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domingo, 1 de junho de 2014

ALEGADOS SUBORNOS DE €3,5 MILHÕES PARA O MUNDIAL DE 2022 SER NO QATAR

Joseph Blatter, presidente da FIFA (foto AP)
Segundo noticia sábado o Sunday Times, existem provas – entre e-mails, cartas e transferências bancárias – de que o antigo presidente da Federação de Futebol do Qatar e da Confederação Asiática, Mohamed bin Hamman, pagou um total de cinco milhões de dólares (cerca de 3,5 milhões de euros) a pessoas ligadas à FIFA, para que favorecessem a candidatura do Qatar a receber o Mundial-2022, como depois se confirmou.

Citado pela BBC Sport, o jornal britânico escreve que o dirigente do Qatar, de 65 anos, realizou pagamentos, de forma direta, a vários dirigentes africanos, para que apoiassem a candidatura do Qatar, mesmo que muitos dos visados não pudessem votar pelo país, já que a ideia seria criar uma aura de apoio generalizado, que depois influenciaria os membros do comité que poderia de facto votar.

Sunday Times afirma ainda possuir documentos que provam que Bin Hamman 305 mil euros para suportar as despesas de outro ex-membro do Comité Executivo da FIFA, Reynald Temarii (Taiti), que chegou até a presidir a Confederação da Oceania, para recorrer a uma suspensão de que foi alvo.

Ao atrasar o seu afastamento do comité executivo, Temarii impediu o seu substituto provisório, David Chung, de votar para o anfitrião do Mundial-2022. Chung iria apoiar a Austrália, rival do Catar na eleição, pelo que a sua ausência terá beneficiado o Qatar.

Estas alegações pressionam ainda mais a FIFA a repetir a votação para o anfitrião do Mundial-2022, depois de várias notícias que têm apontado, além da falta de condições do país para receber a prova, o desrespeito pelos direitos humanos no Qatar, especialmente na construção dos novos estádios.

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