaram para 18 os pontos conquistados na Liga Betclic e seguem num ciclo de seis triunfos consecutivos.

KOKÇU, O GRANDE LÍDER

 


"Em quase 40 anos que levo a acompanhar Feyenoord e Ajax no campeonato e nos jogos internacionais como jornalista desportivo, vi muitos capitães. Mas nunca vi um capitão de 20 anos com tanta coragem e bravura em campo como Orkun Kokçu.
Este talentoso médio não tem sido o melhor orador, mas tem sido um dos mais dinâmicos e determinados jogadores no relvado, além de muitas vezes decisivos para a equipa dele.
Foi também por essa razão que o novo treinador do Feyenoord, o superofensivo Arne Slot, imediatamente decidiu entregar a braçadeira de capitão a um jogador com apenas 20 anos. Slot, porém, causou surpresa, porque media, adeptos e rivais do clube de Roterdão não viam, então, um grande líder em Kokçu.
Eu, no entanto, compreendi a decisão. Talvez porque tinha uma vantagem e já seguia Orkun Kokçu desde os 13 anos, na academia do Feyenoord. Lá, um dos scouts, disse-me bem cedo, num sábado de manhã, enquanto víamos jogos das camadas jovens, que o Feyenoord tinha conseguido contratar um talento especial. Um médio que joga qualquer bola, qualquer bola no jogo, do primeiro ao último minuto, para a frente, pensa e executa para a frente. Por outras palavras, um jogador que tem na cabeça o mais fundamental dos pensamentos ofensivos. Nunca Orkun Kokçu quis jogar a bola para trás ou pensar defensivamente. Jogador tão incrivelmente ofensivo jamais tinha sido visto na academia em muitos anos.
Como jornalista, ficamos curiosos e começamos a prestar mais atenção a um talento. E também assisti ao momento em que ele se mostrou preparado para a estreia na equipa principal do Feyenoord. Kokçu tinha 17 anos e ainda era jogador da academia quando foi chamado para um jogo do campeonato, num dia frio de dezembro, fora com o FC Emmen, em relva artificial. Não eram, seguramente, condições mais apropriadas, mas logo marcou com 17 anos e o capitão do Feyenoord nessa altura, Jordy Clasie (mais tarde do Southampton e agora do AZ), disse imediatamente. «É um grande talento e espero que fique já com a equipa. Pode tornar-se um jogador fantástico.»
Kokçu desenvolveu-se rapidamente e continuou a pensar ofensivamente, no estilo do futebol total neerlandês de Johan Cruyff e do ícone do Feyenoord Wim Jansen, que jogou na Laranja Mecânica de Johan Cruyff no Mundial de 1974 e que foi treinador na academia do Feyenoord quando Kokçu lá treinou e jogou. Ele tornou-se uma joia para o clube e, juntamente com o treinador Arne Slot, promoveu a transformação do Feyenoord, que, num instante, ascendeu ao topo do futebol. Sob a liderança de Kokçu.
O Feyenoord disparou como um cometa com Kokçu como o maestro até à final da Liga Conferência contra a Roma de José Mourinho. Um ano mais tarde, Kokçu tornou o Feyenoord campeão e foi votado o futebolista do ano da Eredivisie. Grandes prémios, grandes momentos na sua progressão.
E vou mencionar, ainda, o momento especial por que ele foi o homem com mais caráter e mentalidade nos Países Baixos nos últimos anos. Kokçu participou em 50 jogos na época passada, incluindo clube e seleção. A sua melhor exibição aconteceu a 13 de abril de 2023, contra, outra vez, a Roma de José Mourinho. Perante 50 mil espectadores em Roterdão, Kokçu jogou ao mais alto nível. Pensou dois passos à frente de qualquer adversário e de qualquer dos companheiros. Foi o grande maestro de uma orquestra que dificilmente o poderia manter. Os seus passes foram magníficos, a sua capacidade de correr gigantestca e a sua visão fenomenal.
Outros grandes futebolistas exibem-se assim, às vezes, a nível europeu. Mas Kokçu fez aquele jogo a meio do Ramadão. Estava a fazer jejum. Não tinha comido ou bebido durante todo o dia. Todos sabemos que é nessas alturas que uma pessoa perde a clareza. Poucos líquidos e pouca comida torna-nos fracos. Mas Kokçu manteve-se o grande líder, dando o tom e fixando o volume da sua orquestra. E o Feyenoord ganhou nessa noite.
Espero que continue a crescer de forma consistente num jogador mais importante e decisivo no Benfica, desde que a equipa tenha um estilo de jogo ofensivo."

