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domingo, 6 de abril de 2025

CLÁSSICO DECISIVO? TEMOS!



 Ao contrário do que se possa pensar, o Benfica não é favorito para o clássico de logo à noite no Dragão. Peso da história assim o diz e o FC Porto quer confirmar indícios de melhorias...

Os números no futebol são arrebatadores e como o algodão: não enganam. Olhando para os resultados do Benfica no Estádio do Dragão neste século é muito fácil concluir que, apesar de a águia estar melhor e o FC Porto viver uma época de mudança de paradigma e corte com o passado de Pinto da Costa, o favoritismo tem de ser entregue aos dragões.
Desde 2000, são 15 vitórias para o FC Porto, várias delas com números esclarecedores, seis empates e apenas quatro triunfos do Benfica na casa do grande rival, sendo que um deles foi com Bruno Lage na reviravolta épica para o título de 2018/19. O passado não joga, é certo, mas o ascendente psicológico que o FC Porto consegue ter, inclusivamente no Estádio da Luz, exceção feita ao 1-4 da primeira volta desta temporada, pesa muito e não é por acaso que o Benfica entra quase sempre 'a tremer' nos clássicos do Dragão.
Basta olhar para o que aconteceu há um ano, quando, em luta acesa com o Sporting pelo título, a águia tombou de forma quase chocante (0-5) na 24.ª jornada frente à pior versão do FC Porto de Sérgio Conceição, um mestre em preparar os jogos grandes ao detalhe e explorar as fragilidades alheias. Aí, a águia ficou a quatro pontos do leão e a desvantagem foi irrecuperável.
No FC Porto, Martín Anselmi tem aqui o jogo da época e a noção de que joga muito do crédito que terá junto dos adeptos para começar a nova temporada seguro no Dragão, pois foi precisamente há uma volta que começaram a pairar as primeiras nuvens negras sobre a cabeça de Vítor Bruno, isto já depois de, em agosto, o Sporting ter sido muito superior no clássico em Alvalade. Há alguns sinais de melhoria vistos com o Estoril, mas é preciso confirmá-los, enquanto o Benfica vai vencendo, sim, mas raramente convencendo e ficam sempre mais dúvidas do que certezas sobre o que fará a águia na partida seguinte.
O Sporting, esse, assistirá de poltrona ao tira-teimas de mais logo, ciente de que uma possível escorregadela encarnada pode abrir-lhe as portas do bicampeonato. Sem nota artística, o leão ultrapassou a fase de menor fulgor de Gyokeres e, agora que o inacreditável sueco voltou ao modo arrasador, levando a equipa às costas jogo após jogo, poderá ficar em posição muito vantajosa se o Benfica deixar pontos no Porto. O regresso de Rui Borges ao 3x4x3, modelo para o qual o plantel foi desenhado, deixando o contraproducente 4x2x3x1 de lado, deixou os verdes e brancos mais seguros para as últimas curvas do campeonato.
Francisco Vaz de Miranda, in a Bola

sábado, 5 de abril de 2025

UM NOVO ANFITRIÃO NO CLÁSSICO ENTRE FC PORTO E BENFICA

 


O Clássico de amanhã, entre FC Porto e Benfica, será o primeiro sem Jorge Nuno Pinto da Costa. O primeiro embate entre as duas equipas depois da morte do histórico presidente azul e branco, e também a primeira vez que o FC Porto recebe o maior rival sem Pinto da Costa a ocupar a cadeira principal do Estádio do Dragão. A 3 de março de 2024 o lugar era ainda seu, quando o FC Porto goleou o Benfica, por 5-0, em jogo da 24.ª jornada da temporada anterior.

Durante os 42 anos de presidência de Pinto da Costa, o FC Porto disputou um total de 130 jogos com o Benfica. Venceu 60 (46%) e perdeu 33 (25%). Até 1982, ano em que o presidente dos presidentes dos dragões tomou posse, o saldo era de 125 duelos, com 42 triunfos portistas (34%) a contrastar com 58 derrotas (46%).
Estes números mostram como Pinto da Costa mudou o jogo, e se a proximidade geográfica alimenta a rivalidade entre Benfica e Sporting, o palmarés das últimas décadas fez do FC Porto o principal adversário das águias.
Este clássico terá um novo anfitrião: André Villas-Boas saiu goleado na primeira volta, mas agora estará sentado na cadeira de sonho, ao que tudo indica sem Rui Costa ao lado.
É verdade que o novo líder azul e branco podia dar o exemplo, mas dedicará ao presidente do Benfica o mesmo tratamento que recebeu no Estádio da Luz, e as mais recentes polémicas já tinham deixado claro que esta não seria oportunidade para fazer diferente. Até porque, entre as eleições da Liga e a polémica Proença/Fernando Gomes, a «paz podre» só veio reforçar a noção de que os dirigentes do futebol português já não enganam ninguém com falsas esperanças.
Dentro deste espírito de um por si e todos por nenhum, há muito entranhado por cá, Villas-Boas aproveitou também a receção ao Benfica para fazer um discurso mais virado para os adeptos. Chegou até a dizer que este será o «jogo da época», numa declaração que minimiza sobremaneira a dimensão que o FC Porto assumiu nas últimas décadas.
Percebe-se que Villas-Boas esteja empenhado em sarar feridas internas e aproveite a ocasião para falar para dentro, mesmo que a eficácia da mensagem esteja dependente do resultado de um jogo com o maior rival, em situação bem mais favorável na Liga. Mas justificará um lamento se for indício de que o rumo prometido está a sofrer desvios.
Nuno Travassos, in a Bola

PROENÇA: UEFA A VER TUDO, ATÉ O PREVISÍVEL BENFICA-SPORTING

 


Pedro Proença não foi eleito para o Comité Executivo da UEFA. Quer isso dizer que Portugal perdeu poder de decisão na entidade que rege o futebol europeu.

