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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

CLÁSSICO DISCUTIDO, MAS SEM O TEMPERO DO GOLO


O Benfica empatou 0-0 em casa do FC Porto, na 13.ª jornada da Liga NOS.
Mais discutido do que espetacular, o clássico no Estádio do Dragão terminou como começou: 0-0. FC Porto e Benfica dividiram pontos na 13.ª jornada da Liga NOS.
Abordagem ambiciosa por parte do Benfica, exibindo atitude competitiva logo nos primeiros lances após o pontapé de saída. Aos 3’, na sequência de um canto cobrado à direita por Pizzi, dispôs de uma boa possibilidade de introduzir a bola na baliza portista, mas o cabeceamento de Jonas foi sacudido por uma palmada de José Sá, que saíra dos postes para tentar neutralizar a ameaça.



Com mais bola, o Benfica, em 4x3x3, teve mais iniciativa de jogo no quarto de hora inicial. Muito mexidos na zona ofensiva, os jogadores encarnados provocavam espaços e geravam linhas de passe para promover uma circulação de bola segura e que, de um instante para o outro, pudesse produzir um desequilíbrio nos últimos metros do terreno de jogo.
O FC Porto, arrumado em 4x3x3, começou a esboçar reação a meio do primeiro tempo, de forma gradual, mas o Benfica mostrava frescura e disponibilidade física nas ações defensivas, com as suas unidades mais adiantadas a reposicionarem-se rapidamente, potenciando a agressividade e cobertura na zona recuada.
Nas poucas vezes em que, nesta fase, os portistas levaram a bola para junto da baliza benfiquista, Bruno Varela mostrou atenção, equilíbrio e competência nas intervenções. Disputado nos planos físico e tático, mas nem sempre bem jogado no quarto de hora final, o clássico correu para tempo de intervalo com o 0-0 cravado no marcador.

A segunda parte mostrou um FC Porto mais empertigado nos minutos iniciais, dificultando a saída de bola do Benfica, que neste período não conseguia ser tão efetivo na circulação e criação de ataques.
O clássico primava pela intensidade e os portistas, mais ameaçadores na zona das decisões, obrigavam o Benfica a expor capacidades na zona defensiva, onde sobressairia a entreajuda dos jogadores e a serenidade de Bruno Varela.
Aos 65’, Rui Vitória decidiu acrescentar músculo à zona central da linha média, lançando Samaris por Pizzi. O Benfica reequilibrou as forças e, com a entrada de Zivkovic (rendeu Cervi aos 76’), voltou a aproximar-se com perigo da baliza portista.
Aos 79’, foi por uma bota (de Marcano) que a bola cruzada por Zivkovic não chegou aos pés de Jonas, que estava completamente solto à entrada da pequena área dos dragões.
Zivkovic seria penalizado pelo árbitro com dois cartões amarelos – num critério disciplinar contestado pelos encarnados – e, reduzido a dez elementos, o Benfica sentiu então necessidade de se trancar nos últimos minutos.
Ainda assim, o Tetracampeão não abdicou de olhar para a baliza contrária – Krovinovic, nos derradeiros minutos, teve mesmo uma aberta na esquerda, mas desaproveitou a hipótese, como Marega enjeitaria, na área contrária, mesmo no cair do pano, uma bola cruzada por Otávio.
Onze inicial do Benfica: Bruno Varela; André Almeida, Luisão, Jardel e Grimaldo; Fejsa, Pizzi, Krovinovic, Salvio e Cervi; Jonas.
Suplentes: Svilar, Lisandro, Samaris, Zivkovic, Rafa, Raúl e Seferovic.
SALVIO: “PENSAVAM QUE O BENFICA ESTAVA MORTO MAS ESTAMOS AQUI”
Médio argentino garante que os encarnados continuam na corrida pelo título.
Depois do , frente ao FC Porto, Salvio admitiu que o resultado não satisfaz os encarnados e garantiu que o Benfica continua na corrida pelo título nacional.
“Vínhamos aqui para ganhar, portanto, com um empate, não saímos satisfeitos. O nosso objetivo é sempre ganhar, seja qual for o campo e o adversário. Pensavam que o Benfica estava morto mas nós estamos aqui”, garantiu o médio argentino, na flash interview.

Salvio analisou o encontro da 13.ª jornada da Liga NOS, considerando-o “intenso” e “equilibrado” e salientou o "grande trabalho" da equipa do Benfica.
“Como todos os clássicos no futebol português, foi um jogo muito intenso, equilibrado e forte nas segundas bolas. Estivemos bem na primeira parte, com muita posse de bola, na segunda parte baixamos a intensidade, e com a expulsão do Zivkovic foi tudo mais difícil. Mas acho que fizemos um grande trabalho num jogo muito difícil”, analisou.
“Os primeiros minutos de jogo foram nossos, entrámos muito bem no jogo, impomos o jogo que queríamos mas depois o jogo foi-se igualando", reforçou.
HÁ UMA SEMANA PENSAVAM QUE ESTE SERIA O NOSSO ENTERRO
Rui Vitória admitiu que o empate sem golos entre FC Porto e Benfica, no Dragão, acabou por ser um resultado justo face ao que aconteceu durante os 90 minutos.
«Fizemos uns primeiros 30 minutos muito bons, personalizados, não mudámos a equipa do jogo anterior porque tinha sido uma boa partida e os jogadores entraram aqui com grande determinação, a jogar no meio-campo do FC Porto durante a primeira meia-hora. Na primeira parte, eles estiveram sempre à espera do nosso erro num bloco médio-baixo, com preocupação de esticar a bola no Marega e Aboubakar.
-Nos últimos pminutos pensei que eles se pudessem descompensar e podíamos aproveitar numa saída rápida, mas a expulsão do Zivkovic acabou por impossibilitar isso. Há uma semana pensavam que este seria o enterro do Benfica mas não é de certeza, estamos na luta até final e o campeonato só termina em maio.»

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