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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

CARLOS PEREIRA ADMITE NEGOCIAR JOGOS DO MARÍTIMO COM A BENFICA TV

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Carlos Pereira admite negociar jogos do Marítimo com a Benfica TV

O presidente do Marítimo não identifica qualquer conflito de interesses na entrada do canal encarnado no mercado das transmissões dos jogos das equipas da Liga Portuguesa. Carlos Pereira defende melhor relacionamento entre Federação e Liga.
Carlos Pereira dá as boas-vindas à entrada da Benfica TV no mercado dos direitos televisivos sobre as transmissões dos jogos de equipas portuguesas. O presidente do Marítimo afirma que a "concorrência é de salutar e cada um deve pensar naquilo que é o seu negócio".

Em entrevista à Renascença, o dirigente madeirense admite negociar os jogos do Marítimo com a Benfica TV. Carlos Pereira salvaguarda que "neste momento a situação não se coloca, porque há um contrato a cumprir [com a Olivedesportos]", mas na altura de renegociar o acordo, se surgir uma proposta melhor, independentemende do nome do canal, será avaliada.

"Um canal é um canal, não faço distinção. Tenho é que perceber a qualidade do operador, como o produto é colocado no mercado e se é situação duradoura", define Carlos Pereira.

Pinto da Costa, numa entrevista ao jornal "O Jogo", alertou para um "conflito de interesses", considerando que ninguém está a querer resolver a questão. O presidente do FC Porto referia-se ao facto da Benfica TV estar a negociar contratos com clubes da Liga Portuguesa para a transmissão dos seus encontros. O Farense, por exemplo, vendeu os direitos ao canal do clube da Luz, rejeitando a proposta apresentada pela Olivedesportos.

Carlos Pereira discorda de Pinto da Costa e sublinha que "se pensarmos que a Benfica TV pode fazer mal ao operador, o Porto Canal também pode". Recorde-se que o Porto Canal transmite os jogos que a equipa B dos azuis e brancos disputa em casa. A Benfica TV irá transmitir os encontros das duas equipas do clube nas competições profissionais, os encontro do Farense, no São Luís, além dos encontros da Premier League e de campeonatos de outros países.

Outro entendimento entre Federação e LigaNoutro plano, Carlos Pereira eleva a voz para defender um modelo novo para o futebol nacional, que passa pelo estabelecimento de uma nova relação entre Federação Portuguesa de Futebol e Liga. O presidente do Marítimo considera que não há uma distribuição equitativa da receita e que os clubes profissionais estão a ser prejudicados.

O enfraquecimento institucional da Liga, que "ultimamente faz apenas gestão de campeonatos", tem que ser revisto, na opinião do dirigente insular. "A Liga e a Federação têm que ser repensadas e tem que deixar de haver o egoísmo das duas partes. Deverá haver uma instituição a representar o futebol profissional, mas que não se pode dissociar da selecção portuguesa. Tem que haver um melhor entendimento entre Liga e Federação", defende.

Carlos Pereira considera que "a Federação tem um produto que não compra e vende a alto preço". O presidente marítimista refere-se ao futebol profissional e queixa-se pelo facto dos clubes não se sentirem recompensados. Outro exemplo é a arbitragem: "A arbitragem presta serviço à Liga. A Liga paga e a Justiça é feita na Federação".
www.sapo.pt

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