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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

BENFICA - ZENIT, 1-0 : CRÓNICA, FOTOS (RESUMO)


Avançado brasileiro mostrou que tem 'tarimba' para jogos importantes e com um golo devolveu à nação benfiquista um pouco de moral após a derrota com o FC Porto.


Um golo solitário de Jonas permitiu ao Benfica vencer o Zenit de São Petersburgo por 1-0, e garantir a vantagem para o encontro da segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões agendado para o início do próximo mês. A equipa de Rui Vitória procurava a redenção junto dos adeptos 'encarnados' após a derrota caseira diante do FC Porto, e conseguiu-a já nos instantes finais na forma de um cabeceamento certeiro do número 17 do Benfica.
Com mais de 40 mil espectadores nas bancadas, o Benfica regressou esta terça-feira ao Estádio da Luz depois de ter perdido com o FC Porto na semana passada, mas apesar da derrota no 'clássico' da 22ª jornada, os adeptos do Benfica mostravam-se confiantes quanto a uma vitória sobre o Zenit de São Petersburgo, e mesmo na conquista do título nacional.
Rui Vitória apostou no mesmo onze que subiu ao relvado na sexta-feira passada frente ao FC Porto, com nota de destaque para a ausência de Salvio da ficha técnica do Benfica, mesmo depois do extremo argentino ter feito a antevisão deste jogo com o Zenit e de ter garantido que estava a 100 por cento.
Já do lado do Zenit, André Villas-Boas apostou numa equipa a jogar em contra-ataque na Luz com Dzyuba na frente de ataque, e com Danny, Hulk e Shatov no apoio ao avançado russo. Neste regresso a Portugal, o treinador do conjunto russo incluiu ainda na sua equipa os 'ex-benfiquistas' Witsel, Javi Garcia e Ezequiel Garay.
Sem competir há dois meses, a formação de São Petersburgo apresentou-se no Estádio da Luz com uma estratégia de contenção posicional de forma a anular os elementos mais criativos e móveis do Benfica. Na primeira parte, a equipa de Rui Vitória sentiu algumas dificuldades para se 'desembaraçar' da teia projetada por André Villas-Boas e as ocasições de golo foram escassas. O Zenit procurou o golo através do contra-ataque mas o único remate digno desse nome à baliza de Júlio César foi apontado de Hulk e de livre direto. Gaitán sentiu algumas dificuldades para criar lances de perigo junto à baliza russa, e Mitroglou foi praticamente um espectador na primeira parte. Na defesa, Lindolof mostrava-se sempre atento às movimentações dos 'alas' adversários e acabou mesmo por ser um pilar de tranquilidade em contraste com o nervosismo de Jardel. No meio campo, Renato Sanches tentou dar alguma profundidade à equipa do Benfica, mas acabou por ser obrigado a impor mais a sua presença para dar apoio a Samaris. O médio grego foi o pêndulo no meio campo do Benfica que garantiu o equilíbrio necessário de forma a garantir sempre um bom 'timming' na reorganização da equipa sempre que havia descompensações.

No segundo tempo, as equipas regressaram do balneário sem alterações com o Zenit a entrar melhor no jogo e a criar alguns lances de perigo junto à baliza de Júlio César. O Benfica respondeu aos 57 minutos por intermédio de Gaitán, mas o remate do extremo argentino saiu ao lado. Com Mitroglou muito apagado no jogo, Rui Vitória decidiu lançar Raúl Jiménez para apostar na mobilidade do avançado mexicano perante o posicionamento rígido dos defesas russos. Aos 70 minutos, Gaitán voltou a testar a atenção de Lodigyn e acabou por permitir que o guarda-redes russo brilhasse com uma enorme defesa.
Com o desenrolar da segunda parte, a falta de ritmo competitivo do Zenit de São Petersburgo começou a interferir na condição física dos seus jogadores, e o Benfica aproveitou para intensificar ainda mais o adversário em busca do golo. O 'Inferno da Luz' passou então de 'lume brando' para 'chama imensa' e os últimos 10 minutos de jogo acabaram por ser de total simbiose emocional entre jogadores do Benfica e adeptos 'encarnados'.
E foi já com o cronómetro a bater nos 90 minutos que André Almeida 'sacou' um segundo cartão amarelo a Criscito. Gaitán foi chamado à conversão do livre no lado direito do ataque do Benfica, e foi com quase 50 mil gargantas a gritar pela equipa que o cruzamento do extremo argentino foi encontrar Jonas no coração da área, que sem sentimentos pelo adversário disparou de cabeça para uma enorme explosão de alegria.
Com este resultado, o Benfica garantiu uma importante vantagem para o jogo da segunda mão na Rússia, agendado para o início do próximo mês, para além de ter sido destruído o mito de que Jonas não aparece nos jogos grandes pois ontem surgiu, e como um autêntico gigante.


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Publicado por Esporte Interativo em Terça-feira, 16 de Fevereiro de 2016
Curiosidades:
O Zenit só por uma vez perdeu 1-0 fora nas provas UEFA. Foi na época passada, frente ao AEL Limassol, e virou a eliminatória.

Esta é a 13.ª vez que o Benfica vence por 1-0 em casa na 1.ª mão. Nas 12 anteriores, só foi eliminado uma vez.



Jonas talismã: os encarnados venceram 37 dos 38 jogos em que marcou.

A última vez que o Benfica venceu 1-0 em casa na 1.ª mão foi em 2012/13, frente ao Bordeaux, na Liga Europa (venceu 2-3 fora).

Benfica mantém a tradição: em casa, nos oitavos de final da Liga dos Campeões, venceu sempre, e sem sofrer golos.

Esta é a segunda vez desde que chegou ao Benfica que Jonas marca o golo solitário do jogo. Antes, tinha acontecido frente ao Nacional (Taça Liga, época passada).

A única vez que o Benfica foi eliminado vencendo 1-0 em casa na 1.ª mão foi em 2004/05, frente ao Anderlecht (perdeu 3-0 na 2.ª mão).

10 anos depois, a história repete-se: Benfica vence 1-0 em casa na 1.ª mão (05/06, Liverpool).

Jonas marcou o seu 25.º golo da época, a sua 3.ª melhor marca de sempre.

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