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sexta-feira, 1 de maio de 2015
JORGE JESUS E O GIL VICENTE-BENFICA
Jorge Jesus antecipa dificuldades para o Benfica frente ao Gil Vicente, em Barcelos, razão pela qual exorta os adeptos que vão assistir ao jogo `in loco` a empurrarem a equipa para a vitória.
«Na primeira volta vencemos por 1-0 mas este não é o mesmo Gil Vicente, 50 por cento dos jogadores que estão a jogar não jogaram na Luz. Mas o Benfica também está muito mais forte, não podemos fazer uma comparação de valores», constatou o treinador das águias, alertando que a equipa de Barcelos «está a tentar fazer pontos» para garantir a manutenção na Liga.
«Vai ser extremamente difícil, com tem sido todos os anos em Barcelos. Estamos preparados, preparamo-nos para ser melhores que o adversário e é isso que vamos tentar fazer amanhã [sábado]», apontou.
Questionado se uma vitória em Barcelos permitirá ao Benfica encomendar desde já as faixas de campeão, Jorge Jesus foi peremtório:
«Vocês são testemunhas que no final do jogo [com o FC Porto] eu disse que havia 12 pontos em disputa e que nada estava ganho. Se o Benfica sair vencedor, nada está ganho. Mas, jornada a jornada vão diminuindo as possibilidades do nosso adversário. Só isso é que nos favorece. De resto, vamos trabalhar com o espírito que demonstrámos em todo o Campeonato. A única conta matemática que podemos fazer é que temos mais três pontos e, jornada a jornada, temos de defender essa vantagem».
«Esperamos ter o apoio incondicional dos sócios do Benfica para levarem a equipa ao colo como têm feito em quase todos os jogos. A equipa responderá dentro do campo», finalizou.
Jorge Jesus encara o ataque do FC Porto à nomeação de João Capela para o Gil Vicente-Benfica como uma tentativa clara de condicionar o árbitro da Associação de Futebol de Lisboa.
«As coisas estão difíceis e tentam jogar com a pressão. O árbitro está sujeito às críticas e à pressão, sobretudo em Portugal. Mas estão habituados a isso. O que importa é que o Benfica faça um bom jogo e o árbitro esteja à altura. Tenho pouco a ver com aquilo que os outros possam dizer», demarcou-se o treinador das águias, em conferência de Imprensa.
«Temos de pensar jogo a jogo, defender a vantagem em relação ao segundo classificado e ter a capacidade para ultrapassar o Gil Vicente. A equipa está muito confiante, mas sente que não há jogos fáceis e sabe que tem de valorizar o adversário», sublinhou Jorge Jesus.
Jorge Jesus deu a entender esta sexta-feira, em conferência de Imprensa, que os equívocos quando pronuncia o nome de Julen Lopetegui são propositados.
Confrontado com as críticas do homólogo do FC Porto, o treinador das águias foi taxativo:
«É um problema do nosso adversário e não meu. Só me engano nos nomes quando eu quero».
«O que eu sei fazer melhor é treinar, a prática do jogo falado é outra coisa. Não quero desviar atenções de nada, o Benfica está focado desde a primeira hora nos seus objetivos e no Campeonato», frisou Jorge Jesus.
Não obstante, deixou claro que as palavras depreciativas de Lopetegui sobre a exibição das águias no clássico não caíram em saco roto.
«Não gostamos que nos desvalorizem e tentem branquear o que o Benfica tem feito neste Campeonato. O ano passado o Campeonato só tinha 30 jornadas, agora tem 34. À 30.ª jornada o Benfica tinha 74 pontos e agora tem 75», realçou Jorge Jesus.
O assessor de Imprensa do Benfica esclareceu que as declarações de Jorge Jesus ao semanário SOL foram prestadas no domingo, logo após o final do clássico.
Jorge Jesus é parco em palavras quando questionado sobre o seu futuro no Benfica. A cumprir a sexta época na Luz, e em final de contrato com as águias, reitera que não se revê na expressão `cadeira de sonho` no futebol.
«Não penso assim, a minha paixão é o futebol. O meu sonho não tem cadeira, é o futebol. A partir daí não há cadeiras particulares, não há cadeira de sonho para ser treinador», argumentou.
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