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terça-feira, 19 de março de 2019

A LISTA INTERMINÁVEL


O programa ‘Chama Imensa’, da BTV, mostrou ontem uma série de erros de arbitragem que já aconteceram neste campeonato. Os exemplos são tantos que foram precisos 12 minutos de imagens para se apresentar a lista completa.
Sejamos claros: alguns desses erros são demasiado graves. Valeram pontos a uma equipa e, obviamente, custaram pontos a outras.
Erros – graves e menos graves – sempre aconteceram e sempre hão de acontecer. Por norma, no fim das competições, entre eventuais benefícios e prejuízos as contas são equilibradas para todas as equipas. O que nunca aconteceu e talvez não volte a acontecer é esses erros serem SEMPRE em benefício da mesma equipa. Isto é, objetivamente, o que está a acontecer no nosso campeonato e a pôr em causa a verdade desportiva.
O Benfica estará sempre interessado e apoiará, em quaisquer circunstâncias, todos os movimentos que sirvam para proteger a integridade das competições e salvaguardar a transparência no desporto, em geral, e no futebol, em particular.
O VAR é, nesse sentido, uma ferramenta importante, capaz de reduzir de forma drástica o número de decisões erradas que são tomadas em campo. Ora, é estranho que não seja isso que está a acontecer.
O investimento feito no VAR não está a atingir os resultados que se esperariam. Este campeonato (o segundo desde a introdução do vídeo-árbitro) é daqueles em que, nos últimos anos, se estão a verificar mais erros graves de arbitragem. E é difícil de aceitar que, havendo mais árbitros, mais condições e mais investimento, também existam… mais erros.
Muitos desses erros foram até admitidos pelo próprio Conselho de Arbitragem – quando, na altura, fez o balanço ao desempenho do VAR no primeiro terço do campeonato. O CA assumiu “9 erros graves” à 11.ª jornada, sem no entanto os identificar.
Alguns exemplos: Todos nos lembramos da forma como o Belenenses foi derrotado à 2.ª jornada, no Jamor, pelo FC Porto. Todos nos lembramos da 1.ª parte do FC Porto-V. Guimarães e de tudo o que aconteceu naquela meia hora em que o VAR não funcionou. Todos nos lembramos de um jogador do V. Setúbal (Hildeberto) seguir isolado para a baliza do FC Porto e ser derrubado por trás sem que nada acontecesse. Todos nos lembramos da forma como Lema foi expulso no clássico da Luz. Todos nos lembramos como uma decisão certa (tomada em campo) foi alterada para uma decisão errada (tomada na Cidade do Futebol) durante o FC Porto-Feirense. Todos nos lembramos como Rochinha foi derrubado na área do FC Porto, de forma impune, no jogo do Bessa.
Isto foi o que aconteceu apenas no primeiro terço do campeonato. Depois disso, já houve mais, infelizmente. Todos nos lembramos da forma como o FC Porto chegou ao golo nos Açores. Todos nos lembramos dos penáltis reclamados pelo Rio Ave no Dragão. Todos nos lembramos do penálti cometido por Militão, e não assinalado, no Moreirense-FC Porto. E todos nos lembramos do penálti sobre Pizzi que ficou por marcar no último clássico.
Para concluir, a estatística dos cartões vermelhos: das 26 jornadas já realizadas, em 8 delas os adversários do FC Porto tiveram jogadores expulsos. Ou seja, o FC Porto terminou 31% dos jogos deste campeonato a jogar contra 10.
Se fizemos o mesmo exercício relativamente aos jogos apenas no Dragão, chegamos a esta conclusão: nos 13 jogos que já disputou na sua casa, o FC Porto viu 6 adversários terminarem com jogadores expulsos. Isto é: em praticamente metade (!) dessas jornadas, o FC Porto terminou com mais um jogador. Um mistério.
News Benfica

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