"A Rui Vitória cabe-lhe agora o compromisso e a obrigação de converter o mal em bem. A sua actual disposição – "há um caminho para a frente e vamos à procura de ganhar as competições internas" – não é mais do que um grito de esperança para uma equipa que, por agora, se encontra afectada. O que é preocupante é que o Benfica não deixa perceber por onde é que poderá reerguer-se para serenar o descontentamento que se torna cada vez menos suportável. Nem o colectivo, nem as individualidades, nem os jovens e nem os veteranos, ninguém tem estado, de facto, à altura das suas responsabilidades.
Rui Vitória sabe que as exibições do Benfica estão a provocar muito ruído, sabe que o Benfica tem jogado pouco, o que é de todo aflitivo, e sabe ainda que se torna indispensável uma pronta aceleração psicológica, ainda para mais num grupo de jogadores que estão cada vez mais com a cabeça à roda. Depois, fica a impressão de que Rui Vitória não está assim tão seguro de que vencerá esta depressão, mas também sabe, como todos bem sabemos, que a sua equipa é inferior à da última época.
É em cima deste carrossel que anda a alta velocidade, para cima e para baixo, sempre à roda, que Rui Vitória procura o difícil equilíbrio, que Rui Vitória procura dar um murro na mesa, que Rui Vitória procura um golpe de magia, numa semana em que a visita ao Estádio Dragão pode mudar tudo ou tudo agravar e sem mais reacção possível. Um perigo de tempestade ao qual Luís Filipe Vieira não pode ficar indiferente, como é compreensível."
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