Quarta-feira, dia 27 de julho… dia de homenagens, reencontros, simbolismo, com as emoções ao rubro. Um encontro com História e com a História!
Em dia da 9.ª Eusébio Cup, a manhã começou com o descerrar de uma placa no Estádio Nacional, uma homenagem à equipa do Torino FC, que em 1949, depois de ter participado num desafio frente às “águias” - de tributo a Fernando Ferreira – perdeu a vida no desastre de Superga.
As emoções continuaram com o decorrer das horas, com o Estádio da Luz a centrar todas as atenções. Foram 45 mil e 818 os adeptos a receber e saudar o Tricampeão no regresso a casa.
Nos ecrãs um vídeo recordando as vítimas de 4 de maio de 1949… não houve sobreviventes, naquele que é até aos nossos dias considerando uma das maiores tragédias de sempre no Mundo do Desporto.
Antes da partida, dirigentes dos dois emblemas, unidos por uma eterna amizade, trocaram lembranças, com o SL Benfica a oferecer uma réplica da Taça conquistada no Jamor, no fatídico 1949.
Antes do apito inicial, corações ao alto…. Minuto de silêncio em memória de Artur Correia, internacional português e ex-jogador do SL Benfica. O Ruço perdeu a batalha na segunda-feira mas será para sempre recordado.
Bola ao centro e mais um momento arrepiante e de saudade. Na Eusébio Cup era tradição o King dar o pontapé de saída… esta noite, e sob fortes aplausos, a tarefa foi dada ao seu neto.
E vamos ao jogo! Mais um teste para os “encarnados”, numa época carregada de ambições renovadas, num Glorioso conquistador e que se quer sempre vencedor.
Partida interessante, com o SL Benfica a chegar à vantagem à passagem dos 11 minutos. Pressão alta das “águias”, lance muito confuso e até caricato, com G. Vives a ser o último a tocar na bola antes da mesma ultrapassar a linha de golo.
Ainda antes do intervalo, o empate, com Ljajic, na conversão – soberba! – de um livre direto. Sem hipóteses para Paulo Lopes.Tempo de descanso, tempo de nova homenagem, desta feita a ter como alvo “Os Magriços”, com Luís Filipe Vieira a marcar presença no relvado num tributo à Seleção lusa de 1966.
No reatar, mais Benfica, mais intensidade, com algumas oportunidades a surgirem em ambas as balizas, com os guarda-redes chamados a intervir. Houve competitividade, ritmo, muita vontade… mas não houve golos, com o ferro – em cima dos 90’ – a dizer não ao cabeceamento de Luisão.
Na marcação das grandes penalidades, o Torino FC foi mais eficaz e conquistou a 9.ª edição do Troféu.
O SL Benfica torna a entrar em campo no próximo domingo, pelas 19h45, no Stade des Lumières (Parc Olympique Lyonnais). O adversário será o Olympique Lyon, em mais um teste de pré-época.
O SL Benfica alinhou de início com Paulo Lopes; Nélson Semedo, Luisão, Lisandro e Grimaldo, Fejsa, André Horta, Salvio, Cervi, Gonçalo Guedes e Mitroglou.
Jogaram ainda: Júlio César, André Almeida, Samaris, Carrilo, Pizzi, Raúl, Jonas, Lindelof e Junior.
Onze inicial do Torino: Gomis, Molinaro, Afriyie, Zappacosta, Belotti, Ljajic, Falque Silva, Maksimovic, Vives, Chukwuma e Moretti.
Uma tristeza, uma vergonha, o abandono do estádio pela maior parte da assistência, antes da cerimónia de entrega do troféu. O Torino como clube-irmão e os adeptos do Torino como nossos amigos, não mereciam esse comportamento impensado de tantos milhares de benfiquistas (que até aplaudiram o golo dos nossos convidados, essa sim, uma bonita atitude de desportivismo e uma demonstração de carinho que se tem com aqueles que prezamos). A atitude correta teria sido não arredar pé até ao final da cerimónia, para aplaudir, desportivamente, os vencedores.
ResponderEliminarUma nódoa que fica na bonita intenção de juntar Benfica e Torino (já tardava, já tardava!) num jogo de homenagem a Eusébio.
Quanto ao jogo, sensaborão, fraquinho, tão fraquinho e sensaborão que, se tivesse de destacar um dos nossos jogadores, a minha escolha recairia em Júlio César.