Já o escrevi antes, para que ninguém usasse tal argumento. Portugal deixou de ser «pequenino» na Europa futebolística. Durante anos ouviu-se essa justificação perante dissabores de clubes e seleções nacionais, justificados com arbitragens duvidosas. Ao dia de hoje, era, ainda é, muito mais difícil Marc Batta expulsar um jogador da seleção portuguesa nos mesmos termos em que o francês expulsou Rui Costa num Alemanha-Portugal. E muito menos acreditar em teorias da conspiração contra a seleção ou o futebol português, ainda que haja um ou outro caso polémico no que a decisões arbitrais diz respeito.
A grandeza de Cristiano Ronaldo tem alguma coisa a ver com esta ideia também, mas é sobretudo a presença de Portugal nos órgãos de decisão da UEFA e da FIFA que fizeram com que o país fosse um peso-pesado institucional.
É factual que essa presença sucedeu no período em que Fernando Gomes esteve à frente da Federação e terminou quando a deixou. A influência seria tão grande que uma carta de Gomes terá decidido a continuidade portuguesa naquele Comité. Nunca saberemos o que sucederia se o ex-líder da FPF tivesse manifestado apoio à eleição de Proença, mas podemos adivinhar perante as evidências.
Já Proença apontou de imediato a 2027. Quando esteve na Liga, a principal crítica que os seus detratores lhe fizeram é que passara demasiado tempo a pensar em chegar à FPF do que a tratar das questões que se impunham à Liga.
Agora, para chegar ao Comité Executivo da UEFA em 2027 e sem apoio de quem lá esteve, vai ter de basear-se no mérito próprio. Terá de angariar apoios e influências e ser um executante primoroso. A UEFA vai estar a ver e a comparação com Gomes será inevitável. Proença terá então de mostrar que é tão ou mais capaz que o seu antecessor.
Na tomada de posse, Proença falou em três pontos fundamentais para o futebol nacional: a redução do IVA nos bilhetes, do IRS dos jogadores e o investimento em infraestruturas. Sem «nada» lá fora, é nestes três pontos que vai ter de se esmerar para que o futebol nacional seja mais competitivo.
No fundo, Proença vai ter de se concentrar internamente, porque daqui até 2027 haverá decisões bastante difíceis de tomar e algumas impopulares certamente.
E a primeira até pode mesmo ser a final da Taça de Portugal no Jamor. O último dérbi entre Benfica e Sporting no jogo decisivo foi em 1996 e todos sabemos o que aconteceu. Defenderei sempre o Estádio Nacional, mas perante o que se antevê com o final do campeonato entre rivais lisboetas e o emergir desse passado, é prudente analisar outras opções. Segurança primeiro, até porque se alguma coisa correr demasiado mal, também chegará a Nyon.
Luís Pedro Ferreira, in a Bola

SE UMA IMAGEM VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS

 


"Três imagens valem muito mais! Tem estado à vista de todos o escândalo que tem sido desde que o doutor Varandas falou. Não são precisos mais comentários. No final da época se ajuizará sobre a utilidade do silêncio do Benfica."

Jaime Cancella de Abreu, in Facebook

sexta-feira, 4 de abril de 2025

HIPOCRISIA!



 André Villas-Boas queixou-se há bem pouco tempo que existia uma "paz podre" no futebol português.

Em parte, o presidente do FCPorto fala com razão. No futebol português existe mesmo uma "paz podre". Basta ver a troca de "galhardetes" a que se assistiu entre Fernando Gomes (COP) e Pedro Proença (FPF).
Mas quem pensa que Villas-Boas tem boas intenções, desengane-se! Bastou o aproximar de um escaldante FCPorto-SLBenfica - jogo da época na boca do presidente do FCPorto - para que mostrasse a sua verdadeira faceta, num comunicado onde insinua que existe um conflito de interesses entre o Presidente do SLBenfica e um candidato a presidir a Liga.
E logo o FCPorto é que vem falar em conflito de interesses!? O clube que já teve Pinto da Costa (ex-Presidente do FCPorto) a presidir a Liga!? O clube que teve José Guilherme Aguiar (ex-Vice do FCPorto) como Diretor Executivo da Liga!? O clube que teve Fernando Gomes (ex-Vice do FCPorto) como presidente da Liga, mesmo sabendo-se que esteve envolvido em suspeitas no processo Apito Dourado!?
O objetivo é bem claro! Criar um ambiente hostil à volta do clássico, bem ao jeito do que se passou nos últimos 43 anos para os lados de Contumil. HIPOCRISIA...

