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quarta-feira, 27 de setembro de 2017
ANÁLISE AO BASILEIA
Vaclík Internacional checo, assumiu a titularidade na Seleção, após ter estado várias épocas na sombra de Petr Cech. 28 anos. 14 golos sofridos e 2 balizas-virgens em 10 jogos oficiais em 2017/18. Contratado ao Sparta Praga, em julho de 2014, a custo zero. Foi apontado, durante o defeso, como um dos eventuais alvos do Benfica para o posto de guarda-redes. Muito forte sobre a linha de baliza, ao combinar excelentes reflexos, grande agilidade e elasticidade, o que lhe permite realizar alguns voos impressionantes, peca, contudo, por revelar uma tendência excessiva por realizar defesas incompletas, o que permite que o adversário possa a atacar segundas bolas. Com bons argumentos na resolução de situações de um contra um ante os adversários, até porque é rápido a sair dos postes, agressivo e sabe suster até ao limite o tempo de queda, denota menos conforto nas saídas aéreas, o que o leva a assumir poucos riscos. Apesar de nem sempre se revelar preciso no passe longo, mostra atributos interessantes a lançar contra-ataques e ataques rápidos, recorrendo também a lançamentos manuais longos.
Suchy Internacional checo e novo capitão da Seleção. 29 anos. 1 assistência em 11 jogos oficiais em 2017/18. Contratado ao Spartak Moscovo, em julho de 2014, a troco de 2,5 milhões de euros, depois de meio ano de empréstimo ao Basileia. Líder do setor defensivo e capitão da equipa, começou o exercício no papel de defesa livre numa estrutura com três centrais, mas agora está a ser mais utilizado a partir do centro-direita. Bem mais sagaz posicionalmente do que os parceiros de setor, o que lhe permite cortar linhas de passe, destaca-se pelos bons argumentos no desarme e na interceção, ainda que, em algumas ocasiões, se exceda na dureza com que aborda os lances divididos, recorrendo a intervenções faltosas para travar os adversários. Apresenta bons atributos no jogo aéreo, não só em momento defensivo, mas também a dar sequência a lances de bola parada ofensivos: a conquistar bolas ou como finalizador. Capaz de assumir ações de condução e de construção, recorre ao passe a diferentes distâncias, realizando boas aberturas longas em direção aos corredores laterais ou para as costas da defesa rival, até porque exibe sagacidade na leitura das desmarcações dos colegas de equipa.
Akanji Internacional suíço de origem nigeriana, estreou-se em junho de 2017, e poderá ser uma das opções para o confronto diante da Seleção Nacional. 22 anos. 11 jogos oficiais em 2017/18. Contratado ao FC Winterthur, clube onde se formou, em julho de 2014, a troco de 700 mil euros. Iniciou a temporada no papel de defesa-central pela direita numa estrutura com três centrais, mas agora passou a ser utilizado como defesa livre. Muito forte e extremamente disponível fisicamente, é impositivo nos duelos ao ser rápido e agressivo a atacar a bola, mas demonstra limitações na definição do tempo de entrada aos lances, o que o leva a recorrer frequentemente a intervenções faltosas, e no capítulo posicional, sobretudo na reação aos movimentos de subida e de descida da última linha e na busca excessiva de referências individuais, o que pode conduzir a arrastamentos. Extremamente confiante, assume ações de condução, em que penetra com bola no meio-campo ofensivo, e de construção, indagando uma construção mais longa – nem sempre precisa – direcionada aos corredores laterais ou para as costas da defesa rival, mas corre riscos excessivos ao procurar situações de desequilíbrios no um contra um e passes verticais para o espaço interior.
Eder Balanta Internacional colombiano. 24 anos. 10 jogos oficiais em 2017/18. Contratado aos argentinos do River Plate, em julho de 2016, a troco de 3,5 milhões de euros. Central canhoto muito disponível fisicamente e contundente nos duelos, ao conjugar velocidade nas deslocações e agilidade com impetuosidade no desarme e na antecipação, revela erros gritantes no tempo de entrada aos lances, o que conduz a que seja batido em situações de um contra um e recorra, de forma excessiva, a intervenções faltosas, e no capítulo posicional, já que revela arduidades na definição da última linha e é muitas vezes arrastado pela sua tendência para buscar referências individuais. Mesmo não sendo muito alto (1.81), revela um ótimo poder de impulsão, o que lhe permite ser impositivo nos duelos aéreos nas duas áreas. Gosta de assumir ações de condução e de construção, mas revela instabilidade no passe e corre riscos excessivos a buscar desequilíbrios no um contra um.
