"A primeira terça parte do campeonato está cumprida. É alguma coisa, embora insuficiente para se extraírem conclusões. Além de não haver campeões de terços, nem de metades. Só os fins, e esse só será conhecido na segunda quinzena de maio do próximo ano. Até lá entretemo-nos com exercício jornalísticos, uns interessantes, outras sem interesse algum, mas que ajudam a passar o tempo e, de alguma forma, enriquecem o colorido nas conversas entre adeptos.
Vendo as coisas com a necessária distância, pouco discussão deve suscitar o primeiro lugar do Benfica. Por ter mais pontos e por ter resistido com notável firmeza a uma sucessão de problemas, traduzida em número de lesões excessivo e invulgar. Os três avançados titulares chegaram a estar impedidos de alinhar ao mesmo tempo (Jonas, Jiménez e Mitrolgou). Destes, o brasileiro, e vencedor de A Bola de Prata na época transacta (32 golos), continua sem data prevista para voltar a competir. Depois foram os centrais Luisão e Jardel. Seguiram-se, mais ou menos por esta ordem, Rafa, Samaris, André Horta e Grimaldo. Acrescenta-se Eliseu, desde ontem, mais Fejsa, com quadro clínico geralmente instável e que muita falta fez no jogo com o FC Porto.
Frente ao Besiktas, na Luz, Cervi e Gonçalo Guedes formaram a dupla de avançados, com José Gomes como terceira alternativa, tendo o Benfica apresentado nessa jornada a equipa mais jovem de quantas participaram na Champions.
Mesmo assim, Rui Vitória não se queixa. Esquece as ausências, destaca as presenças e vira o primeiro terço na liderança da Liga, com mais cinco pontos do que o Sporting e mais sete do que o FC Porto.
Quem assim trabalha vê-se logo que não engana. É grande treinador, no tamanho e na competência."
Fernando Guerra, in A Bola
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