Alberto Mota, in Facebook

É FINALMENTE TRABALHAR, SRº PROENÇA!

 


Pedro Proença falhou a eleição para o Comité Executivo da UEFA. Pior, teve 7 votos. Entre os 11 proponentes foi aquele que menos apoio angariou. Talvez a sua imagem ainda fique mais fragilizada se olharmos para quem recolheu mais votos: Suíça, Liechtenstein e Polónia, que também ficaram de fora, e Arménia, Estónia e Finlândia, que garantiram o seu representante, tal como os mais poderosos Croácia, Alemanha, Itália e Países Baixos (nos rankings UEFA e FIFA e agora no Comité à frente de Portugal, é de mim ou há aqui um padrão?). Não integrar o Comité era (e foi) considerado derrota de todo o futebol português. Integrá-lo oportunidade única para exercer influência.

O que se passou nos últimos dias transportará a responsabilidade pelo desfecho para cima dos ombros de Fernando Gomes, que depois de ver a sua direção apoiar Proença quis separar-se individualmente da imagem deste assim que deixou de ter essa obrigação. Fê-lo depois de o sucessor o ter tomado por garantido de forma pública, o que lhe terá certamente causado alguma alergia face ao passado.
Não saberemos o que teria sido a eleição se o agora líder do Comité Olímpico de Portugal tivesse sido politicamente correto e mantido as aparências. Será que teria mudado assim tanto? O agora presidente da FPF vai insistir que sim, como bom político que quer ser, e a máquina que o rodeia irá repeti-lo ad nauseam. É impossível sabê-lo.
Sabemos sim que o que aconteceu não foi mais do que consequência da paz podre ou até mesmo guerra surda que existiu entre as duas fações desde que o antigo árbitro entrou na Liga para liderá-la. O que sempre transpirou foi a imagem de uma incompatibilidade inultrapassável ao ponto de um unir de forças ser uma impossibilidade, mesmo em nome de um bem maior.
Os dois organismos, que podiam ter trabalhado em conjunto no sentido da pacificação, modernização e reestruturação do futebol português, nunca iriam fazê-lo, mesmo que os seus líderes se prolongassem no tempo. Também é mais ou menos público que quando Proença já piscava o olho à Cidade do Futebol quem ainda lá andava tentou arranjar quem, pelo menos, vendesse cara a derrota. Sem sucesso, todavia.
Tanto Proença como Gomes partilhavam ambições, estratégias e até receios. Quiseram sobretudo reunir consensos e evitar roturas. Nunca pretenderam levantar a poeira, mas sim liderar de forma tranquila. Apostaram numa gestão cujo objetivo final passava por apresentar lucro nas empresas que lideravam, mesmo que tal não refletisse o produto que era o seu objeto. No entanto, os meios para chegar ao mesmo fim foram bem diferentes. Para que a galinha pusesse ovos de ouro, e a galinha na Federação era a Seleção principal, havia que fortalecê-la, criar massa crítica: as equipas B, a Liga Revelação e a Liga 3 abriram espaços competitivos para quem saía da formação e garantiu um maior aproveitamento e maturidade.
É verdade que também houve o outro lado, o de não deixar Ronaldo infeliz, que terá condicionado o trabalho de selecionadores, mas manteve os patrocinadores na Cidade do Futebol. Com o futsal e o futebol feminino em crescimento exponencial, pode falar-se em benefícios colaterais, a que não deixarão de colar o rótulo de legado. Ainda houve algo produtivo, mesmo que no restante tudo tenha ficado mais ou menos na mesma.
Já na Liga, o tempo parou. Em torno de um Santo Graal chamado centralização dos direitos televisivos, que está longe de se encontrar no mapa futebolístico indígena, pouco ou nada mudou. Os pobres estão mais pobres, os ricos menos ricos, os estádios ainda vazios e os melhores jogadores noutras paragens. A justiça ainda tarda quando não se perde em tribunais administrativos, as comunidades mostram-se cada vez mais divorciadas dos clubes, a perda de competitividade reflete-se nos rankings. As arbitragens mantêm-se frágeis, mesmo com o VAR, hoje o foco de discórdia, e o desinteresse pelo nosso futebol é tão pequeno lá fora como quase é cá dentro. Mesmo com uma Seleção cheia de talento, jogadores que fazem saltar multidões das cadeiras e treinadores a querer recuperar espaço nos maiores clubes.
O trabalho que a Liga não fez foi substituído pela propaganda. Nas reações às declarações de Fernando Gomes foi penoso ver clubes virarem instrumentos histéricos de propagação de mensagens decoradas e uma Liga ainda indiretamente de Proença sair em sua defesa. Tanto como quando pintam cenários idílicos da paisagem destruída que é o nosso futebol.
Há algo mais que me entristece. Que Proença provavelmente tenha querido, mais uma vez, ir pelo caminho mais fácil. Que tenha pensado que iria resolver os problemas do futebol português no comité executivo, ainda que acredite que seja aí que realmente queira estar. Não na Liga, não na FPF, mas sim na UEFA, eventualmente na FIFA.
Os problemas do futebol português resolvem-se é por cá. Arregaçando as mangas, sujando os braços, trabalhando diariamente para um bem maior. Fazendo perceber aos clubes que se as regras os protegerem não protegem o jogo, logo indiretamente também não os servirão a médio prazo. E criando um produto forte, que poderá não acontecer tão rápido como 2027, altura de nova reeleição, porém trará certamente mais força do que qualquer palmadinha nas costas por parte de um antecessor. Obrigará a olhar definitivamente para Portugal.
Se gostam de paralelismos, pensar que se resolve os problemas de um país na UEFA é o mesmo que acreditar que os equívocos da arbitragem desaparecem com um ex-árbitro na Liga ou na Federação. É bem mais profundo do que isso, embora em Portugal o dirigismo, de tão enfraquecido que está, procure sempre o caminho mais curto e menos complicado.
No que diz respeito a Fernando Gomes, respeito que não queira associar-se a alguém de quem não gosta. Já chega de paz podres e politiquices corretas. A Proença, resta-lhe falar (e mandar que falem) menos e trabalhar mais. Afinal, foi para isso que foi eleito. Há sempre males a vir por bem.
Luís Mateus, in a Bola

