5.ª jornada da Liga dos Campeões
Benfica - Celtic, 2-1: Ordem para sonhar!
O
sonho europeu continua vivo! Com a vitória – justíssima – frente ao
Celtic (2-1), o Benfica continua a manter aspirações intactas no que às
competições europeias diz respeito. Dia 5, em Barcelona, mais uma vez é o
tudo ou nada… e, com esta atitude e ambição, há que acreditar!
Tudo
ou nada! Com uma vitória, um empate e duas derrotas no Grupo G da Liga
dos Campeões, ao Benfica restava somente uma de duas hipóteses para
continuar a sonhar: ganhar… ou ganhar! E, mesmo assim, uma vez que não
depende somente de si, há ainda que aguardar pela última jornada (com o
Benfica a viajar até Espanha para defrontar o Barcelona), para aferir
com todas as certezas as contas finais.
Mas
vamos por partes, ou seja, o mesmo que dizer, jogo o jogo! E a primeira
batalha, numa guerra que esperamos ainda longa, foi nesta noite de
terça-feira.
Benfica
e Celtic de Glasgow, frente-a-frente, para mais uma noite europeia, com
o Estádio da Luz a ser o palco das emoções. Com o Barcelona já apurado
para a fase seguinte, os dois emblemas tinham ainda uma palavra a dizer
e, apesar da história contar tantas histórias, o favoritismo prova-se
dentro de campo.
Com
algumas alterações no figurino, foi um Benfica com a ambição de sempre,
aquele que subiu ao relvado da Catedral. Em cima da mesa, neste caso,
no tapete verde da Luz, três vectores em disputa: o prestígio
desportivo, o cimentar da marca e ainda os importantes euros oriundos da
Liga Milionária.
Golo madrugador… empate injusto!
Imbuído
neste espírito, o Benfica entrou com tudo na partida. Cardozo deu o
mote no minuto inicial, com um remate poderoso de fora da área, a passar
por cima da trave. O Celtic surgiu em campo com as linhas muito subidas
e a equipa “encarnada” agradeceu e não se fez rogada: aos seis minutos a
primeira explosão de alegria na Luz. Grande jogada do colectivo,
insistência de Salvio, com Ola John a surgir solto no coração da pequena
área a rematar de primeira, rasteiro, para o primeiro golo da noite e o
seu primeiro de “águia ao peito”.
Em
vantagem, o Benfica geria a posse de bola, privilegiando a segurança,
face um Celtic completamente amorfo. Consequência? Jogo “mastigado”,
pragmático e sem grandes ocasiões.
Em
cima da meia hora, misto de emoções. Primeiro, agressão a Enzo Perez
(cotovelada de Wanyama) a passar impune; depois, Lima assiste Cardozo,
mas desta vez a bola sai ao lado do poste, perdendo-se um golo de belo
efeito… E veio então a injustiça! Na primeira vez que o Celtic se
acercou da baliza de Artur, no primeiro remate que realizou… chegou o
empate! Canto cobrado, Samaras, livre de marcação, cabeceia para o golo!
Com
a igualdade restabelecida, o Benfica acusou um pouco o tento sofrido,
perdendo o controlo de um desafio que, até então, geria a seu belo
prazer e arriscando-se a perder definitivamente o comboio da Liga
Milionária.
Nos
últimos cinco minutos a equipa reagiu, carregou, destacando-se os
remates de Ola John, Matic e Salvio, mas sempre inconsequentes. Nota
ainda para nova agressão a Enzo Perez, aos 38’, desta feita com Samaras a
ser o protagonista… o árbitro húngaro mostrou amarelo! Ao intervalo, o
empate castigava os homens da Luz.
E da injustiça… fez-se justiça!
À
semelhança da primeira metade, o Benfica entrou determinado para os
últimos 45’ da partida. Mais do que nunca era o tudo por tudo e era
necessário inverter o rumo dos acontecimentos. Aos 52’, grande jogada
pela esquerda do ataque, com Adam Mathews, por duas ocasiões a fazer de
bombeiro e a evitar o golo da vantagem. Seguiram-se várias investidas,
com os “encarnados” a sufocarem por completo os escoceses. Enzo Perez,
Luisão, Matic, Lima e Salvio tentaram a sorte, mas a “redondinha”
teimava em não entrar.
Os
minutos corriam, a ansiedade aumentava, e o Benfica continuava a
produzir ofensivamente… e “tantas vezes vai o cântaro à fonte”: minuto
70’, cruzamento largo para a área e inesperadamente, longe da sua
habitual área de intervenção, surge o central Garay que, com um remate
poderoso – de primeira – coloca o Benfica em vantagem, uma vantagem,
diga-se, há muito merecida.
A
vencer, os “encarnados” não tiraram o pé do acelerador e, não fosse a
sorte madrasta, se é que nestas andanças se pode falar neste factor, o
Benfica poderia ter resolvido a contenda a seu favor. É que com um
remate surpreendente, a largos metros da área, Salvio acerta direitinho
na trave de Forster. Minutos depois foi a vez de Cardozo, na cobrança de
um livre, testar os reforços do guardião adversário… e que defesa!
Com
cerca de 15’ até ao apito final, Jorge Jesus faz algumas mexidas no
onze. Era preciso manter a cabeça fria, gerir de forma inteligente e
segurar os três pontos…. E assim foi! Apito final, 2-1, vitória justa do
Glorioso!
A decisão final acontece
no próximo dia 5 de Dezembro, com o nosso Benfica a viajar até Camp Nou
para defrontar o Barcelona, naquela que será a derradeira ronda da Fase
de Grupos da Liga dos Campeões, em mais um jogo do tudo ou nada:
Rapazes, há ordem para sonhar!
O
Sport Lisboa e Benfica alinhou com Artur Moraes; André Almeida, Luisão,
Garay e Melgarejo; Matic (Maxi Pereira, 77’), Enzo Perez, Salvio
(Jardel, 90’) e Ola John; Lima (Garay, 75’) e Cardozo.
S.L. BENFICA
Sem comentários:
Enviar um comentário