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

MODOS DE VIDA!!!



"𝗙𝗲𝗿𝗻𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗠𝗲𝗻𝗱𝗲𝘀: «𝘋𝘰𝘱𝘪𝘯𝘨 𝘦𝘴𝘵𝘳𝘢𝘨𝘰𝘶 𝘢 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘷𝘪𝘥𝘢»
«Havia jogos em que entrávamos no balneário e perguntávamos: onde está o milho? 𝗔𝗽𝗮𝗿𝗲𝗰𝗶𝗮 𝗼 𝗺𝗮𝘀𝘀𝗮𝗴𝗶𝘀𝘁𝗮 𝗰𝗼𝗺 𝘂𝗺𝗮 𝗯𝗮𝗻𝗱𝗲𝗷𝗮 𝗿𝗲𝗰𝗵𝗲𝗮𝗱𝗮 𝗱𝗲 𝘀𝗲𝗿𝗶𝗻𝗴𝗮𝘀 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗱𝗮𝗿 𝗮 𝗰𝗮𝗱𝗮 𝘂𝗺. Parecíamos galinhas de volta do prato, à espera da vez !
Era uma pequena vacina, do tamanho de uma meia unha, chamada Pervitin. 𝗘𝘀𝗽𝗲𝘁𝗮𝘃𝗮𝗺-𝗻𝗼𝘀 𝗮𝗾𝘂𝗶𝗹𝗼 𝗻𝗼 𝗯𝗿𝗮𝗰̧𝗼 𝗲 𝗱𝗮𝘃𝗮 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗰𝗼𝗿𝗿𝗲𝗿 𝗲 𝘀𝗮𝗹𝘁𝗮𝗿 𝗾𝘂𝗮𝘁𝗿𝗼 𝗷𝗼𝗴𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝘀𝗲𝗴𝘂𝗶𝗱𝗮.
O jogador é tratado como uma máquina. Éramos carne para canhão. É como se tivéssemos uma faca apontada: Ou fazes isto ou não jogas.
Quando chegava a um clube havia muitos medicamentos e nem sempre era informado do que andava a tomar. Havia clubes que nos davam cápsulas sem qualquer nomenclatura ou a marca do medicamento. Hoje o controlo é mais apertado e os clubes não arriscam tanto.
𝗛𝗮𝘃𝗶𝗮 𝘂𝗺 𝗺𝗮𝘀𝘀𝗮𝗴𝗶𝘀𝘁𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝘀𝗲 𝗴𝗮𝗯𝗮𝘃𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝘁𝗶𝗻𝗵𝗮 𝘂𝗺𝗮 𝗽𝗲𝘀𝘀𝗼𝗮 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗼𝗹𝗮𝗱𝗮 𝗻𝗼 𝗖𝗲𝗻𝘁𝗿𝗼 𝗡𝗮𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮𝗹 𝗔𝗻𝘁𝗶-𝗗𝗼𝗽𝗶𝗻𝗴 𝗲 𝘀𝗮𝗯𝗶𝗮 𝘀𝗲𝗺𝗽𝗿𝗲 𝗰𝗼𝗺 𝗮𝗻𝘁𝗲𝗰𝗲𝗱𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗷𝗼𝗴𝗼𝘀 𝗲𝗿𝗮𝗺 𝗳𝗲𝗶𝘁𝗼𝘀 𝗼𝘀 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗼𝗹𝗼𝘀. 𝗗𝗮𝘃𝗮-𝗻𝗼𝘀 𝗼 𝗱𝗼𝗽𝗶𝗻𝗴, 𝗱𝗶𝘇𝗲𝗻𝗱𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗱𝗮𝘃𝗮 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗳𝗼𝗿𝗰̧𝗮 𝗻𝗼 𝗰𝗮𝗺𝗽𝗼. 𝗘 𝗲𝗿𝗮 𝘃𝗲𝗿𝗱𝗮𝗱𝗲.
Nunca contei á minha mulher mas ela sabia. Uma pessoa que me conhecia há tantos anos sabia que eu não fazia mal a ninguém e naqueles dias ficava completamente alterado. Nem com a minha filha mais velha queria falar.
Estraguei a minha vida particular com o doping. Era fácil que ela percebesse, até porque o cheiro do meu corpo quando estava dopado era mau. A droga saía por todos os poros.»
𝗙𝗲𝗿𝗻𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗠𝗲𝗻𝗱𝗲𝘀, na sua biografia 𝐽𝑜𝑔𝑜 𝑆𝑢𝑗𝑜."

