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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

ACONTECEM COISAS ESTRANHAS FORA DO CAMPO


«Apoio totalmente a posição do treinador, pois reflete bem o futebol português. Todos os jogadores estão com ele», vincou o capitão dos encarnados, em entrevista à televisão do clube.

O defesa brasileiro referiu mesmo que o futebol português não está a ser bem tratado: «Poderia ser muito melhor divulgado e cuidado se se privilegiasse a qualidade do futebol em campo. Noutros campeonatos não se vê certas coisas que acontecem aqui fora do campo.»

Luisão não deixou de falar sobre o derby do passado sábado, diante do Sporting, que custou a eliminação da Taça de Portugal, referindo que não tem memória de nos 12 anos que leva a jogar no nosso País de «um jogo tão duro»:

«O que me custa, como capitão de uma equipa que se preocupa em jogar futebol, é ter de acalmar os restantes companheiros, como foi o caso do Samaris ou do Júlio César. É difícil. É estranho que num derby tão quente tivesse havido uma equipa com tantos cartões e a outra com o mínimo. É triste.»

Luisão acabou por ser protagonista em destaque, com as águias a reclamarem grande penalidade sobre o defesa brasileiro, num lance do qual viria a fraturar o braço. Já no encontro do campeonato também umpuxão na camisola dentro da grande área do Sporting ficou por assinalar. O defesa falou sobre os lances:

«No primeiro, também pela marcação individual que o adversário coloca, fui puxado nitidamente. Talvez o árbitro tenha tido algum receio e infelizmente não marcou. Neste último jogo, a equipa merecia um resultado diferente pelo que fez no jogo. Vi uma cotovelada sem bola sobre o Samaris e também uma entrada sobre o Júlio César. No lance, em que me lesionei foi nítido que o João Pereira fez falta. Esta lesão só aconteceu devido a esse lance, mas ao menos que tivesse servido para o árbitro assinalar penalty

Luisão revelou, em entrevista, que os momentos que se seguiram à sua lesão, contraída na partida da Taça de Portugal frente ao Sporting, não foram nada fáceis, garantindo que ficou feliz com o apoio dado pelos seus companheiros.

«Lance? Senti um contacto. Depois tentei mexer a mão, mas depois senti que tinha partido alguma coisa. Por isso, a minha preocupação foi sair do campo. Foram horas de muita dor e angústia», disse o capitão dos encarnados, em declarações à BTV.

«Quando nos lesionamos é difícil. Aquela rotina de treinar e o friozinho na barriga antes de um jogo vai desaparecer. No entanto, o Benfica é uma família e todos me tentaram confortar.»

O central brasileiro admitiu que se trata da lesão mais grave na sua carreira, ainda assim ficou descansado pelo problema físico não ter afetado «as suas principais ferramentas de trabalho».

Como promessa, Luisão assegura que vai voltar mais forte, contudo, acredita que os companheiros vão dar uma boa resposta na sua ausência.

«Temos um departamento médico acima da média. Por isso, acredito que vou voltar melhor do que estou hoje. Deveria estar a descansar, mas fui ao centro de estágio dar um abraço à equipa. Era o mínimo que poderia fazer. Desejei boa sorte e que consigam um bom resultado em Astana», frisou.

«Ausência? Quem entra na equipa tem potencial para manter o nível», acrescentou.

Recorde-se que o jogador, de 34 anos, foi submetido a dupla fratura cubital, no antebraço esquerdo, sendo que deverá ficar afastado dos relvados durante dois meses.

No dia seguinte à incursão de um grupo de adeptos ao centro de treinos do Benfica, exigindo explicações na sequência dos resultados da equipa, Luisão dirigiu mensagem de apelo.

«Os adeptos devem estar orgulhosos pelo que o clube é hoje. Nos momentos mais difíceis quem mais ajuda são os adeptos, abraçando a equipa independentemente dos resultados, com a certeza que trabalhamos seriamente», referiu o defesa brasileiro, em declarações ao canal televisivo do clube.

«Sabíamos que este não seria um ano fácil, mas mantendo o foco conseguimos ter forças. Agora temos dois jogos difíceis pela frente e queremos obter dois resultados positivos para continuar nesta caminhada. Muitas pessoas de fora querem criar coisas que não existem, disse, reforçando as palavras de esperança:

«O melhor ainda está por vir. Estamos em busca disso e focados no nosso trabalho com responsabilidade.»

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