Lang Internacional suíço, é presença regular na Seleção, mas tem estado condenado ao papel de relevo do titularíssimo Stephan Lichtsteiner. 26 anos. 10 jogos oficiais em 2017/18. Contratado ao Grasshoppers, em julho de 2016, a custo zero. Lateral-direito, também capaz de atuar como defesa-central, destaca-se pela enorme disponibilidade física e entrega ao jogo. Muito agressivo e pressionante, com argumentos interessantes na antecipação e no desarme, sente dificuldades no um contra um defensivo ante rivais velozes, acelerativos e móveis, o que o leva a recorrer a intervenções faltosas para os travar. Gosta de protagonizar ações de desmarcação e de condução pelo corredor direito, sempre com o ataque à profundidade como mote, buscando cruzamentos largos para a área ou remates – destro preferencial, capaz de recorrer ao pé esquerdo – de fora da área. Menos estável no capítulo do passe, não se inibe de buscar uma construção longa – nem sempre precisa – para as costas da defesa rival.
Xhaka Internacional albanês, depois de ter representado as seleções jovens suíças em todos os escalões entre os sub-17 e os sub-21. 26 anos. 1 golo e 1 assistência em 10 jogos oficiais em 2017/18. Formado nas escolas do clube. Verdadeiro multifunções, também capaz de atuar como lateral-direito ou defesa-central, é um médio-centro versátil que revela competência em ações defensivas e ofensivas. Destaca-se pela enorme disponibilidade física, agressividade e capacidade de pressão, conjugando bons argumentos no desarme e na antecipação, o que lhe permite recuperar inúmeras bolas, ainda que recorra, diversas vezes, a intervenções faltosas. Muito dinâmico e incisivo a sair para ataque, exibe atributos na construção – confortável no passe curto, mas com bons atributos nos passes médios e longos em direção aos corredores laterais ou para as costas da defesa rival, até porque revela uma boa leitura de jogo – e na condução –veloz, móvel e ágil, não se inibe de buscar desequilíbrios no drible curto – de iniciativas ofensivas. Falta-lhe uma maior capacidade de definição no remate de fora da área.
Zuffi Internacional suíço. 27 anos. 2 golos e 1 assistência em 11 jogos oficiais em 2017/18. Contratado ao FC Thun, em julho de 2014, a troco de 1 milhão de euros. Médio-ofensivo de origem, com características de “10”, tem vindo a ser utilizado como médio-centro ou médio-defensivo de perfil construtor. Longe de se tratar de um especialista em ações de desarme e de antecipação, faz-se valer do seu sentido posicional para cortar linhas de passe. A sua grande mais-valia passa pelos argumentos que evidencia na assunção de ações de construção e de condução, até porque se trata de um jogador móvel e evoluído no capítulo técnico. Exibe bons predicados na leitura de jogo, ao perceber os movimentos-padrão dos seus colegas de equipa, e no passe a diferentes distâncias, mostrando capacidade para variar entre uma construção mais apoiada, com base em passes curtos e médios, e a busca de passes longos em direção aos corredores laterais ou para as costas da última linha adversária, o que lhe possibilita a realização de vários passes de rutura e de assistências para situações de finalização. Exímio executante de lances de bola paradas laterais (livres laterais e pontapés de canto), ao revelar grande facilidade a colocar a bola na área rival através de cruzamentos, possui também um bom remate com os dois pés – o esquerdo é o preferencial –, surgindo com grande facilidade em zonas de finalização dentro ou fora da área, até porque é extremamente perspicaz a desmarcar-se.
Blas Riveros Internacional paraguaio, já se estreou pela Seleção principal, depois de se ter destacado ao serviço das seleções sub-20 e sub-17. 19 anos. 9 jogos oficiais em 2017/18. Contratado ao Olimpia, clube onde se formou, em julho de 2016, a troco de 1,7 milhões de euros. Grande promessa do futebol paraguaio, é um lateral-esquerdo de perfil marcadamente ofensivo, muito disponível do ponto de vista físico para fazer o vaivém defesa-ataque-defesa. Revela incisividade no ataque à profundidade, privilegiando as ações com e sem bola pelo corredor lateral, mas também se mostra capaz de penetrar pelo espaço interior. Veloz, ágil e acelerativo, consegue criar desequilíbrios no um contra um, ainda que acuse alguma previsibilidade na finta, e destaca-se pelos atributos muito interessantes nos cruzamentos na sequência de lances de bola corrida e de bola parada. Apresenta, no entanto, alguma inconsistência no capítulo do passe, sobretudo quando indaga uma construção média ou longa. Do ponto de vista defensivo, é agressivo, pressionante e impetuoso na abordagem aos duelos, mas patenteia debilidades posicionais na defesa de posições exteriores – dá espaço nas costas – e interiores.