O QUE HÁ DE COMUM NESTES DOIS LANCES?

 


"1. Os jogadores do Benfica sofreram faltas evidentes.
2. As faltas eram no mínimo para amarelo - por negligência -, mas podiam bem ser para vermelho - puseram em causa a integridade física dos adversários.
3. Os VAR, com toda a tecnologia ao seu dispor, câmaras e mais câmaras, não deram por nada, não viram nada demais nestes dois lances, para quê chamar os árbitros ao monitor?
4. Os jogadores do Benfica sofreram danos evidentes, mais o Darwin porque o pisão do Fábio Cardoso obrigou a que fosse suturado com 5 pontos!
5. O lance do António foi dentro da área - o do Darwin à entrada da área - e ficou um evidente penálti por assinalar. É, sem dúvida, o Benfica (sempre) a ser levado ao colo. Alguma dúvida?
6. O Benfica não gosta de falar, remete-se sistematicamente ao silêncio dos comunicados. Mas, em semana de clássico, o Porto já conseguiu "fabricar" uma polémica - com o tal candidato à Liga que teve negócios com o Rui Costa em 2005 - para acicatar e mobilizar as hostes e o presidente já avisou que é o jogo da época."

Jaime Cancella de Abreu, in Facebook

SOFRIMENTO EM VEZ DE GOLEADA MAIS TRÉS RUMO AO 39

 


"Benfica 3 - 2 Farense

De certeza que não sou só eu a achar que o Benfica atravessa o melhor momento da época. Em Barcelos, num campo onde os rivais tropeçaram, voltou a fazer um bom jogo, dominando do princípio ao fim.
O Farense empatou na Luz num dos melhores jogos que fizemos em casa na época passada - lembram-se? Todo o cuidado é pouco.
Bruno Lage voltou a rodar jogadores. É mais um sinal de que a equipa está bem: muda jogadores, mantém o sistema, a produção não cai. E temos o Renato no onze! Carrega BENFIIIICAAAAAAA!!!

VAMOS AO JOGO
06 fdx, que grande jogada! Já tínhamos ameaçado, agora foi a sério: AK-TUR-KO-GLU!!! Está de regresso aos golos e as boas exibições.
15 pressão, eles não saem dali de trás, gosto disto. Aursnes, então, vocês sabem, enche-me as medidas - é a extensão do Lage em campo.
23 PA-VLI-DIIIIIIIIS! Mesmo à ponta-de-lança! Craque, e eu acabadinho de dizer que o grego tinha que marcar hoje. Já está!
25 o Ricardo Velho tem uma estampa física que não é brincadeira. Garantem-me que é portista doente. E então?
30 o Trubin a mostrar que está cá para alguma coisa. Não é só o Ricardo Velho. Bela defesa a sair aos pés do avançado do Farense. A não deixar que o marcador mostrasse injustiça no resultado.
40 Renato numa posição que não é a sua tem estado bem, a simplificar, de primeira, sem grandes correrias, bom regresso. Que seja para continuar.
43 mais uma paragem cerebral na nossa área: dois-um. Acho que abrandámos depois do segundo golo...
54 que jogada do crl! Pavlidis a assistir o Akturkoglu! Estão em grande! Aprecio muito a forma como o Lage tem gerido estes dois: o resultado está à vista.
57 mais outra jogada linda a merecer golo do Aktur. Que jogo do turco! 60 estes árbitros a marcarem faltas não tem descrição. Não há de a liga portuguesa ser a que tem a média mais alta de faltas por jogo da Europa.
63 bom golo deles, indiscutivelmente. Três-dois. Não dá para descansar...
68 tenho insistido nisto e volto a insistir: o que anda a trabalhar e a jogar o Kökcü. Não sejam injustos com ele, sff!
75 cuidado com o Farense...
77 obrigado Trubin! Voltaste a safar isto....
80 é tão fácil marcar faltas contra o Benfica. O jogo a pôr-se a jeito para eles e o Tozé Marreco a meter a carne toda no assador.
90 vá que são só mais 4
90+2 amarelo para o Trubin por queimar tempo. Tudo dito.
90+4 ACABOU! Vamos para o Dragão com 9 pontos de avanço e colados ao Sporting."

