O inglês Ronnie O’Sullivan mostrou que, mesmo após um ano sabático, não tem par como o jogador mais dotado na era moderna da modalidade, no jogo em que venceu (13-8) Allister Carter, relativo aos oitavos de final do Mundial, que decorre até 6 de maio em Sheffield (Inglaterra).
O ‘Rocket’, de 37 anos, que voltou propositadamente para defender o cetro conquistado em 2012 (tal como em 2001, 2004 e 2008) abandonou na noite de segunda-feira o Crucible Theatre, palco do Mundial desde 1977, com o braço e punhos erguidos e a multião em delírio depois de mais um show de bem jogar, para mal dos pecados do compatriota Ali Carter, que somou a 13.ª derrota noutros tantos jogos diante do compatriota, e inapelável.
A emoção durou até aos 7-7 no marcador. Aí, Ronnie mostrou as capacidades e jogo ofensivo desconcertantes que há mais de 20 anos encantam os adeptos da modalidade. Cruzar, por duas vezes consecutivas (!), a última vermelha disponível na mesa, para, após embater numa tabela, a embolsar num buraco, mostrou O’Sullivan é mesmo um caso à parte, de predestinado, no mundo do desporto.
E se o risco corrido já era sintomático da plena posse das capacidades do inglês, de 37 anos, com 10-8 no marcador, voltou a surpreender, com uma bola só ao alcance de quem nasceu para o que faz: cruzou última vermelha a todo o comprimento da mesa (quase 4 metros...) para fazer o 11-8 e disparar para a vitória.
«Senti-me um turista a voltar. Mas apreciei a atmosfera e o apoio do público. É bom voltar ao Crucible, é o meu ambiente, adorei o apoio, todos os minutos. Tinha saudades disto. Ali pressionou-me um pouco, teve outra época boa e nunca será fácil de vencer. Em alguns momentos, o jogo poderia ter virado. Mas consegui. Até agora, surpreende-me apenas a eliminação precoce de John Higgins [também tetracampeão do mundo], é tão bom que nunca sabemos quando irá falhar», afirmou Ronnie à World Snooker, no final de um encontro em que voltou o seu sorriso largo e a química e empatia que o inglês consegue com as multidões.
Sobre o embate com Stuart Bingham, sabe que será um teste muito mais exigente, depois de Marcus Campbell e Ali Carter: «Stuar está focado, e em grande, confiante, com novo treinador. Está no top dos oito melhores do Mundo. Mas mais importante para mim, que não sabia o que esperar neste regresso à competição, que foi assim como que um salto no escuro, é que estou a adorar a experiência está a correr bem, até agora», disse o jogador que inspirou milhões a praticar e seguir snooker em todo o mundo.
Até Ali Carter, piloto de linha aérea, e que padece da debilitante doença de Crohn, sentado a observar, teve de se render, sorrir e aplaudir o jogo brilhante de O’Sullivan, sem par quando está, como estava, nos seus dias.
Afinal, por alguns instantes, Ronnie voltou a mostrar que tem muito pouco de humano e porque, mesmo após um ano afastado do circuito, já está nos quartos de final da prova, onde todos aguardam agora para ver o show diante de Stuart Bingham, a partir das 14.30 horas desta terça-feira (EuroSport).
Além do ‘Rocket’, cuja velocidade a enfiar bolas sem errar, que lhe valeu o apodo, se voltou a ver no Crucible e a fazer arregalar os olhos de todos os que seguem com paixão a modalidade, também o chinês Ding Junhui, depois de um grande susto diante do inglês Mark King (esteve a perder por 2-6) suplantou o seu adversário (13-9), e discute nesta altura, na manhã desta terça-feira, um lugar nas meias-finais.
Por último, nos encontros da noite de segunda-feira, Robert Milkins, the milkman (o leiteiro) terminou a sua aventura de sonho nos oitavos de final, às mãos de Ricky Walden, num encontro muito equilibrado (13-11). O encontro com a revelação Michael White, nos ‘quartos’, proporcionará um semifinalista surpreendente neste Mundial.
