Pressa gera passes errados
1. Foi um jogo muito equilibrado na primeira parte. Ambas as equipas entraram muito rápidas, a querer resolver depressa, o que gerou muitos passes errados e falta de ligação, em especial pelo Benfica nos primeiros minutos. Os algarvios, afoitos e destemidos de entrada, criaram a primeira grande ocasião de golo, por Anzai, a que Vlachodimos respondeu com grande defesa. O jogo continuou aberto, e o Benfica não conseguia encontrar ligação ofensiva, mas num canto fez o golo: Chiquinho a marcar, Gabriel a desviar ao primeiro poste e André Almeida a cabecear muito bem. Golo bem construído num lance de bola parada, de laboratório.
Prevaleceu a eficácia
2. O Portimonense tentou reagir e respondeu, sempre, pelo menos até ao intervalo, ao golo sofrido. É verdade que, apesar de várias saídas em ataque rápido, depois desse lance de Anzai nunca foi muito esclarecido, mas equilibrou muito o jogo, tornou-o muito repartido. Na primeira parte, o Benfica fez o golo, num tipo de lances, os cantos, em que todos reconhecem ser os encarnados muito fortes e, diga-se em abono da verdade, também poucas mais oportunidades de golo conseguiu construir. Por isso a primeira parte valeu pela eficácia do Benfica, que aí fez a diferença.
20 minutos demolidores
3. A segunda parte foi diferente. O Benfica entrou forte e, aos 47', deu brilho à exibição: na sequência de novo canto, aumentou. Esta a chave da goleada: com 2-0, serenou; ao contrário, o Portimonense intranqualizou-se e foi à procura de um golo. Subiu no terreno, adiantou linhas... e o Benfica foi letal em duas transições rápidas, a primeira num passe fantástico de Grimaldo para Vinícius. O Portimonense não abdicou de procurar o golo e esse foi o seu pecado capital: querer jogar olhos nos olhos. Chiquinho, Cervi e Vinícius envolveram os algarvios num carrossel e aos 66', o 4-0. São 20 primeiros minutos da segunda parte demolidores do Benfica!
Muito seguros e convincentes
4. A partir daí, o Benfica ficou confortável e geriu. Partiu para exibição muito segura e convincente. Uma segunda parte à Benfica: venceu e convenceu, com bom futebol. Uma palavra para Bruno Lage: em 28 jogos de campeonato, somou a 26.ª vitória. Absolutamente fantástico o seu trabalho. Têm criticado as exibições, que o Benfica ganhava mas não convencia, mas desta vez merece o elogio da nação benfiquista."
Vítor Pontes, in A Bola
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