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domingo, 26 de novembro de 2017

SEIS RAZÕES PARA O SOL TER VOLTADO A BRILHAR


O Benfica ganhou ao Vitória de Setúbal por 6-0 (sim, 6-0), com golos de Luisão, Jonas (2), André Almeida, Salvio e Zivkovic. O pesadelo europeu ficou para trás e a equipa de Vitória deixou uma imagem clara: quem tem bons jogadores, arrisca-se sempre a ganhar.
De tudo o que se diz sobre o Benfica, há uma verdade irrefutável: a de que tem jogadores para jogar mais e melhor do que anda a jogar. Convenhamos que uma equipa que tem Grimaldo, Pizzi, Fejsa, Krovinovic, Cervi, Luisão e Jonas, e ainda Salvio, Zivkovic, Jiménez e Seferovic, uma equipa destas tem de ser candidata a ganhar troféus.

Objetivamente, o Benfica tem tantas soluções como as do Sporting, e tem mais ainda do que as do FC Porto, sobretudo tem-nas no meio campo e lá à frente, que é onde se espera que os encarnados andem contra todos os adversários da Liga, menos três.




Vamos ao jogo.

Como em muitos outros jogos, o Benfica entrou a carregar e, como em bastantes jogos, chegou ao golo - foi de Luisão, assistido nas alturas por Jardel. Faltava perceber se, como em alguns jogos, o adversário não iria empatar o Benfica quando a insubordinação tática e os nervos e a inconsistência gerada por um modelo de jogo (4x4x2) que precisava da intensidade de dois médios (Pizzi e Fejsa) ambos visivelmente desgastados pelo tempo e pelo uso.

É por isso que Rui Vitória andou a mexer na equipa e a transformou no 4x3x3, para ver se a coisa ganha solidez, e contra o Setúbal a verdade é que o foi. Sim, beneficiou da expulsão de Nuno Pinto a meio da primeira-parte, mas aí já ganhava por 2-0 e tinha construído oportunidades para mais golos. E, sim, aproveitou bem o facto de estar a jogar contra 10 para exorcizar alguns demónios, o primeiro dos quais a atração que a sua baliza exercia sobre os jogadores contrários. O Benfica acabou por marcar cinco - Luisão, Jonas (golo 100 e 101), Salvio, André Almeida (!) e Zivkovic (frango de Cristiano) e não sofreu um.

O segundo demónio era a alegada incapacidade de Jonas jogar sozinho lá à frente, já que é um tipo que gosta de tabelinhas e de se juntar aos médios - os dois golos, a bola no ferro e a qualidade das suas movimentações e passes refutaram essa teoria. Em boa verdade, a verdade verdadinha, os melhores jogadores têm de jogar sempre, cabendo aos treinadores encontrar soluções para os encaixar.

Certo? Certo.

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