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quarta-feira, 1 de maio de 2013

PEP GUARDIOLA COMEÇA UM NOVO CICLO EM MUNIQUE


Pep Guardiola e um novo ciclo em Munique
Segunda-Feira, 29 abril de 2013 | 17:22

 
A época 2009/2010 marca a chegada de Louis Van Gaal ao Bayern numa altura em que a equipa começava a ver velhas glórias partirem e novas glórias emergirem.

Kahn já tinha saído e o clube procurava um novo guardião. Nessa época saíram também Lúcio, Zé Roberto e Luca Toni. Em sentido inverso destaca-se a chegada de Mario Gómez e Robben. Ribery com 26 anos encontrava-se no pico da sua carreira tendo assinado pelo clube 2 anos antes. Schweinsteiger contava com 25 anos e fazia parte do plantel principal há 7 anos, estando a tornar-se cada vez mais numa das principais referências deste colosso europeu. Lahm, com 26 anos, fazia parte do plantel há 4 anos e já pertencia á elite dos laterais a nível mundial. Holger Badstuber e Thomas Muller, ambos com 20 anos, assinaram os seus primeiros contractos profissionais nesse ano e afirmaram-se como parte do plantel com a chegada deste treinador. Também nesta época, com 17 anos, David Alaba começou a sua experiencia na equipa principal do Bayern, apesar do empréstimo na seguinte. Aos 19 anos, emprestado ao Leverkusen, Toni Kroos começava a brilhar na Bundesliga.

Louis Van Gaal chegou e venceu. Concretizou a dobradinha nacional com a conquista da taça e do campeonato e ainda apurou o Bayern à final da Champions League, 9 anos depois, tendo então perdido por 2-0 para o Inter de Mourinho.

A seguinte época de Van Gaal já não foi tão produtiva. A época 2010/2011 marcou a saída de Demichelis, Rensing e Van Bommel. Em sentido contrário contratou-se Luiz Gustavo, com 23 anos, e confirmou-se o regresso e integração de Kroos.

O Bayern não conseguiu melhor que a conquista da Supertaça, meias-finais da taça, oitavos da Champions e 3ºlugar no campeonato.

Esta época viveu a consagração do Dortmund de Klopp.

Na época 2011-12 Munique assistiu ao regresso de Jupp Heynckes ao Bayern. Louis Van Gaal deixou metade do trabalho e metade da revolução feita e coube ao alemão aperfeiçoar a máquina que lhe foi apresentada.

Com Heynckes chegaram o Jérôme Boateng (23 anos) e o alemão Manuel Neuer (25 anos). Assim terminou em definitivo o Legado de Kahn. Ao plantel também se juntou o lateral Alaba, regressando de empréstimo. A revolução no plantel continuou e desta vez ditou a saída de Altintop e Miroslav Klose.

Jupp Heynckes não ganhou nada nesta sua primeira época mas ficou claro para toda a Europa que estávamos perante um Colosso em ebulição. 2ºlugar na Bundesliga e finalista da Taça, perdendo ambas as competições para o fantástico Dortmund. O melhor da época estava destinado para a Champions onde o Bayern eliminou o Real de Madrid e perdeu nos penalties a final contra o Chelsea de Di Matteo.

Esta foi quase a época de sonho, foi quase a consagração de um Bayern ansioso por glória. Foi a época do quase mas também a época da consagração de um poderoso futebol alemão. Adivinhava-se um grande sucesso para o ano seguinte.

A época 2012-2013 está ainda a decorrer mas já é quase um consenso que, aconteça o que acontecer, este Bayern de Munique foi a equipa mais forte do ano, com o futebol mais forte e intenso da Europa e arredores.

No início desta época Jupp Heynckes decidiu resolver o principal problema da equipa: as segundas linhas. O Bayern apresentava um 11 muito forte mas um banco debilitado, o que não permitia à equipa um ritmo competitivo elevado durante toda a época nem responder da forma mais eficaz à necessidade de planos alternativos perante os diversos obstáculos que iria enfrentar durante a época.

Assim juntaram-se ao plantel jogadores importantíssimos como o Dante (29 anos), Mario Mandzukic (25 anos) e Javi Martínez (24 anos). Além destes também chegaram o experiente Pizarro e o jovem suíço Shaqiri (21 anos).

Sem espaço no plantel ficaram o Breno, Butt, Olic, Petersen e o Pranjic.

Com a máquina oleada, com a identidade definida, com o reforço do plantel e integração destas novas peças o Bayern de Heynckes abordou esta época como a confirmação de todo um trabalho e evolução feita nos últimos 4 anos. O antigo colosso alemão estava definitivamente no Hall of Fame e surgia um poderoso e renovado Bayern de Munique.

E se na época transacta a equipa de Heynckes fez os seus adeptos sonhar, na época corrente tem transformado o sonho em realidade com o culminar do aperfeiçoamento da máquina alemã. Os jogadores estão rotinados, a liderança implementada, a ambição está ao rubro e os mais experientes estão ansiosos por verem a sua qualidade finalmente coroada. É o ano do tudo ou nada, onde a segunda opção não tem como ser uma possibilidade.

Chegado o momento da verdade e com o anúncio de um fim de ciclo com a confirmação que esta será a última época do treinador alemão, o Bayern não só confirmou as suas credenciais como o fez brilhante e avassaladoramente.

No início da época, na Supertaça, a principal equipa do futebol alemão afastou os seus recentes fantasmas vencendo a competição contra o Bicampeão Borussia Dortmund.

E dado o mote nunca mais parou. Após cinco jogos para a taça, um golo sofrido e três goleadas encontra-se na final onde vai enfrentar o Estugarda. Com 3 jornadas por disputar no campeonato o Bayern já se sagrou campeão alemão, feito conseguido com números inquestionáveis. Neste momento, com 31 jogos disputados, tem 90 golos marcados e apenas 14 sofridos, tem mais 20 pontos que o seu principal rival, só perdeu um jogo e concretizou 12 goleadas.

E se a nível doméstico tem sido um passeio, a nível europeu, à exceção de um ou outro percalço, tem sido uma demolição. Está nas meias finais depois de ter eliminado o Arsenal e a Juventus e, como se tal não fosse suficiente para ser o principal favorito a vencer a competição, acabou de arrasar o Barcelona de Messi com um 4-0 na Alemanha e uma demonstração de superioridade em todos os momentos e espaços do jogo.

Esta equipa já deliciou e está cada vez mais próxima de imortalizar a sua marca na história do futebol moderno.

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