De Águia ao Peito, in Facebook 

O TEMPO DE JOGO

 


"A compensação promete criar debate. É normal, sempre que alguma coisa muda


Confesso que não tenho ainda opinião definitivamente formada sobre uma matéria que promete ainda bastante debate. Em tese, parece fazer todo o sentido o aumento generalizado de tempo de compensação nos jogos de futebol. A propósito, creio que vale a pensa insistir que não se trata de tempo de descontos (não se está a descontar tempo ao tempo de jogo), mas sim de tempo de compensação (acrescenta-se tempo ao jogo como forma de compensar o tempo alegadamente perdido).
Em tese, sublinho, creio que faz todo o sentido aumentar, pois, o tempo de compensação como forma de dar resposta aos profissionais (em particular treinadores) que, justamente, se queixavam do pouco tempo útil de jogo e do tempo voluntariamente perdido por algumas equipas como meio de ganhar vantagem sobre adversários teoricamente mais fortes. Em tese, portanto, partilho da opinião dos que defendem que o jogo não pode ser demasiado curto nem o espetáculo demasiadamente prejudicado quanto ao tempo para não defraudar quem paga o bilhete.
Na prática, porém, admito ainda algum debate sobre o tema, porque me pergunto, igualmente, se fará sentido, em condições relativamente normais, prolongar um jogo de futebol muito para lá dos 90 minutos regulamentares, e quando digo muito para lá, refiro-me, à luz do normal bom senso, a excessivamente para lá dos 90 minutos. Até Pep Guardiola já veio criticar o que lhe parece um «abuso» no tempo de compensação que passou a ser dado por recomendação, note-se, do próprio International Football Association Board (IFAB), a entidade que dita as leis no futebol mundial.
Mas, no fundo, parece uma daquelas situações em que se é preso por ter cão e preso por não ter. Quando o tempo de compensação era, geralmente, de meia dúzia de minutos ou menos, ouviam-se os treinadores das equipas mais fortes afirmar-se contra o baixo tempo útil de jogo.
Já fazia parte da estratégia de jogo de algumas equipas, sempre que se apanhavam em situações de vantagem (a ganhar ou, pelo menos, a empatar), começarem a perder tempo. Quedas súbitas, guarda-redes a deixar-se ficar no chão, simulações de dores musculares, demoras nas reposições da bola.
Por causa disso, o IFAB resolveu dar indicação para que os árbitros passassem a ter muito mais cuidado no tempo real de compensação e a medida pareceu bem acolhida. Até se ver, no caso de Portugal, compensações de 18 minutos (no Boavista-Benfica), 19 (no Casa Pia-Sporting) ou quase 25 (no FC Porto-Arouca). Soou o alarme.
Volto ao início para sublinhar a ideia de não ter, ainda, uma opinião definitiva sobre o assunto. Parece-me claramente positivo que se compense melhor o tempo perdido. Mas pergunto: faria sentido um limite? Quinze minutos, por exemplo, seria razoável, caso não se verificassem excecionais situações de interrupção do jogo? Deitemos todas as cartas na mesa: o tempo de compensação é um problema para quem está a defender um resultado e uma forte vitamina para quem ainda procura ganhar ou, no mínimo, não perder. Para uns, serão mais 15 minutos de sofrimento; para outros, mais 15 minutos de ânimo.
Contra mim escrevo: o que queremos afinal? O que quer Pep Guardiola? Mais jogo ou mais estratégia e tempo perdido? Creio percebê-lo: geralmente não precisa de tempo extra para ver a sua equipa resolver os jogos, e defende, por agora, que os seus puros-sangues não deviam ser submetidos a mais de 100 minutos por jogo. Reagirá Pep da mesma forma quando numa final da Champions (para exagerar o impacto) um dos seus jogadores conseguir o golo da vitória aos 90+15’?...

