"Estiveram ontem em Alvalade 45.367 espectadores, segundo os números oficiais. E desses, talvez 43 ou 44 mil fossem adeptos do Sporting. Mas vamos imaginar que a última decisão de arbitragem – e do VAR – acontecia na grande área contrária: era o Sporting a marcar um golo decisivo nos instantes finais mas que, um minuto depois, seria anulado.
Entre uma decisão e a outra, festejava-se na bancada com o parceiro do lado, pegava-se no filho às cavalitas, beijava-se a namorada, tudo aquilo a que se tem direito. Até ao momento em que o árbitro recebia indicação para ia ver as imagens e, muito bem, alterava a sua decisão. Não anulava só o golo. Anulava também a celebração de um estádio inteiro e ali, naquele instante, ninguém saberia o que tinha verdadeiramente acontecido.
A chegada do VAR é uma grande inovação, mas ainda falta dar vários passos. Um dos mais importantes já foi sugerido pelo director do ‘Correio da Manhã’ e da CMTV, Octávio Ribeiro, nas páginas de Record: mostrar nos estádios (todos deveriam ter ecrãs) as imagens que servem para vídeo-árbitro e árbitro sustentar estas decisões. Faz todo o sentido que quem paga bilhete e está na bancada, sujeito a todas as emoções, possa ficar a saber em cima da hora se a bola entrou ou não entrou, se foi ou não penálti, se estava ou não fora-de-jogo. É o mínimo."
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