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sábado, 8 de junho de 2019

AS FIGURAS DO 37


"A dimensão de uma vitória vê-se, também, pelo tempo que demora a saborear. Pois passadas quase três semanas sobre o dia da 'Reconquista' ainda me sinto embalado pela nuvem em que ela me aconchegou. Recordo jogos, momentos, figuras, deleito-me com as várias publicações sobre a temporada futebolística, através das quais, jornada a jornada, consigo reviver todos os contornos de um triunfo um pouco mais saboroso do que quase todos os outros. Na hora de identificar os grandes obreiros do 37, já destaquei aqui Bruno Lage - que de facto trouxe uma nova vida a uma equipa que a dada altura parecia descrente e angustiada. Não poderia obviamente deixar de sublinhar o papel do Presidente Vieira, que foi o primeiro a acreditar num projecto alicerçado no aproveitamento dos jovens do Seixal, sendo agora claro que a razão estava do seu lado. Esta é uma vitória da sua visão para o futuro do clube, da sua determinação, e da aposta vincada num Benfica jovem e português, à imagem e semelhança daquele que ele conhecera na infância. Entre os jogadores apeteciam-me destacar todos. O lugar comum seria justificado, pois todos foram, a seu momento, importantes para alcançar o objectivo final.
A ter de escolher um, entre a eficácia de Seferovic, a magia de Félix, a regularidade de André Almeida, a importância de Pizzi, a surpresa de Ferro ou o exemplo de Jonas, talvez optasse por Rafa.
Na verdade, o nosso extremo fez a sua melhor época de sempre, marcou mais de 20 golos, e teve momentos de arte pura a fazer lembrar, até pela fisionomia, o grande Chalana. Um craque, que brilhou a grande altura.
O 27 do 37."

Luís Fialho, in O Benfica

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