PS: Creio que o Sporting não era líder da Liga desde a época do título (2020/21). Ainda é muito cedo, mas creio que deve marcar-se a ideia de o melhor futebol do Sporting (como o da 1.ª parte do jogo com o Rio Ave) ser, ao mesmo tempo, o futebol que melhor se joga de momento em Portugal. Um bom líder, portanto!"

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

AMBIÇÃO EUROPEIA

 


"O tema em destaque nesta edição da BNews é o compromisso europeu do basquetebol benfiquista agendado para hoje, englobado na ronda de qualificação para a fase de grupos da Liga dos Campeões, na qual os encarnados querem repetir a presença inédita da temporada passada.

1. Lutar pelo apuramento
Benfica disputa hoje, às 19h00, a meia-final da ronda de qualificação para a Basketball Champions League, realizada na Turquia. O adversário é o AEK Larnaca, campeão cipriota em título. Nos quartos de final o Benfica bateu o TSU Tbilisi, campeão georgiano, por 122-62.
Norberto Alves revela alguns dos fatores-chave para a obtenção de uma vitória: "Temos de ser um pouco iguais ao que fomos no último encontro, ser coletivos, ter muito caráter, o que, neste momento, é decisivo. Os aspetos mentais de concentração e de controlo das emoções vão ser essenciais neste jogo."

2. Contributo importante
Catarina Amado, Carole Costa (autora de dois golos), Francisca Nazareth e Andreia Norton participaram na vitória portuguesa, por 3-2, frente à Noruega na Liga das Nações.

3. Iniciativa importante
As futebolistas do Benfica Jéssica Silva, Valéria Cantuário e Daniela Silva estiveram no IPO Lisboa para proporcionarem um sorriso a quem mais precisa.

4. Ambição permanente
Pol Manrubia, em entrevista à BTV, revela o estado de espírito da equipa benfiquista de hóquei em patins, recém-vencedora da Elite Cup e da Supertaça: "Queremos ganhar mais!"

5. Agenda desportiva
Fique a par de todos os jogos e resultados do Benfica até 1 de outubro. Além do desafio de basquetebol, hoje há partida de andebol no reduto do AA Avanca (21h00). Ontem houve dois desafios do futebol formação (1-1 com o Sporting nos Sub-17; derrota, por 3-1, na visita ao Mafra nos Sub-23).

6. Ação de formação
Cerca de 100 elementos do departamento de prospeção estiveram reunidos no Benfica Campus para uma ação de formação.

7. Futuros atletas
O atletismo do Benfica realiza, nos dias 8 e 29 de outubro, treinos de captação para jovens nascidos entre 2008 e 2012.

8. Profundo pesar
Pedro Fiúza, antigo capitão de equipa de voleibol o Benfica, faleceu aos 42 anos."

VERGONHA...

 



"Uma vergonha o julgamento do Cashball. Funcionários em funções tentaram corromper atletas e clubes para beneficiarem o Sporting, e saem todos impunes. Eis a podridão que impera na justiça e desporto nacional!
VERGONHA!"

DESCUBRA AS DIFERENÇAS...

