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sábado, 27 de maio de 2017

RUI VITÓRIA DEVE-NOS UMA


"Acabou o campeonato, o Benfica  é campeão, finalizou com o melhor ataque, com a melhor defesa, tem a melhor equipa e foi o único emblema a merecer o título. Há razões de sobra para festejar a para os adeptos estarem satisfeitos com o alcançado pelo clube, mas não me custa reconhecer que é a maior o desespero nos rivais do que a alegria nas hostes encarnadas. Este Benfica vencedor é uma espécie de eutanásia dos sonhos dos adversários. Quando aquele drone com a bandeira vermelha do 36 sobrevoou Moreira de Cónegos, ao minuto 36, houve até quem dissesse que era o aniversário do Casillas, mas depois se percebeu que jogava o José Sá e não havia bolo. Pior, na óptica portista, só mesmo se o José Sá sofresse um golo ao minuto 36. Não havia bolo, mas havia golo! O FC Porto despediu o Nuno Espírito Santo e logo houve quem revelasse em directo na TV que o Nuno era benfiquista, o que desconheço por completo. Mas ainda bem que ninguém revelou o clube de Fernando Santos, do Artur Jorge, do Jesualdo Ferreira, do Mourinho, do Paulo Fonseca ou do José Peseiro antes de assinarem pelo Porto, senão seria um imbróglio. Parte da comunicação social dá como certo Marco Silva no FC Porto, mesmo antes de assinar e de ser público. Deixo aqui o veredicto: grande escolha a realizada pelo líder e SAD dos azuis e brancos.
No Benfica teremos que ser ainda melhores para continuar a ganhar. Domingo, vamos decidir no Jamor se fizemos uma época muito boa ou excelente. O dilema é bom, mas eu prefiro uma época excelente. Quero ganhar a 26.ª Taça, no mesmo rumo de ambição, frente ao segundo melhor emblema da temporada portuguesa. Até porque Taças de Portugal temos 25 e campeonatos temos 36. Bem se pode dizer que este troféu é mais raro que o anterior no Museu Cosme Damião. Aqui que ninguém nos ouve, o Rui Vitória deve-nos uma, para justa alegria vimaranense."

Sílvio Cervan, in a bola

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