"Miguel Sousa Tavares vem, como diz hoje na sua página de opinião, juntar-se ao rol de nervosos comentadores portistas, onde já figurava, com assinalável destaque, Pedro Marques Lopes.
Aqui, em A Bola, tanto MST como qualquer colunista do jornal tem, como é público e notório, a maior ampla liberdade para comentar e analisar factos e acontecimentos com os olhos da cor do seu clube. É assim que se garante a visão do adepto e se garante o contraditório, com a responsabilidade do rosto e da assinatura de quem publica e sua opinião. É isso, aliás, que distingue um jornal sério, respeitável e digno de uma democracia, de uma qualquer folha ou canal oficial de clubes ou de qualquer texto na chamada comunicação informal, que, muitas e muitas vezes, não vive do contraditório, mas do ruído ensurdecedor, e não vive da responsabilidade assinada, mas de uma incógnita covardia.
Eu percebo que muita gente se confunda com esta tão ampla dimensão de liberdade de opinião e não têm sido poucos os que nos aconselham a menos tolerância democrática. Não seguimos, porém, esses conselhos, porque, para nós, a liberdade é como a gente séria. Não há gente muito ou pouco séria, há apenas gente séria e gente que não é séria. É assim com a liberdade. Não há lugares de muito ou pouca liberdade. Há lugares de liberdade e lugares sem liberdade.
A Bola é, sempre foi, na sua imensa e única dimensão histórica, um jornal de liberdade. Tem custos? Evidentemente que sim. Mas vale a pena, porque não hipotecamos a nossa dignidade a ninguém e mantemos o respeito pela inteligência dos leitores."
Vítor Serpa, in A Bola
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