 


"A nossa página foi ontem invadida por milhares de adeptos do Calor da Noite e da Banca Clube de Portugal, fazendo-se passar por "Benfiquistas", para justificar a ausência de similaridade de lances no Benfica-Salzburgo, apitado por um Turco mais corrompido que o Donato Ramos na final da Supertaça 1994/1995, e o lance de Morato em Portimão.
Os lances são, como se pode ver para qualquer ser humano que não seja cego, tirados a fotocópia. Uma única diferença, Morato tem o corpo virado para a direita, o jogador do Salzburgo tem o corpo virado para a esquerda. O braço do jogador do Salzburgo está tão colado ao corpo como a verdade desportiva está colada à Liga Batatoon!
A desonestidade das pessoas é coisa que não nos surpreende. Lidamos com ela todos os dias, principalmente porque seguimos de perto toda a actividade desportiva há mais de 40 anos. Por isso, podem continuar porque sabemos de que massa vocês são feitos.
Aos Duarte Gomes desta vida, um bocadinho de vergonha na cara não vos fazia mal, mas também já percebemos que honra e dignidade é coisa que nunca vos vai assistir. É com essa consciência pesada de criminosos que vão viver até ao fim das vossas vidas. Com mais ou menos pilim nos bolsos que vos andam a meter, mas desprovidos da maior riqueza que temos na vida: a honestidade.
A nossa maior mágoa continua a ser não termos à frente do nosso clube quem desmascare de uma vez por todas este sistema corrupto da ponta do dedo mindinho do pé de Pinto da Costa à última ponta do cabelo de vaca lambida de Proença. Um sistema que vai voltar a cagar Artur Soares Dias para mais um Benfica-Putedo, sem qualquer tipo de reacção do nosso clube, e achando normal que nos últimos 5 anos, Soares Dias apite 4 vezes na Luz um Benfica-Calor da Noite, com ZERO vitórias do Benfica. Quatro vezes em cinco anos. Já faz parte da mobília do "Salão de Festas"! Quando o DJ residente contratado para a festa é sempre o mesmo e nosso amigo, é fácil meter a música a tocar que queremos no "Salão de Festas" de outras pessoas. Sim, já estamos a contar com Sexta-feira, porque quem pensar que o Benfica consegue ganhar um jogo ao Calor da Noite com Soares Dias a apitar que peça à família para o internar no Júlio de Matos.
Que siga a festa da mentira na Liga Batatoon! Mente o árbitro, mente o dirigente, mente o treinador, mente o paineleiro, mente o especialista de arbitragem, mente quem o sistema quiser!"

MUÇULMANOS E MOUROS SOMOS TODOS

 


"Terá o Conselho de Disciplina jurisdição para castigar o Sporting pelas declarações de Carlos Xavier na Sporting TV? Onde acaba a liberdade de expressão e começa o insulto? E quem deve punir?

