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quinta-feira, 4 de maio de 2017

FALTAM TRÉS


"O Estoril foi a equipa que, no campeonato, melhor jogou na Luz. Não merecia ter perdido, mas - para um benfiquista como eu - felizmente perdeu. Fica demonstrado que a mudança de técnico pode ser mesmo decisiva para transfigurar um plantel.
O Benfica segue isolado na frente há 27 jornadas. Sendo uma prova longa, há sempre jogos excelentes com resultados decepcionantes (veja-se o confronto na Luz contra o Porto), mas também existem jogos no máximo medíocres com desfechos bastante positivos. Foi o caso agora. Graças ao imprescindível Jonas.
O Benfica, de facto, jogou pouco. Falhou golos improváveis, mas evidenciou, sobretudo, uma talvez surpreendente tremedeira naquele que seria, em tese, o menos difícil dos jogos restantes. Os primeiros 20 minutos da segunda parte, com uma notável exibição dos estorilistas, mostraram uma equipa encarnada perdida, dominada, mental e psicologicamente exausta. Difícil de compreender, até porque havia jogado bem melhor no principal obstáculo psicológico do anterior domingo em Alvalade (e sem Jonas...).
Para ser tetracampeão, sem a ajuda de terceiros, tem de fazer 7 dos 9 pontos restantes. E tem sobretudo de jogar melhor, sem a habitual mania portuguesa de achar que o relógio mais tarde ou mais cedo tudo resolverá. Para isso é necessário impor-se, começando os jogos como se eles estivessem nos derradeiros minutos, porque é assim que o candidato a um tetracampeonato deve fazer. E acabar com a excessiva lateralização entre os defesas e o guarda-redes, que cansa só de ver durante largos minutos.
Em Vila do Conde está o jogo-chave. A vitória é meio caminho para o almejado tetra. Força Benfica!"

Bagão Félix, in a bola

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