Steffen Internacional suíço. 25 anos. 2 assistências em 10 jogos oficiais em 2017/18. Contratado ao Young Boys, em janeiro de 2016, a troco de 1,2 milhões de euros. Atua preferencialmente como médio-ala/extremo a partir do corredor direito – preferência – ou do esquerdo, mas este exercício até começou por ser titular como lateral-esquerdo de perfil ofensivo no lugar ocupado por Blas Riveros. Canhoto virtuoso tecnicamente e driblador, características às quais consegue aliar velocidade, mobilidade, agilidade e poder de aceleração, gosta de assumir ações de condução e de desequilíbrio no um contra um, buscando, em diversas ocasiões, diagonais para o espaço interior. Com argumentos muito interessantes nos cruzamentos e no último passe, assume um papel crucial nas assistências para situações de finalização. Em algumas ocasiões, principalmente de fora da área, busca o remate de pé esquerdo, ainda que nem sempre com a melhor definição e enquadramento. Apesar de apresentar fragilidades no corpo a corpo e das suas características marcadamente ofensivas, não se nega a trabalho defensivo, mostrando-se agressivo, pressionante e antecipativo.
Oberlin Internacional suíço em todos os escalões entre os sub-15 e os sub-21, possui também nacionalidade camaronesa. 19 anos. 2 golos em 8 jogos oficiais em 2017/18. Formado nas escolas do Zurique, rumou ao Basileia, em julho de 2017, por empréstimo do Red Bull Salzburgo, a troco de 700 mil euros. Unidade móvel de ataque, que desempenha habitualmente o papel de segundo-avançado ou de falsa referência ofensiva, está a ser mais utilizado no Basileia a partir do corredor esquerdo, ainda que com liberdade para surgir frequentemente no apoio direto a Van Wolfswinkel. Extremamente acutilante na exploração de ações de contra-ataque e de ataque rápido, destaca-se pela velocidade, agressividade e aceleração que imprime às suas ações, patenteando incisividade na desmarcação, o que lhe permite atacar com pungência a profundidade, e imprevisibilidade no drible, ainda que, em algumas ocasiões, perca objetividade ao exceder-se em ações individuais. Apesar de exibir predicados interessantes no remate com o pé direito, é inconstante na tomada de decisão e na definição, o que se nota sobretudo no passe – apesar de alguns bons pormenores a um toque – e nos cruzamentos, ao acusar bastante precipitação.
Van Wolfswinkel
Internacional holandês. 28 anos. 7 golos e 1 assistência em 11 jogos oficiais em 2017/18. Contratado ao Vitesse, em julho de 2017, a troco de 3,5 milhões de euros. O antigo avançado do Sporting, clube que representou nas temporadas de 2011/12 e 2012/13, rubricando 45 golos e 5 assistências em 88 partidas oficiais, relançou a sua carreira no Vitesse, depois de passagens pouco conseguidas por Norwich e Bétis, além de uma experiência razoável nos franceses do Saint-Étienne. Principal reforço do Basileia para o novo exercício, onde assume a difícil tarefa de suceder a Doumbia, tem correspondido com golos à aposta, ainda que, em termos coletivos, a campanha dos Bebbi esteja longe de encantar.Referência ofensiva que se destaca pela sagacidade na desmarcação, sentido de oportunidade e poder de antecipação em zona de finalização, define, preferencialmente, com o pé direito ou através do jogo aéreo. Apesar de revelar atributos razoáveis a jogar de costas para a baliza, até porque é ágil e consegue protagonizar bons movimentos de rotação, falta-lhe uma maior estabilidade no passe e mais argumentos de ordem técnica para conseguir criar desequilíbrios. Muito disponível e agressivo, revela, em relação à passagem por Alvalade, uma maior reatividade à perda da bola e capacidade de pressão, não se inibindo de realizar algumas intervenções em tackle deslizante. Especialista na transformação de grandes penalidades.
Alternativas
Raphaël Wicky começou por promover uma rutura com a organização estrutural em 1x4x2x3x1 do seu antecessor, apostando no 1x3x5x2. Só que um início de exercício aquém das expectativas, já o levou a regressar ao 1x4x2x3x1, como também a passar pelo 1x4x4x2 clássico.
À partida, a receção ao Benfica deverá ser marcada pela aposta numa organização estrutural em 1x5x4x1, experimentada ante Manchester United, Chiasso e Zurique, três dos últimos quatro jogos realizados pelo Basileia, com desdobramento, em momento ofensivo, em 1x3x4x2x1. Com a utilização do internacional norueguês Mohamed Elyounoussi, opção para as posições de médio-ofensivo ou médio-ala-esquerdo, em dúvida, Wicky deverá manter a aposta em Oberlin a atuar a partir do corredor esquerdo. O extremo/segundo-avançado Bua, o avançado-centro Itten, e o médio-centro Serey Dié, internacional pela Costa do Marfim, são opções às quais recorre com frequência durante os jogos.
BASILEIA (ADVERSÁRIO DO BENFICA)
Equipa-tipo (1x5x4x1/1x3x4x2x1): Vaclík – Lang, Suchy, Akanji, Eder Balanta, Blas Riveros – Steffen, Xhaka, Zuffi, Oberlin – Van Wolfswinkel
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