Páginas
▼
quinta-feira, 5 de janeiro de 2017
TECNICAMENTE FOI MESMO "PENALTY"
Um penalty decisivo no último lance do jogo é, sempre, polémico. Pior quando a decisão não é apenas de um jogo, mas da eliminação de uma prova oficial. Mias bombástico, ainda, quando o prejudicado e o eliminado é um clube grande. Dramático quando, depois de tudo isto, o lance não é, à primeira vista, de uma evidência absoluta e indiscutível.
Lembramos aquela meia-final do Euro - 2000, quando Portugal foi eliminado pela França num golo de ouro obtido num penalty em pleno prolongamento, quando o árbitro assinalou uma mão de Abel Xavier. Nessa altura, não houve português que não injuriasse o árbitro, jurava-se que não tinha havido mão, que era uma dádiva da UEFA a uma França que tinha de estar na final. A verdade é que, com o tempo, arrefeceram os ânimos, diminuiu a intensidade da ira e da deceção coletiva e percebeu-se melhor que tinha, mesmo, sido penalty.
O que sucedeu, ontem, no Bonfim foi que o lance decisivo começou na hesitação do árbitro, na informação sorrateira do seu assistente, na falta de convicção do gesto. É verdade que vistas e revistas as imagens televisivas se chega à conclusão de que o árbitro acertou. Tecnicamente foi mesmo penalty, porque Douglas desequilibra o avançado setubalense. E este aproveitou-se do impacto para se estatelar com maior aparato? É irrelevante. A mesma irrelevância que levará meio mundo andar por aí a discutir da maneira mais imbecil a (falsa) questão da intensidade da falta. As faltas são como a honestidade: Não há mais nem menos, ou há ou não há. As imagens demonstram que houve falta, mas não será isso que vai apagar a polémica.
Vítor Serpa in a bola
Sem comentários:
Enviar um comentário