Krovinovic e Bruno Fernandes em todo o lado que jogadores.
O treinador do Sporting já tinha feito a antevisão do jogo com a habitual nota egocêntrica - "É a terceira vez que vou jogar na Luz, ganhei uma, perdeu-se outra". Nesta quarta-feira, Jorge Jesus bem pode ficar satisfeito por ter levado um ponto para casa. Empolgante o dérbi, faltaram mais golos, é certo - o Benfica rematou muito, embora sem direção -, mas sobressaiu uma apaixonante intensidade, a deixar a promessa de uma segunda volta mais de acordo com o emblema da águia. Para já lidera o FC Porto, no fim faz-se o balancete. Merece um sublinhado com traço largo a capacidade de dois craques, Bruno Fernandes, imperial, para o lado do Sporting, e Krovinovic, no lado encarnado. Que belo recital do croata, com um domínio perfeito da bola e visão de jogo. Já quanto ao remate, tem de afinar a mira. Muito se fala de o Benfica ter desbaratado a defesa, mas, à frente, salta à vista a falta de Mitroglou e da identificação que o grego mantinha com Jonas. Num jogo como este, com os avançados desalinhados com a partida, os benfiquistas agradeciam o poder da dupla atacante. Desejo para o novo ano: isto é o futebol que se quer, com os protagonistas a serem jogadores e treinadores e menos aquilo que o rodeia. Todos saem a ganhar, embora alguns o ignorem para poderem sobreviver. E sim, o vídeo-árbitro também erra. E de que maneira.
Paulo Fonte, in CM
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