Além de Stuart Bingham, o Mundial já é uma aposta ganha para Barry Hawkins, o falcão (The Hawk), que sensacionalmente afastou o número um mundial, Mark Selby, nos oitavos de final, e é agora o grande teste à capacidade de Ding Junhui em, por fim, um chinês conseguir vencer o Mundial pela primeira vez.
Nesta altura, Judd Trump, finalista vencido em 2011, mede forças com o inglês Shaun Murphy, à melhor de 25 ‘frames’ (vence o primeiro a vencer 13 partidas, de 13-0 a possíveis 13-12) para saber quem defrontará o vencedor do embate Ronnie O’Sullivan-Stuart Bingham nas meias-finais.
As meias-finais são disputadas à melhor de 33 ‘frames’, vence o primeiro a somar 17 vitórias (de 17-0 a possíveis 17-16), e a final à melhor de 35 ‘frames’: só se levanta a taça após vencer 18 partidas, seja 18-0 ou, como já aconteceu, na negra (18-17).
Recorde-se que o Mundial, cujos quartos de final se iniciaram na manhã desta terça-feira (e prosseguem com sessões à tarde e à noite), distribui um total de 1,3 milhões de euros em prémios, com o vencedor a arrecadar 300 mil euros e o finalista vencido metade deste valor.
Resultados completos dos oitavos de final:
Ronnie O`Sullivan-Allister Carter, 13-8
Stuart Bingham-Mark Davis, 13-10
Shaun Murphy-Graeme Dott, 13-11
Marco Fu-Judd Trump, 7-13
Robert Milkins-Ricky Walden, 11-13
Michael White-Dechawat Poomjaeng, 13-3
Mark King-Ding Junhui, 9-13
Barry Hawkins-Mark Selby, 13-10
Quartos de final (à melhor de 25 ‘frames’):
Ronnie O’Sullivan -Stuart Bingham
Shaun Murphy- Judd Trump (em curso), 2-1
Ricky Walden-Michael White
Ding Junhui-Barry Hawkins (em curso), 0-2
Meias-finais (à melhor de 33 ‘frames’):
Ronnie O’Sullivan/Stuart Bingham-Shaun Murphy/Judd Trump
Ricky Walden/Michael White-Ding Junhui/Barry Hawkins
O ‘Rocket’, de 37 anos, que voltou propositadamente para defender o cetro conquistado em 2012 (tal como em 2001, 2004 e 2008) abandonou na noite de segunda-feira o Crucible Theatre, palco do Mundial desde 1977, com o braço e punhos erguidos e a multião em delírio depois de mais um show de bem jogar, para mal dos pecados do compatriota Ali Carter, que somou a 13.ª derrota noutros tantos jogos diante do compatriota, e inapelável.
A emoção durou até aos 7-7 no marcador. Aí, Ronnie mostrou as capacidades e jogo ofensivo desconcertantes que há mais de 20 anos encantam os adeptos da modalidade. Cruzar, por duas vezes consecutivas (!), a última vermelha disponível na mesa, para, após embater numa tabela, a embolsar num buraco, mostrou O’Sullivan é mesmo um caso à parte, de predestinado, no mundo do desporto.
E se o risco corrido já era sintomático da plena posse das capacidades do inglês, de 37 anos, com 10-8 no marcador, voltou a surpreender, com uma bola só ao alcance de quem nasceu para o que faz: cruzou última vermelha a todo o comprimento da mesa (quase 4 metros...) para fazer o 11-8 e disparar para a vitória.
«Senti-me um turista a voltar. Mas apreciei a atmosfera e o apoio do público. É bom voltar ao Crucible, é o meu ambiente, adorei o apoio, todos os minutos. Tinha saudades disto. Ali pressionou-me um pouco, teve outra época boa e nunca será fácil de vencer. Em alguns momentos, o jogo poderia ter virado. Mas consegui. Até agora, surpreende-me apenas a eliminação precoce de John Higgins [também tetracampeão do mundo], é tão bom que nunca sabemos quando irá falhar», afirmou Ronnie à World Snooker, no final de um encontro em que voltou o seu sorriso largo e a química e empatia que o inglês consegue com as multidões.
