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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

"QUEREMOS QUE OS ADEPTOS TENHAM ORGULHO NA EQUIPA"


FUTEBOL
Na antevisão do jogo com o Boavista, para a 19.ª jornada da Liga NOS, o treinador do Benfica explicou os pilares do foco da equipa.
Em conferência de Imprensa no Caixa Futebol Campus, Bruno Lage, treinador do Benfica, perspetivou a receção ao Boavista na 19.ª jornada da Liga NOS, agendada para as 19h00 de terça-feira. "Entrar em campo com determinação, organização, qualidade, proporcionar bons espetáculos aos adeptos, para que eles tenham orgulho na equipa, e vencer os jogos", apontou o técnico.
Teve mais tempo para passar as suas ideias ao plantel. Como correram estes últimos dias de trabalho?
Foram dias importantes para conhecer melhor os jogadores e evoluir o nosso processo de jogo, as dinâmicas de um 4x4x2. Foi uma semana muito produtiva. Eventualmente precisaríamos de outra, mas já estou satisfeito com o tempo que passámos juntos.
Que Benfica poderemos ver em campo frente ao Boavista? Uma equipa revoltada com o último resultado ou uma equipa frustrada?
Nem uma coisa nem outra, tem de ser um Benfica determinado. Jogar com vontade, determinação, organizados e com uma atitude tremenda para vencer o jogo.
Gabriel, em recentes declarações, identificou a intensidade nos treinos como uma mudança introduzida por Bruno Lage. É isso mesmo que o define enquanto treinador?
Cada treinador tem a sua forma de trabalhar, esta é a nossa. Estamos a trabalhar como fazíamos na equipa B. Não posso entrar em comparações, nem o quero fazer, porque não tinha oportunidade de ver os treinos da equipa A. Cada treinador tem a sua forma e metodologia de treinar, esta é a nossa e ficamos agradados por os jogadores terem uma resposta positiva.
Pegando ainda no tema intensidade... Quando chegou, notou que este plantel podia ter ido mais além?
É sempre muito subjetivo. Uma equipa que esteja a competir de três em três dias não consegue treinar, e o treino é fundamental. O Benfica esteve a competir desde agosto até esta altura de forma constante, e quando isso acontece há algumas coisas que se vão perdendo, não há hipótese nenhuma. O treino é que faz evoluir. Jogar, jogar, jogar... OK, é importante, mas, à medida que se vai jogando, vão-se perdendo coisas fundamentais naquilo que é a organização da equipa. Tem de se treinar, mas como? Os jogadores vêm cansados de um jogo, têm três dias para voltar a jogar. Esta é a parte mais difícil para qualquer treinador. Por vezes usa-se o exemplo do futebol inglês... É verdade que eles competem de três em três dias, mas semana sim, semana não, tendo tempo para treinar. O treino é muito importante.
O Boavista mudou de treinador recentemente, Lito Vidigal substituiu Jorge Simão. O adversário não terá ainda as ideias do novo técnico, mas que equipa axadrezada espera defrontar?
Temos visto uma equipa muito competente, com forte organização defensiva, um grupo compacto, com médios muito bons, de enorme qualidade, e avançados rápidos, sempre na procura da profundidade e do jogo entre linhas. Ter um novo treinador mexe sempre com os jogadores, que vão querer provar que pode contar com eles. Temos de fazer o nosso trabalho, entrar determinados e com uma vontade enorme de voltar a jogar no Estádio da Luz, com a qualidade própria de quem representa o Benfica.

O mercado de transferências de inverno está prestes a fechar. Vê necessidade de reforçar a equipa nalgum posto específico?
Temos vários jogadores para as várias posições e podemos jogar em qualquer sistema. Até final do mês, vamos avaliar o que pode acontecer em termos de saídas e depois falaremos sobre o resto.
Que baixas há para este jogo com o Boavista?

A seguir à convocatória... Mas posso adiantar que Jonas e Fejsa estão fora.
Como foi começar uma semana de trabalho após uma derrota?
O trabalho nunca é em função do resultado, mas, sim, da análise que fazemos do jogo. Esta é a nossa forma de trabalhar. Se queremos evoluir a nossa forma de jogar, temos de olhar para o jogo e a partir daí construir o que queremos melhorar. Foi nesse aspeto que nos debruçámos durante esta semana de trabalho. Queremos vencer sempre, disputar todos os jogos como se fosse uma final, mas o fundamental é crescer e evoluir a partir do que vamos fazendo.
Deu apenas cinco minutos de jogo a Krovinovic. A que se deve a pouca utilização?
Lá está, só podem jogar 11... Na semana passada perguntaram-me pelo Gedson, agora pelo Krovi, eventualmente na próxima vão perguntar-me por outro jogador. É um plantel com vários jogadores para as posições. Eles têm de continuar a fazer aquilo que conseguem controlar, que é trabalhar. E estão a trabalhar muito bem, com uma atitude tremenda. Têm de esperar pela oportunidade e corresponder quando a mesma surgir.
A derrota na meia-final da Taça da Liga serve de catalisador para o resto da época?
A equipa tem de estar determinada a crescer, evoluir e jogar bem. Esse é o nosso ponto de partida. Não olho para o lado nem para os nossos adversários. Olho para o que é nosso, é nisso que temos de estar focados. Entrar em campo com determinação, organização, qualidade, proporcionar bons espetáculos aos adeptos, para que eles tenham orgulho na equipa, e vencer os jogos. Este é o nosso foco. Não temos tempo a perder a olhar para o lado. É olhar para nós e vamos em frente.

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