ONZE contra onze, uma bola, remates, golos, faltas, simulações de faltas. Boas decisões, más decisões, pessoas, sentimentos, fanatismo, emoção. Isto é futebol, é real. Tudo perfeito na imperfeição de um jogo que tem sido, desde sempre, foco de memoráveis momentos, mas também situações menos bonitas. E bonita não foi a declaração de Carlos Xavier, comentador da Sporting TV, quando a propósito de Medi Taremi, avançado do FC. Porto, disse: «O muçulmano quando veio para Portugal nem sabia nadar e agora só sabe mergulhar». Se o avançado simula ou não penaltis, isso estão lá os árbitros para decidir. Se há declarações infelizes, esta foi bem representativa. Mas foi infração disciplinar?
Taremi sentiu-se ofendido, o clube que representa defendeu o jogador, e o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) decidiu instaurar um processo disciplinar na sequência destas declarações. Carlos Xavier pediu imediatamente desculpa ao jogador, mas a Federação Iraniana entendeu expressar o seu repúdio pelas declarações afirmando que os «comentários são racistas». O avançado foi mais longe, na sua opinião tratou-se de um «insulto racista ao povo do Irão». Há aqui algum exagero, Taremi não representa o Irão, país que não foi referido na declaração.
A situação é delicada em termos jurídicos, porque o mau gosto ou a falta de educação não se punem em Portugal, felizmente. Mas pune-se a discriminação, tem é de ser provada. E há imensos casos em que a falta de educação no futebol ou a alegada discriminação gera situações aberrantes. Recordemos os insultos violentíssimos de milhares espanhóis, em estádios cheios, contra Cristiano Ronaldo ou João Félix: «Esse português, hijo p*** és», ou «Cristiano homossexual», ou ainda o insulto do jogador do Atlético de Madrid, Koke, a CR7: «És bicha». Juridicamente os órgãos federativos espanhóis não mexeram um dedo.
Presume-se que o insulto esteja relacionado com o termo «muçulmano», jnão com «nadar» e «mergulhar» . E o erro da declaração é designar alguém pela sua religião e trazê-la para o comentário desportivo, político, seja ele qual for. As pessoas são livres de acreditar no que querem, como querem, é um não assunto. Se chamarem alguém de católico ou cristão não é nenhuma infração.
O art. 159 do Regulamento Disciplinar da Liga Portugal refere: «Os jogadores que tenham comportamentos que atentem contra a dignidade humana em função da raça, cor, língua, religião, origem étnica, género ou orientação sexual são punidos com a sanção de suspensão a fixar entre um mínimo de dois meses e um máximo de dois anos (…)». Mas Carlos Xavier não é jogador, não tem nenhum cargo no Sporting, é convidado para comentar na Sporting T V. E a Constituição da República Portuguesa, no art.º 37, garante liberdade de expressão.
Tem a FPF jurisdição para castigar o Sporting? Só um grande mergulho jurídico permitirá considerar que o Artigo 113 do mesmo Regulamento Disciplinar permite ao Conselho de Disciplina regular a televisão do clube e a liberdade de expressão na mesma. Isso é tarefa para os Tribunais, o Ministério Publico e a Autoridade para a Comunicação Social. E depois ainda há a resposta de Frederico Varandas, presidente do Sporting: «Durante anos ouvi pessoas a tratarem as pessoas de Lisboa como mouros, um discurso divisionista, discriminatório e xenófobo, que alimenta a divisão. Parece que há uma parte do país que são os puros e outra que são os mouros. Não sei se o CD tem noção, acho que tem, mas mouro é sinónimo de sarraceno, de quem pratica o islão. Não acho piada. Acredito que os muçulmanos também não achem piada e lamento que não haja o mesmo tratamento.»

PS - O FC Porto e o Sporting fizeram valer, nas competições europeias da semana passada, a lei do mais forte, ambos com vitórias em jogos fora de casa. O Direito ao Golo vai para os dois clubes, merecem. Esperamos que assim continuem e que o SL Benfica e o SC Braga, no próximo jogo, possam mostrar também que as equipas portuguesas se distinguem pelo talento, qualidade e superação."

JOGAR PARA GANHAR

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

O CORAÇÃO DOS TREINADORES

 


"O treinador português, regra geral, é de uma classe à parte. É o único que já possui o ‘FIFA PRO’ na arte de contestar