Jaime Cancella de Abreu, in Facebook

quinta-feira, 3 de abril de 2025

BENFICA MENOS FRESCO DO QUE O FC PORTO NO DRAGÃO

 


Haverá 72 horas (3 dias) de recuperação entre as equipas. Numa fase tão adiantada da temporada, com todo o desgaste físico acumulado, os tempos de descanso são cruciais. Questiona-se, assim, o critério por trás da decisão de o Benfica ter marcado o jogo em atraso (com Gil Vicente, por sua iniciativa adiado e que empurrou o do Farense para ontem) para a semana anterior ao do FC Porto.

Com Sporting e Benfica empatados, em pontos, no topo da Liga de futebol, a jornada que se segue (28 de 34), que inclui o clássico entre o 3.º classificado (a 9 pontos do duo da liderança) FC Porto e o Benfica e o duelo entre os líderes leões (em vantagem no confronto direto com as águias) e SC Braga (4.º classificado em igualdade pontual com os dragões) tem grande importância. Desde logo, no que mais interessa, a corrida ao título de campeão.
E na iminência de uma partida de exigência máxima, o Benfica defrontará o FC Porto no Estádio do Dragão com um pouco mais de metade do tempo de recuperação do adversário. Os encarnados jogaram ontem com o Farense e os azuis e brancos no domingo com o Estoril. Haverá 72 horas (3 dias) de recuperação entre as equipas. Benfiquistas terão aproximadamente 92 horas até ao apito inicial na Invicta contra 164 (uma semana) dos portistas.
Numa fase tão adiantada da temporada, com todo o desgaste físico acumulado - que tanto se debate por ser excessivo, causador de lesões e abaixamento do rendimento de jogadores e equipas -, os tempos de recuperação são cruciais, significando diferenças de frescura aos jogadores mais importantes, mais vezes titulares, e os mais sobrecarregados.
Questiona-se, assim, o critério por trás da decisão de o Benfica ter marcado o jogo em atraso (com Gil Vicente, por sua iniciativa adiado e que empurrou o do Farense para ontem) para a semana anterior ao do FC Porto. Não haveria data mais adequada? Entre 13 (Arouca) e 19 de abril (V. Guimarães)? Se sim, nada o justifica...
Ricardo Jorge Costa, in a Bola

COMUNICADO

 


"O Sport Lisboa e Benfica rejeita com total veemência as insinuações proferidas no comunicado hoje emitido pela atual administração do Futebol Clube do Porto.

Lamentamos profundamente que, com manifesta má-fé e motivações de natureza oportunista, se procure colocar em causa a integridade de pessoas e instituições, recorrendo a alegações infundadas sobre um negócio comercial totalmente legítimo e transparente, celebrado em 2005, ou seja, há 20 anos, ainda o atual presidente do SL Benfica era jogador do AC Milan.
Sobre as eleições para a Liga Portugal, não estranhamos que o presidente do FC Porto tenha manifestado sucessivamente, em diversas reuniões e conversas, o seu apoio à candidatura de Reinaldo Teixeira, como é do conhecimento da maioria, se não da totalidade, dos clubes da primeira e segunda ligas, e hoje apoie uma candidatura própria, por si desenhada.
E não estranhamos porque como lamentou Villas-Boas no recente aniversário da FPF "alguns clubes estão agarrados a compromissos de palavra". Ora bem, ficámos a saber que a palavra pouco ou nada vale para o presidente do Porto.
O Sport Lisboa e Benfica continuará, como sempre, a pautar-se pelos valores da seriedade, transparência e respeito institucional que devem presidir ao futebol português."

SL Benfica

GUERRA NORTE-SUL ESTÁ DE VOLTA



 Acompanho o futebol português há mais de 40 anos e habituei-me às guerras Norte-Sul. Sou do tempo em que os presidentes dos três grandes eram Pinto da Costa, Fernando Martins e João Rocha. A escaldante década de 80 do século passado, com constantes ataques e contra-ataques entre os três grandes. Como a célebre mudança de Paulo Futre de Alvalade para as Antas, que coincidiu com a contratação por parte dos leões dos azuis e brancos Sousa e Jaime Pacheco.

