Na verdade, a Jorge Jesus sobra-lhe apenas um objetivo no Sporting, e é dos obrigatórios: ser campeão esta época.
Era o único resultado proibido, porém o Sporting, na gelada Polónia, deslizou mesmo para o lado errado do resultado e capitulou perante um frágil Légia, apagando-se no circuito da UEFA. Se o desfecho com que os verdes e brancos regressaram de Varsóvia foi uma deceção que os reduz às competições internas e lhes deixa azia nos estômagos para uns bons meses, o que dizer do discurso do seu treinador? Incidindo no essencial, toca-se na coerência do que diz Jorge Jesus. Ou na falta dela. Duas semanas antes, saído de nova derrota pela margem mínima (e outra vez nos derradeiros instantes) no duelo de volta com o Real Madrid, o técnico despediu-se da Champions com uma piscadela aos adeptos em jeito de promessa e um aviso aos antagonistas. "Resta-nos o apuramento para a Liga Europa. Temos condições de fazer uma prova muito bonita, e isso é chegar longe", atirou então Jesus, "embalado" pela réplica dada ao campeão europeu. À quinta derrota, e queimadas as hipóteses de derivação para a segunda montra de motivação e valorização dos jogadores, a mensagem foi de um conformismo assustador, desde logo pela forma como anulou à estrutura leonina (e ao canal televisivo oficial...) o recurso à responsabilização da equipa de arbitragem pela perda de três pontos e pelo consequente capotamento. "Agora há outros objetivos importantes em Portugal para conquistar", disse. Na verdade, lembrando o pesado investimento na armação do plantel, há apenas um: ser campeão! A alternativa é uma montanha de sarilhos."
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