Há diversas profissões que eu nunca escolheria. Professor do 1.º ciclo, cozinheiro de restaurante com estrelas Michelin e, acima de todas, treinador de futebol. É interessante ensinar crianças a ler e escrever, é interessante servir meia folha de alface, um quarto de ervilha, um ovo de codorniz e uma fatia finíssima de maça em cima de um prato com um metro de diâmetro, mas não consigo encontrar nada de verdadeiramente interessante, a não ser o eventual lado financeiro, em estar sentado num banco a dar indicações que ninguém ouve para dentro de um relvado. Ainda por cima, se quisermos chegar ao topo da carreira, temos de ter o curso de nível I, nível II, nível II e nível IV, o chamado UEFA PRO. Quando chegarmos ao UEFA PRO já as criancinhas dos professores do 1.º ciclo saberão ler, escrever, resolver equações de todos os graus e mais algum e até talvez dar uns toques em física quântica.
É por isso que prefiro ser (quase) tudo menos treinador de futebol. A única pessoa de quem os treinadores não ouvirão insultos será (em princípio) deles próprios. De resto, toda a gente contesta e insulta os pobres (salvo seja, no caso de Mourinho, por exemplo) treinadores: acima de todos, os adeptos; depois, os presidentes; finalmente, jogadores (sobretudo das suas ex-equipas), árbitros, jornalistas, comentadores, instagrammers, facebookers e twiteiros (não já jeito escrever xzeiros). Acredito que, se houvesse um concurso entre árbitros e treinadores para decidir quem ouvia mais insultos, seria quase um empate técnico.
Há ainda um problema central o coração. Entre o minuto 0 e o minuto 45 de cada jogo os corações dos misteres devem pulsar a bem mais de 130 batimentos por minuto. Depois, no intervalo, baixarão para os 100. Depois, voltarão a subir para os 130 e no caso de Sérgio Conceição, nomeadamente entre o minuto 90 e o minuto 90+20, para os 150/160. Deve ser por isso, aliás, que o treinador do FC Porto faz aquela rodinha no final dos jogos. Para o coração descansar. O dele e o de Luís Gonçalves.
Já vimos de tudo entre treinadores. Cambalhotas no relvado após um golo marcado, cenas de quase pugilato, dedos nos olhos de treinadores adversários, empurrões a árbitros e a tudo o que possa mexer-se. Há, porém, o UEFA PRO PRO, uma espécie de FIFA PRO para os treinadores guerreiros. Podemos falar de treinadores espanhóis, italianos, franceses, ingleses ou alemães, por exemplo, mas o treinador português, regra geral, é de uma classe à parte. São os únicos que já possuem o FIFA PRO na arte de contestar. Abel Ferreira, Bruno Lage, Renato Paiva, Vítor Pereira, Luís Castro, Sá Pinto, José Mourinho, Marco Silva, Jorge Jesus, Sérgio Conceição, José Mota ou Moreno, por exemplo, não só têm o FIFA PRO como são seus palestrantes. É por isto que nunca optaria por ser treinador de futebol. Preferiria, apesar de tudo, ser professor do 1.º Ciclo ou cozinheiro num restaurante com meia estrela Michelin. Deve ser bem complicado estar hora e meia com o coração a mil e depois ainda ter de falar, o mais serenamente possível, com jornalistas. Haja coração que aguente tanto batimento!"

SÃO JOÃO EM BARCELONA



 "Como Félix e Cancelo se mostram jogadores tão especiais numa atmosfera tão especial