Isto depois de um Euro-84 simplesmente singular. A Seleção Nacional brilhou em França, terminando num inglório 3.º lugar, depois da cruel eliminação, no prolongamento, diante dos gauleses. O tal Europeu de Portugal com quatro treinadores: Fernando Cabrita, Toni, António Morais e José Augusto! E uma guerra aberta no grupo, com nove jogadores do FC Porto e… oito do Benfica, a que se juntaram o sportinguista Jordão e os dois guarda-redes suplentes, Vítor Damas e Jorge Martins.
Uma Seleção dividida ao meio e que só se juntava dentro de… campo. A combinação, que tinha tudo para ser explosiva, foi surpreendente, mas acabou por terminar, dois anos depois, de forma… natural, no Mundial do México, com o caso Saltillo. Outra guerra, esta entre jogadores e Federação.
FC Porto, Benfica e Sporting digladiavam-se pelo poder, com os clubes a terem mais força e a tentarem controlar a FPF, mais concretamente, a arbitragem.
Uma década depois surgiu na equação a Liga de Clubes e tive esperança que a mudança de poderes de uma entidade para outra melhorasse a situação. Puro engano. Tudo continuou na mesma. Foram apenas mudando os protagonistas, com exceção do eterno Pinto da Costa.
Durante anos deixei de acreditar em qualquer tipo de pacificação, união, trabalho conjunto, que o bem comum prevalecesse sobre os interesses individuais. Tinha apenas a convicção que um dia tudo poderia ser diferente. Que com uma nova geração de dirigentes tudo melhorasse. E durante muito tempo disse que com novos líderes — as minhas apostas eram Vítor Baía no FC Porto, Rui Costa no Benfica e Luís Figo no Sporting — tudo poderia ser diferente. Enganei-me.
Apesar das mudanças na liderança dos três grandes, curiosamente com três homens do futebol, o ex-treinador Villas-Boas, o antigo futebolista Rui Costa e o médico Frederico Varandas, nada mudou. Os velhos hábitos mantêm-se, as estratégias, por mais antigas que sejam, continuam a ser utilizadas e os objetivos são os mesmos. O que interessa é ganhar, seja como for. Se é necessário pressionar os árbitros, pressiona-se, se é preciso destabilizar os rivais, destabiliza-se. Ou seja, o fim justifica todos os meios.
André Villas-Boas surgiu esta semana a mostrar-se preocupado com a polémica entre Pedro Proença e Fernando Gomes. «Temos um país único em termos de jogadores, treinadores, agentes. Para uma população tão pequena criamos tanto talento, mas teimamos em não sair desta zona de conflito da qual ninguém sai beneficiado», disse, esquecendo-se de fazer referência aos… dirigentes, nos quais agora se inclui.
O presidente do FC Porto aproveitou para marcar posição quanto à sucessão do novo presidente da FPF na Liga, frisando que está preocupado com as eleições. «Cheguei há cerca de um ano à presidência, tentei lançar-me neste desafio também para tentar renovar o ar do futebol português, sentar-me à mesa com os três grandes e procurar algum alinhamento de estratégia para o futuro. Mas a realidade é que as coisas continuam a caminhar no mau sentido», disse, acertando no diagnóstico: «O futebol português está doente. Andamos a enganar-nos uns aos outros há tanto tempo.»
Villas-Boas perdeu foi uma oportunidade para marcar a diferença. Não lhe basta dizer que «há agora um certo desalinhamento entre os três grandes», que continuam «a adiar resoluções sobre a centralização dos direitos televisivos e sobre o VAR» e que «não defender os interesses do futebol português é uma patetice absoluta» e, passados dois dias, passar a atacar o Benfica e o presidente dos encarnados, com as eleições da Liga como pano de fundo.
O FC Porto tem toda a legitimidade em apoiar a candidatura de José Gomes Mendes, tal como o SC Braga, assim como Benfica e Sporting a de Reinaldo Teixeira. Já se percebeu que a guerra Norte-Sul está de volta. Já há troca de comunicados e tudo. Só já falta o clássico corte de relações. E isto em vésperas do… clássico. Com Villas-Boas e Rui Costa bem distantes na tribuna presidencial do Estádio do Dragão. Afinal, nada mudou. Pela minha parte, desisto.

Hugo do Carmo, in a Bola

FC PORTO-BENFICA: LONGE DA VISTA, SÓ HÁ CORAÇÃO

 


A distância entre as duas equipas vai muito além dos pontos. Águias já não têm razão para ter medo, dragões têm de mostrar quem são no «jogo da época».

O Benfica recebe esta quarta-feira o Farense no Estádio da Luz e ainda que a mensagem a passar seja a de que este tem de ser o foco da equipa, será difícil ignorar que estamos em semana de clássico com o FC Porto no Estádio do Dragão. A posição na tabela dos algarvios dará alguma confiança, além das sete vitórias consecutivas das águias na Liga. O futebol traz-nos muitas surpresas, e o Farense fará certamente por isso, mas outro cenário que não os três pontos para o Benfica está longe de ser admitido.
Se assim for, a equipa de Bruno Lage chegará à Invicta em igualdade pontual com o Sporting na liderança da tabela, ambos com nove pontos de vantagem sobre os dragões. Não é difícil fazer as contas: o FC Porto entrará em campo no clássico muito longe da vista do título. André Villas-Boas chamou-lhe, no entanto, «o jogo da época». Também é relativamente fácil perceber porquê: sem quase nada a ganhar, o presidente portista quer reativar a honra, o orgulho ou o tal ADN (chamem-lhe o que quiserem) que tanto faltou à equipa este ano.
Claro que os treinadores farão o seu trabalho para colocar a tática, o onze e a estratégia acima do coração, mas quando FC Porto e Benfica se encontram só quem não souber nada do futebol português poderá desvalorizar tal condimento. Lage parte, naturalmente, em vantagem: tem jogadores com mais qualidade, uma equipa em melhor forma e já venceu este adversário de forma contundente na primeira volta (4-1), contribuindo de forma decisiva para o descrédito de Vítor Bruno junto dos seus adeptos. Martín Anselmi parece estar finalmente a estabilizar a sua ideia, mas será ainda muito precoce determinar o fim da terrível época azul e branca.
A distância entre os dois também se estenderá à tribuna presidencial, já que Rui Costa verá a partida umas filas acima de Villas-Boas. Este será o primeiro clássico depois da não reação benfiquista à morte de Pinto da Costa e da consequente desilusão do seu sucessor. Os presidentes seriam notícia se estivessem lado a lado e, assim sendo, só podemos esperar que não sejam protagonistas.
Que isso fique para o relvado, onde o Benfica procurará manter-se na luta pelo campeonato com o Sporting, desta vez mais longe dos fantasmas que assombraram a equipa durante tantos anos no Dragão (e na Luz...). E onde o FC Porto terá não só de não estragar parte do trabalho que já foi feito por Anselmi, mas sobretudo de tentar mostrar que o ano zero não apagou os valores impregnados no coração do clube.
Catarina Pereira, in a Bola

