O treinador do Benfica considerou justo e importante o triunfo (2-1) em Coimbra, que mantém os encarnados na liderança do campeonato, independentemente do resultado do Sporting.
«Foi uma vitória justa apesar de difícil. A Académica fechou-se muito e não é fácil jogar nos últimos 30 metros com todos os jogadores atrás da linha da bola, pior ainda ficou quando se viram em vantagem. Procurámos marcar do primeiro ao último minuto e acabámos por fazer dois golos e merecer esta vitória. Mais um afinal que passou, faltam cinco. São três pontos importantes e saborosos», disse à Sport TV no final da partida, analisando as dificuldades do Benfica no jogo:
- Faltou objetividade e mobilidade na zona de decisão. O jogo muitas vezes é assim - é preciso persistência e lutar até à exaustão. Há uma energia positiva que vem de fora e os adeptos ajudaram.
Sobre Raúl Jiménez, que entrou para marcar o golo da vitória: «Era preciso libertar Jonas e tínhamos de arriscar. Jiménez é muito agressivo no ataque à bola e ficamos satisfeitos quando um colega vem de fora e ajuda.»
Segue-se o Bayern, para a Liga dos Campeões: «Corremos muito e agora vamos recuperar para esse jogo de quarta-feira. Todos vão estar frescos porque estes jogadores sabem trabalhar mas também descansar. Agora vamos pensar só nesse jogo. Vamos vivê-lo com a vontade que caracteriza o Benfica para alcançar mais esse objetivo.»
O treinador do Benfica voltou a destacar o espírito de sacrifício e entre-ajuda dos jogadores que, na fase final do jogo da Académica, souberam compensar-se para segurar a vitória (2-1) em Coimbra.
«São jogadores com este caráter e forma de estar que tornam as pequenas dificuldades em soluções. A leitura foi perfeita, na fase final do jogo houve um risco assumido e tivemos de fazer reajustes – jogadores das alas que estavam no meio-campo a ajudar, avançados a defender… a equipa está cada vez mais coesa. É uma ligação quase como uma família. Estes jogadores são fantásticos e agradou-me essa disponibilidade dos jogadores para assumirem outros papeis», disse em conferência de imprensa no final do encontro.
Questionado sobre Luisão, que regressou aos convocados após prolongada paragem por lesão mas ficou no banco de suplentes:
- Os jogadores estando recuperados, estão sempre disponíveis. Aqui não há capitães que só assumem a braçadeira quando estão cá dentro. (…) Os que estiveram lesionados nunca estiveram fora. O Luisão foi sempre e é nosso capitão e tem tido um papel fundamental ao longo deste processo. Ele, ou qualquer outro, quando entendermos que deve jogar, joga.
Sobre Gaitán, que terminou o jogo em dificuldades físicas, disse ser «prematuro» fazer uma avaliação. «Vamos ver o que vai dar», atirou.
O treinador do Benfica elogiou o desempenho de Raúl Jiménez – entrou e marcou o golo da vitória em Coimbra – mas não garantiu a titularidade do mexicano frente ao Bayern, tendo em conta a ausência de Jonas devido a castigo.
«É sempre bom quando um jogador entra e resolve o que estava difícil. É isso que os jogadores e os treinadores gostam. Foi este jogo, agora é outra história. Vamos pensar nas soluções para quarta-feira», disse em conferência de imprensa.
Rui Vitória não quis associar a sofrida vitória frente à Académica ao cansado dos jogadores devido ao acumulado de jogos nesta fase do campeonato:
- Não ganhámos apenas 2-1 por culpa do cansaço. Estamos a ganhar há muito tempo sem ser preciso nada mais que o apoio dos nossos adeptos. Os jogadores sabem que temos de passar por dificuldades. Temos de continuar a lutar e a trabalhar como temos vindo a fazer e ir constantemente à procura das vitórias.
O treinador insistiu na importância do apoio dos adeptos: «Os benfiquistas jogam connosco. É uma relação que está muito forte: sentimos que temos de jogar para eles e eles sabem que tem de jogar connosco.»
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