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sábado, 25 de fevereiro de 2017
MITROGLOU COM O LÍDER ÀS COSTAS
Tem sido assim ao logo das últimas semanas: um Benfica muito dependente de Mitroglou - e também de Ederson, que ontem voltou a ser obrigado a trabalho redobrado - para resolver os problemas que, embora líder, não consegue disfarçar. Claro que não é só demérito dos encarnados, o Chaves provou na Luz aquilo que já tinha mostrado em jornadas anteriores: é uma excelente equipa, muito bem orientada por Ricardo Soares, treinador que conseguiu pegar no grande trabalho desenvolvido por Jorge Simão e, apesar das baixas provocadas pelo mercado de inverno, manter uma equipa competitiva - talvez até mais competitiva do que na primeira fase da época. Ainda assim, o conjunto de Rui Vitória, repetimos, voltou a não conseguir esconder algumas dificuldades que vem revelando de há uns tempos a esta parte, em especial quando chega a hora de controlar o adversário. A ausência de Fejsa no meio-campo na partida de ontem (e noutras...) é, claro, um argumento a ter em conta, mas não explica tudo: a águia devia ter matado o adversário bem mais cedo, evitando os calafrios por que acabou por passar até Mitroglou, já em cima do final, bisar e fazer suspirar de alívio as bancadas da Luz. Óbvio que o essencial foi conseguido: o Benfica ganhou e colocou desta vez toda a pressão no FC Porto, que depois da desgastante noite europeia na quarta-feira tem amanhã teste muito duro no Estádio do Bessa, onde entra ciente de que um deslize pode complicar (embora nunca hipotecar) a equipa na luta pelo título. Para os adeptos benfiquistas ficará, talvez, a ideia mais otimista: mesmo não jogando de forma brilhante a equipa tem-se mantido na frente. E como não há mal que sempre dure, isso será sempre um bom sinal.
Ricardo Quaresma, in a bola
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