"A Sport Lisboa e Benfica SGPS solicitou à CMVM a revogação da OPA sobre 28% de acções da SAD, lançada em Novembro do ano passado. As circunstâncias assim o obrigaram, e o comunicado da SAD é bem claro. Vivemos momentos de profunda incerteza, num estado de emergência global, e do qual a única certeza é que tudo irá mudar no mundo. Os órgãos sociais do Benfica têm pela frente um desafio complexo. Pelo que foi ajustada a decisão de desistir da OPA. Uma operação arrojada, virada para o futuro e que permitiu constatar a natureza de instituições e de certas pessoais. Por um lado, a CMVM, que demorou quatro meses a tomar uma decisão absurda. Por outro lado, algumas pessoas que têm tendência para o disparate, pois os principais objectivos da OPA era reforçar a posição do Clube como accionista da SAD, obviar eventuais tomadas significativas de posições accionistas hostis que poderiam pôr em causa os resultados positivos. Por outro lado, a OPA visava a continuidade do rumo estratégico traçado e que nos levou a atingir lucros nos últimos seis exercícios, recuperar os capitais próprios e abater a dívida. E com cinco campeonatos conquistados em seis. Estes resultados permitiram à SAD ambicionar mais altos voos, ou seja, lutamos com os mais poderosos. Só que os medíocres do costume aproveitaram este contratempo para zurzirem nos gestores que ficam na história por terem apresentado os melhores resultados de sempre. Na altura da divulgação dos resultados, os medíocres calaram-se. O Expresso, como quase sempre, apareceu na linha da frente. Que bom seria ter lido neste semanário uma análise à excelência da gestão da SAD, que apresentou lucros de três dígitos. Os 104 milhões estão atravessados a muita gente! Os 223 milhões de capitais próprios tiram o sono a muitos! E os 224 milhões de rendimentos cegam de inveja outros, nomeadamente quem passou pela direcção do clube. Perdemos uma batalha, mas não perderemos a guerra."
Pedro Guerra, in O Benfica
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