Tal como os brasileiros inventaram o carnaval fora de época, dir-se-ia que a cidade de Barcelona importou também fora de época um belíssimo São João, à boa imagem das tradicionais festas populares da nossa mui nobre e invicta cidade do Porto. São João Félix e São João Cancelo têm ambos, por estes dias, dado à capital da Catalunha fortíssimas razões para celebrar em romaria sempre que a festa dos adeptos do Barcelona assenta arraiais no belo Estádio Olímpico de Montjuic, como é conhecido o agora designado Estádio Lluís Companys, onde a equipa dos dois internacionais portugueses passou, esta época a jogar, por força da profunda remodelação que está a sofrer o mítico palco de Camp Nou.
Depois de uma especial e bem-sucedida noite de estreia, num jogo de campeonato (5-0 ao Bétis, com um golo de Félix e um golo de Cancelo) e do festival na Champions, com dois golos e mais uma assistência de Félix (nos 5-0 ao Antuérpia), eis que ao final da tarde deste sábado, numa partida que parecia perdida para os catalães (desvantagem de 0-2 para o Celta de Vigo, a dez minutos dos 90’) a festa do Barcelona fez-se, mais uma vez, muito em português e de novo sob inspiração de São João.
Mais uma fabulosa assistência de Félix, outra de Cancelo (ambas para o polaco Lewandowski faturar) e, ainda, cereja no topo do bolo, um tão surpreendente quanto extraordinário golo de Cancelo a confirmar a reviravolta épica e a fechar o resultado em 3-2 terão levado os adeptos do Barça a compreender, definitivamente, porque queriam tanto os responsáveis do clube (ao contrário do que, mesmo em Portugal, muitos insistiram dar a entender) contar com João Félix e João Cancelo e como é absolutamente ímpar o talento dos dois jogadores.
Montjuic, a mais alta colina da cidade de Barcelona (quase 200 metros acima do mar), parece abençoar a ligação mágica de Félix e Cancelo ao Barça, que apesar de contar com os extraordinários Gavi, Raphinha, Lewandovski, sentiria certamente saudades de jogadores que pudessem dar realmente um pouco mais de génio a uma equipa que sempre exibiu, ao longo da história, o espetacular futebol de alguns dos maiores jogadores de sempre, como Cruyff, Maradona, Ronaldo, Ronaldinho ou Lionel Messi, para referir apenas os que farão, eternamente, parte do olimpo.
Sem entrar, naturalmente, em descuidadas ou desnecessárias comparações, creio que não oferecerá dúvidas a ninguém a qualidade do futebol de um João Félix ou as notáveis capacidades de um João Cancelo. Seguramente Félix mais genial no pormenor, seguramente Cancelo mais forte na versatilidade, ambos com a inteligência e a técnica que distinguem os melhores.
Talvez agora, por serem jogadores tão especiais reconhecidos num clube que é, também ele, tão especial, Félix e Cancelo deixem de sentir, mesmo à distância, aquela pontinha de inveja com que nós, portugueses, temos o péssimo hábito de brindar os nossos.
Incondicional admirador do futebol de ambos, que considero, há muito, dois dos melhores futebolistas da atualidade, não escondo a especial satisfação por vê-los amar tanto o jogo e dedicar-lhe tanta paixão e merecerem a admiração dos que, como eu, gostam tanto de futebol.
Não vai certamente o caminho de Félix e Cancelo em Barcelona ser sempre iluminado de luzes brilhantes; terá, como sempre, as suas sombras, porque o futebol é um jogo e como jogo é imprevisível e por ser imprevisível e por dar aos menos fortes uma chance de vencer é que cria mais impacto e angaria mais adeptos e se torna ainda mais apaixonante.
Mas torcer pelo êxito dos dois proscritos é torcer pela promoção do excecional jogador português e pelo aproveitamento desse imenso talento numa Seleção Nacional que, mais do que a obrigação de se candidatar aos mais altos voos, tem o dever de pensar em grande e dar espetáculo como nunca. Merecem os jogadores, merecem os adeptos, merecemos todos!"

CADOMBLÉ DO VATA

 


"SC Portimonense 1x3 SL Benfica

1. Inadmissível ganhar este jogo por apenas 1x3 e ainda ter andado com a corda na garganta... podiamos ter pintado um teto da Capela Sistina, mas contentamos-nos em besuntar aquilo tudo a tinta branca.
2. Rafa continua a demonstrar que não sabe nada do passado do SLB... disseram-lhe que hoje tínhamos de homenagear um Histórico do Clube e ele decidiu fazer 2 "seferovics" antes do intervalo.
3. Os números não mentem, o Forest está melhor com o Vlacho do que nós com o Trubin... o ucraniano já sofreu 4 golos pelo SLB enquanto o grego ainda não foi buscar 1 bola lá dentro ao serviço dos ingleses.
4. Sofremos 4 penaltys nos últimos 3 jogos e a próxima jornada é contra o FCP... contactem já os juízes do Livro do Guiness porque há recorde no horizonte.
5. Schmidt optou por rodar plantel, mas é de esperar o regresso dos habituais para o Clássico... especialmente o Toni das Babes para o centro da defesa e do Toni do Benfica para o coração da Tribuna."