Sobre o embate com Stuart Bingham, sabe que será um teste muito mais exigente, depois de Marcus Campbell e Ali Carter: «Stuar está focado, e em grande, confiante, com novo treinador. Está no top dos oito melhores do Mundo. Mas mais importante para mim, que não sabia o que esperar neste regresso à competição, que foi assim como que um salto no escuro, é que estou a adorar a experiência está a correr bem, até agora», disse o jogador que inspirou milhões a praticar e seguir snooker em todo o mundo.
Até Ali Carter, piloto de linha aérea, e que padece da debilitante doença de Crohn, sentado a observar, teve de se render, sorrir e aplaudir o jogo brilhante de O’Sullivan, sem par quando está, como estava, nos seus dias.
Afinal, por alguns instantes, Ronnie voltou a mostrar que tem muito pouco de humano e porque, mesmo após um ano afastado do circuito, já está nos quartos de final da prova, onde todos aguardam agora para ver o show diante de Stuart Bingham, a partir das 14.30 horas desta terça-feira (EuroSport).
Além do ‘Rocket’, cuja velocidade a enfiar bolas sem errar, que lhe valeu o apodo, se voltou a ver no Crucible e a fazer arregalar os olhos de todos os que seguem com paixão a modalidade, também o chinês Ding Junhui, depois de um grande susto diante do inglês Mark King (esteve a perder por 2-6) suplantou o seu adversário (13-9), e discute nesta altura, na manhã desta terça-feira, um lugar nas meias-finais.
Por último, nos encontros da noite de segunda-feira, Robert Milkins, the milkman (o leiteiro) terminou a sua aventura de sonho nos oitavos de final, às mãos de Ricky Walden, num encontro muito equilibrado (13-11). O encontro com a revelação Michael White, nos ‘quartos’, proporcionará um semifinalista surpreendente neste Mundial.
Além de Stuart Bingham, o Mundial já é uma aposta ganha para Barry Hawkins, o falcão (The Hawk), que sensacionalmente afastou o número um mundial, Mark Selby, nos oitavos de final, e é agora o grande teste à capacidade de Ding Junhui em, por fim, um chinês conseguir vencer o Mundial pela primeira vez.
Nesta altura, Judd Trump, finalista vencido em 2011, mede forças com o inglês Shaun Murphy, à melhor de 25 ‘frames’ (vence o primeiro a vencer 13 partidas, de 13-0 a possíveis 13-12) para saber quem defrontará o vencedor do embate Ronnie O’Sullivan-Stuart Bingham nas meias-finais.
As meias-finais são disputadas à melhor de 33 ‘frames’, vence o primeiro a somar 17 vitórias (de 17-0 a possíveis 17-16), e a final à melhor de 35 ‘frames’: só se levanta a taça após vencer 18 partidas, seja 18-0 ou, como já aconteceu, na negra (18-17).
Recorde-se que o Mundial, cujos quartos de final se iniciaram na manhã desta terça-feira (e prosseguem com sessões à tarde e à noite), distribui um total de 1,3 milhões de euros em prémios, com o vencedor a arrecadar 300 mil euros e o finalista vencido metade deste valor.
Resultados completos dos oitavos de final:
Ronnie O`Sullivan-Allister Carter, 13-8
Stuart Bingham-Mark Davis, 13-10
Shaun Murphy-Graeme Dott, 13-11
Marco Fu-Judd Trump, 7-13
Robert Milkins-Ricky Walden, 11-13
Michael White-Dechawat Poomjaeng, 13-3
Mark King-Ding Junhui, 9-13
Barry Hawkins-Mark Selby, 13-10
Quartos de final (à melhor de 25 ‘frames’):
Ronnie O’Sullivan -Stuart Bingham
Shaun Murphy- Judd Trump (em curso), 2-1
Ricky Walden-Michael White
Ding Junhui-Barry Hawkins (em curso), 0-2
Meias-finais (à melhor de 33 ‘frames’):
Ronnie O’Sullivan/Stuart Bingham-Shaun Murphy/Judd Trump
Ricky Walden/Michael White-Ding Junhui/Barry Hawkins
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