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sábado, 7 de março de 2020

EM QUEDA LIVRE


'Águias' estiveram a perder, Pizzi empatou de penálti, mas falhou outro e os 'encarnados' somaram o sétimo jogo sem ganhar nos últimos oito.
Vitória de Setúbal e Benfica empataram este sábado a um golo no Estádio do Bonfim. O conjunto da casa marcou primeiro, a abrir o segundo tempo, por intermédio de Carlinhos, as 'águias' empataram logo depois, numa grande penalidade convertida por Pizzi - que viria a desperdiçar outra grande penalidade - mas não conseguiram evitar novo resultado negativo: nos últimos oito jogos o conjunto 'encarnado' só ganhou um.
Bruno Lage apostou em algumas novidades para o 'onze' inicial das 'águias'. Se na defesa, um dos setores mais criticados nos últimos tempos, não houve mexidas - até porque as alternativas não serão muitas nesta fase da época - no centro do meio campo Samaris foi de novo titular, mas Taarabt recuou para jogar ao lado do grego e o alemão Weigl começou no banco. Também no banco começou Rafa, com Cervi titular pela esquerda e Chiquinho a jogar de início no apoio ao ponta-de-lança, Carlos Vinícius.
Do lado do Setúbal, grande parte das atenções estavam viradas para o seu guarda-redes, Makaridze, depois das polémicas declarações de há uma semana.
O encontro começou numa toada relativamente lenta. O Setúbal pausava o ritmo sempre que conquistava a bola e o Benfica não conseguia criar desequilíbrios quando saía para o ataque. O primeiro remate a uma das balizas só aconteceu aos 12 minutos. Depois de uma jogada de insistência do Benfica pela esquerda, Grimaldo cruzou da linha de fundo, rasteiro, Vinícius ajeitou para Chiquinho, que rematou, mas o disparo saiu uma rosca para fora.
O Vitória tentou responder e Ghilas apareceu isolado perante Vlachodimos pouco depois, mas estava em posição irregular, o mesmo sucedendo com Vinícius, no lance seguinte, na boa área, quando o brasileiro, servido por Pizzi, surgiu a rematar (por cima) já na pequena área sadina.
Benfica começa a 'encostar' anfitriões, mas são os da casa os primeiros a ameaçar
Os minutos foram passando e o Benfica começou a crescer. As 'águias' remeteram o Vitória de Setúbal para o seu meio-campo mas, lances de perigo, nem vê-los. Aos 24 minutos, na transformação de um livre, Samaris tentou a sua sorte, mas o remate saiu por cima, sem assustar Makaridez.

E, em contra-ataque, até foi o Vitória a criar o primeiro lance de verdadeiro perigo da partida. Cruzamento da esquerda e Zequinha, ao segundo poste, antecipou-se a Grimaldo, falhando o alvo por muito pouco. O jogo viveu, enfim, alguns momentos de emoção e, na outra baliza, na sequência de um livre de Pizzi, e Samaris cabeceou como mandam as regras, mas para defesa segura do guarda-redes contrário.
Samaris quase marca, mas intervalo chega com 'nulo' no marcador
A pressão do Benfica intensificou-se nos minutos finais do primeiro tempo e pela primeira vez sentiu-se que um Vitória em dificuldades. Pizzi, numa jogada de insistência, rematou forte, mas às malhas laterais e, já no período de descontos, na sequência de um pontapé de canto, Samaris - o mais perigoso dos visitantes no primeiro tempo - surgiu a cabecear em antecipação, ao primeiro poste, com muito perigo.
Foi o mais perto que o Benfica esteve de marcar nos primeiros 45 minutos, mas o intervalo chegou mesmo com as duas equipas 'a zeros'.
Arranque louco de segundo tempo
Se na primeira parte a emoção foi pouca, a segunda começou a todo o gás. A defesa do Benfica entrou ' a dormir' e o Vitória de Setúbal aproveitou para marcar logo no primeiro minuto do segundo tempo. Zequinha meteu para o coração da área 'encarnada', onde apareceu Carlinhos, livre de marcação, a dominar e a atirar para o fundo das redes.
A viver uma série complicada de resultados, pensou-se que o Benfica poderia acusar o golo, mas as 'águias' reagiram bem. Depois de um canto de Pizzi e corte de Ghilas o jogo prosseguiu, mas Rúben Dias ficou caído no relvado. João Pinheiro conferenciou com o VAR, foi ver as imagens e assinalou grande penalidade. Na transformação da mesma, Pizzi, que na anterior jornada tinha falhado dois penáltis, desta feita não perdoou e restabeleceu a igualdade.
Motivado pelo golo do empate, o Benfica continuou em ritmo elevado e Vinícius voltou, pouco depois, a atirar a bola para o fundo da baliza de Makaridze, mas estava em fora-de-jogo. De seguida, foi Chiquinho a testar as qualidades do guarda-redes do Vitória, que esteve à altura.
Benfica mais dominador, novo penálti...mas desta feita ao lado
O ritmo voltou a baixar um pouco. O Benfica continuava a passar mais tempo no meio-campo setubalense, mas o fulgor do golo foi-se esfumando e os lances de perigo voltaram a escassear. mais intenso e a conseguir criar mais lances de perigo. A exceção foi um remate de Pizzi ligeiramente por cima, após cruzamento do recém-entrado Dyego Souza, segunda aposta vinda do banco de Lage, que já tinha feito entrar Rafa.
À passagem do minuto 74, contudo, novo penálti para o Benfica, depois de um cruzamento de Grimaldo bater na mão de Artur Jorge. Desta feita, porém, Pizzi atirou ao lado, falhando a terceira grande penalidade em dois jogos.
Ainda faltava mais de um quarto de hora para o final do encontro, mas não mais o Benfica conseguiu ameaçar verdadeiramente a baliza de Makaridze. O Vitória controlou bem no setor defensivo e a igualdade subsistiu mesmo até ao fim. O Benfica somou o terceiro empate consecutivo e nos últimos oito jogos só ganhou um. A crize agudiza-se para os lados da Luz.

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