DIFERENÇA ENTRE NÃO CORRER RISCOS E PISAR O RISCO



Bruno Lage, treinador do Benfica, deixou Florentino e Bruma de fora, a equipa dormitou quando chegou ao 2-0 e pensar no clássico quase custava pontos.
Um lateral-esquerdo a fazer de lateral-direito, um médio-defensivo emergente e um ataque novinho em folha. Bruno Lage, treinador do Benfica, poupou, ou experimentou, claramente a pensar no clássico de domingo com o FC Porto.
O técnico tinha dito que o foco era total, que só o Farense interessava, mas a equipa escolhida não dizia exatamente a mesma coisa. Florentino Luís, em risco de suspensão por causa dos cartões amarelos, ficou de fora, Bruma foi para o banco, ele que tem sido um dos melhores do Benfica em 2025.
O inovar, porém, rapidamente deu frutos e o Benfica depressa foi à procura do golo, com o primeiro lance de perigo a nascer de cruzamento da direito do lateral-esquerdo Samuel Dahl. O domínio era tal que o golo parecia apenas uma questão de tempo. E assim foi. Ao minuto 7, contra-ataque bem desenvolvido e Akturkoglu, em linha com a linha da bola, a empurrar com facilidade para o fundo da baliza algarvia.
O Benfica não levantou o pé e manteve o pedal a fundo, mantendo os algarvios à distância, mantendo a pressão e quase marcando novamente através de Pavlidis, que apareceu em posição de marcar, mas não conseguiu. Evitou Velho, mas a bola saiu pela linha de fundo. Era o minuto 18 e o jogo parecia um passeio no parque para os encarnados.




Dava praticamente para tudo, tão fácil estava, tão macia era a oposição do Farense e do seu setor defensivo. Um pontapé de canto dos algarvios rapidamente se transformou no 2-0: Trubin agarra a bola e com o pé direito lança Akturkoglu, este foge ao marcador e cruza para a área, Pavlidis domina, vira-se e atira para golo, com Artur Jorge a assistir da primeira fila.
O Benfica, porém, adormecia a pensar no FC Porto e Menino acordava, obrigando Trubin a trabalhar duas vezes. O Farense crescia, a águia dormitava e de um canto favorável aos algarvios nasceu não o 3-0, mas o 2-1. Cabeçada de Tomás Ribeiro a um metro da linha de golo.
O Benfica não era a equipa focada no Farense que Bruno Lage prometera ser quando saiu para o intervalo. Voltaria, pois, mais sério e concentrado e com Leandro Barreiro no lugar de Renato Sanches. Depressa o Benfica ameaçou e depressa o Benfica marcou, com bela jogada que culminou com passe de Pavlidis para Akturkoglu. O grego, em plena área, sem marcação.




Estava, ou assim parecia, tudo fácil outra vez. E outra vez o Benfica iria cometer o mesmo erro, subestimando o Farense, acreditando que o jogo estaria ganho. Os algarvios, teimosos, lutando pela vida, aceitaram o convite de uma equipa demasiado descontraída e reduziram mais uma vez, com belo cruzamento de Poloni para Rony Lopes.
Akturkoglu e Di María criaram perigo, confirmando regresso do Benfica ao jogo, mas o 3-2 dava para desconfiar e permitia ao Farense sonhar. As águias, zangadas, pediram penálti aos 72' — António Silva foi pisado por Pastor — e lançaram Belotti e Schjelderup para refrescar, mas o perigo estava do outro lado: cabeçada de Tomané e Trubin salvava o dia.
Aurnes já pisava terrenos de um lateral-direito, Dahl estava na esquerda, mais adiantado. Pode muito bem ser um daqueles casos em que um lateral joga melhor como médio. O jogo estava de tal forma fora de controlo que o Benfica e o Farense poderiam marcar ou sofrer. Trubin viu amarelo por demora a repor a bola em jogo aos 90+2'. E isso diz quase tudo.
DESTAQUES:
O melhor em campo: Akturkoglu (nota 8)
Jogo muito completo do internacional turco, que parece recuperado do abaixamento físico que o afetou, depois de um início de época fulgurante. Mesmo assim, terá estado tempo demais em campo, porque ajudou bastante Carreras no processo defensivo, e a partir dos 75 minutos começou a ser evidente que o avançado do Benfica queria, mas as pernas já não correspondiam. A tudo isto há que juntar dois golos, em que mostrou frieza e eficácia, e umas quantas assistências que rasgaram a defesa algarvia. Trata-se de um jogador que se sente bem com espaço nas costas dos defesas, mas que, ao mesmo tempo, tem qualidade técnica para manobrar em espaços reduzidos. Foi chamado à direita do ataque após a saída de Di María e manteve-se, dentro das limitações físicas que denotava, ligado ao jogo.




