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quarta-feira, 1 de junho de 2016

ESTE FALA COM PAIXÃO

ESTOU A CONCRETIZAR UM SONHO”

André Filipe Luz Horta é médio, nasceu a 7 de novembro de 1996 (19 anos) e, depois de toda uma caminhada nos jovens escalões de Futebol Formação do SL Benfica rumou até às margens do Sado onde, nos últimos quatro anos, representou o Vitória de Setúbal.
Este é um regresso a casa, um momento de enorme alegria, do jovem que assinou esta quarta-feira contrato válido por cinco épocas.
“Sinceramente, ainda nem acredito! É um sonho que estou a concretizar. É um sonho para todos os jovens jogar no Benfica, um dos maiores Clubes do Mundo, ainda para mais sendo eu Benfiquista, e é claro que tinha esse sonho. Já cá joguei, oito anos na Formação, é verdade que depois sai para o Vitória, mas sempre tive a ambição de voltar eAJUDAR este Clube”, começou por dizer, em entrevista à BTV.
Quarta-feira, dia 1 de junho, dia em que se celebra o Dia da Criança…
“É verdade! Sinto-me uma criança autêntica porque estou a viver um sonho. Sei que muitos jovens gostariam de estar no meu lugar e por isso sinto também que estou a viver o sonho de muitas crianças que nós sabemos que seguem o Benfica e sofrem pelo Clube. Estou aqui para dar tudo por esta camisola, também por todas essas pessoas que sofrem e vivem o Benfica por esse Mundo fora”, acrescentou.
André Horta esteve oito anos na Formação do SL Benfica e são muitos os momentos que vivem ainda na memória do jogador.
“Vivi grandes momentos pelo Benfica! Em quase todos os anos, e nos escalões em que joguei, fui quase sempre Campeão Distrital ou Nacional e lembro-me também de todos os torneios em que participámos, aqueles fora do País, ganhámos muitos no estrangeiro, e sempre dignificámos a camisola do Benfica”, relembrou.
Nos sadinos, André Horta chegou para representar os Juvenis, depois os Juniores e, finalmente, a equipa sénior principal do Vitória de Setúbal.
“Foi uma experiência muito boa e ajudou-me bastante, também para poderREGRESSAR ao Benfica. Regresso mais maduro, mais experiente, apesar de só ter 19 anos. Fui para uma realidade diferente... no Benfica temos todas as condições, as melhores, é um Clube de topo; o Vitória de Setúbal, um clube que passa mais dificuldades comparativamente ao Benfica, mas que é também um dos grandes clubes do Futebol português. Senti-me muito honrado por ter feito parte dos quadros do Vitória, dei sempre tudo em campo e julgo que sai pela porta grande”, afirmou o jovem internacional luso.
O médio foi um dos destaques da equipa do Vitória de Setúbal na época 2015/16, onde somou 36 jogos e marcou dois golos. Que balanço?
“Foi uma boa época... Acho que me faltaram mais três ou quatro golos, porque para um médio é importante fazer uma média de 8/9/10 golos por temporada, também para ser mais valorizado. Senti sempre, desde os Juvenis, que era uma aposta do clube e que contavam comigo para um diaCHEGAR à equipa principal. Consegui, defendi sempre a camisola do Vitória e tive a sorte de na primeira época de sénior ter encontrado um treinador que me ajudou bastante, o mister Quim Machado. Só tenho palavras elogiosas para ele. Mesmo nos momentos menos bons que tive ao longo da época – porque nenhum jogador consegue ter uma época sempre no topo e ainda sou muito jovem e tenho muito para aprender – ele soube sempre falar comigo nos momentos certos. Quer para me elogiar, quer para me dar na cabeça e isso foi muito importante para mim para ter feito uma época muito regular”, explicou.
Ao nível das suas características, o que mudou?
“Não mudei muito, apenas consegui acrescentar algumas características ao meu jogo. No Vitória de Setúbal jogávamos em 4x4x2 e eu, em vez de ser um médio mais criativo, fiquei mais como um médio área área, onde tinha de atacar mas tambémAJUDAR a defender e senti-me muito confortável nessa posição. É sempre bom acrescentar algo mais ao nosso jogo para continuarmos a crescer e a cada dia ser melhores”, revelou.
Como viu a mudança de paradigma no Clube no último ano, nomeadamente a clara aposta na Formação do SL Benfica?
“Não só no Benfica, mas em todos os Clubes, deve-se apostar nos jovens, é preciso valorizar os jovens portugueses. Portugal tem mostrado em todas a competições internacionais que tem jovens de enorme talento. Ainda recentemente fomos Campeões Europeus de Sub-17, vamos disputar a Fase Final do Campeonato da Europa de Sub-19, os Sub-20 ficaram em 3.º lugar no Torneio de Toulon, os Sub-21 não perdem há 3 ou 4 anos... É preciso valorizar o jogador português e o Benfica, que tem uma das melhores academias e que foi considerada recentemente a melhor do Mundo, é preciso valorizar o jogador que se forma lá, dar-lhe condições para crescer e um dia lançá-lo na equipa principal. Depois depende também das características de cada jogador ambientar-se ou não no Futebol Profissional”, analisou o jogador.
No regresso a casa, André Horta revelou que tem dois ídolos, duas referências no Futebol. “Rui Costa, porque admiro tudo o que fez pelo Benfica e pelo Futebol português - e Pablo Aimar”… e também que é um admirador das Modalidades do Clube e presença assídua nos Pavilhões.
  
“Não vou fazer nada de diferente! (risos) Sempre que tiver oportunidade virei ver os jogos aos Pavilhões porque gosto muito das Modalidades e de todo o ambiente que se vive! E as nossas Modalidades portam-se muito bem!”, desvendou.
E explica todo este sentimento…“Antes de me tornar jogador do Futebol já era do Benfica, antes de jogar no Benfica já era Benfiquista... desde que me conheço que sou do Benfica”, atirou taxativamente.
Olhando já para 2016/17, as ambições são bem reais, mas este é um André Horta humilde e com muita vontade de aprender eTRABALHAR muito.
“Quero fazer uma boa pré-época e conseguir um lugar no plantel. Sei que neste momento o Benfica é um Clube que aposta nos jovens e o mister Rui Vitória dá muita confiança. Quero fazer o meu trabalho, da melhor maneira possível e aprender com os elementos mais experientes. Espero ser bem recebido, e acredito que o serei, pois sinto que a coesão e o espírito de equipa foram determinantes para conquista do título”, concluiu o jogador que assinou por cinco temporadas com o Sport Lisboa e Benfica.

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