7 – Trubin – O guarda-redes ucraniano teve de mostrar serviço de qualidade para os estragos na sua baliza não serem maiores. Pelo menos em três ocasiões (22, 30, 42) foi um gigante ao evitar que os algarvios gritassem ‘golo!’. Sem hipótese nos golos sofridos, teve o seu ‘highlight’ no passe teleguiado para Akturkoglu, que esteve na base do segundo golo do Benfica.
5 – Dahl – O jovem sueco até começou a partida de forma empreendedora, mas cedo começou a perceber-se que a ala direita do Benfica se mostrava demasiado vulnerável defensivamente, quer pela ‘ausência’ de Di María nesse particular, quer pelas funções mais no miolo do terreno confiadas a Aursnes. Podia ter marcado aos 46 minutos (boa mancha de Ricardo Velho) e acabou o jogo a defesa/médio esquerdo, quando Carreras passou a juntar-se mais a Otamendi.
6 - António Silva – O internacional português fez um jogo de menos a mais. Depois de um início demasiado hesitante e pouco autoritário, foi crescendo no jogo e acabou por ser mais vítima que réu nos golos do Farense. Aos 70 minutos sofreu, dentro da área de rigor algarvia, um pisão que inacreditavelmente não foi sancionado com uma grande penalidade.
6 – Otamendi - Não foi pelo capitão que o Benfica passou por alguns calafrios e terminou a partida a pedir a hora. Excelente nas antecipações, teve de aplicar-se a fundo nos duelos com Tomané, um jogador experiente que sabe usar o corpo muito bem. Aos 22 minutos teve de dar o peito às balas, para evitar males maiores de um remate de Tomané.
5 – Carreras - O lateral galego fez um jogo muito mais em quantidade do que em qualidade, mostrando em muitas ocasiões dificuldade em acertar com o ‘timing’ para largar a bola. Acabou a ajudar Otamendi e António Silva, quando o Farense procurava o ‘Hail Mary’ que lhe valesse um ponto.
5 – Renato Sanches – Chamado a atuar como trinco, posição que não é a sua, já que se trata, por natureza, de um transportador de jogo, Renato começou manifestamente a não querer complicar, não se desposicionando e jogando a um ou dois toques. Na fase final da primeira parte percebeu-se que estava desconfortável e acabou substituído ao intervalo.
5 - Kokçu - Prometeu mais do que entregou. No começo da partida esteve disponível e ativo, indo buscar jogo à zona dos centrais, mas foi Sol de pouca dura, já que se apagou progressivamente, revelando pouca dinâmica e baixa intensidade. Aos 90+3 desperdiçou, por esgotamento, um contra-ataque prometedor.
7 – Aursnes – O dinamarquês é pau para toda a obra, tanto apoia o ponta-de-lança, como joga a lateral direito ou surge a fazer assistências letais (como a que realizou no golo inaugural). Foi o jogador que mais sentiu, por ficar desamparado e com demasiada área para cobrir, o regresso de Di María e a ausência de Florentino.
5 – Di María - O campeão do Mundo não sabe jogar mal, mesmo quando o faz a passo. A bola sai dos seus pés sempre redonda e em várias ocasiões realizou assistências de enorme qualidade. Mas tudo isto foram pormenores, porque nos pormaiores revelou falta de ritmo e condição física, não foi o ‘influencer’ que costuma ser e, do ponto de vista defensivo, entregou muito pouco.
7 – Pavlidis – Excelente jogo do avançado grego, que esteve bem nas tarefas que lhe eram pedidas: a dar a primeira luta à saída de bola do adversário; a oferecer, após grande trabalho, um golo a Akturkoglu; e a assinar um momento de enorme qualidade na jogada do segundo golo encarnado. Nitidamente confiante, um dos destaques da equipa encarnada.
5 – Barreiro – Fez a segunda parte a trinco, substituindo Renato Sanches, e sentiu as mesmas dificuldades coletivas do seu companheiro, em função da desarticulação defensiva da equipa. Foi generoso, mas esteve longe de fazer a diferença.
5 – Belotti – Entrou aos 75 minutos quando o Benfica estava mais preocupado em não sofrer do que em marcar. Com pouca bola e menos espaços ainda, valeu essencialmente pelo que lutou.
6 - Schjelderup – Muito ativo no flanco esquerdo, ajudou, em várias ocasiões, a que o jogo se passasse longe de Trubin.
– Amdouni – Entrou no lavar dos cestos para refrescar a direita.