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domingo, 28 de fevereiro de 2021

ANGÚSTIA



 "Independentemente do que tenha ocorrido no jogo com o Arsenal, a temporada benfiquista está a ser penosa. À semelhança, aliás, do que já acontecera com a parte final da época passada.

De facto, desde o dia 8 de Fevereiro de 2020, quando, campeã em título, entrou no Estádio do Dragão com possibilidade de sair de lá com uma vantagem de 10 pontos e perdeu por 3-2, a equipa do Benfica entrou numa espiral negativa que a fez esbanjar sucessivamente Liga Europa, campeonato, Taça e, já nesta temporada, Liga dos Campeões, Supertaça, Taça da Liga e, como tudo indica, novo campeonato.
Mantendo a base da 'Reconquista', robustecida com internacionais da Alemanha, do Brasil, da Argentina, do Uruguai e da Bélgica, e orientada pelo técnico mais ganhador do futebol português da última década, a verdade é que, em campo, as coisas não funcionam. As semanas passam, e tudo vai ficando cada vez pior. Com um plantel tão rico, um treinador de excelência, e uma estrutura de provas dadas, vendo de fora é difícil encontrar razões para o parco rendimento.
Há atenuantes que importa ponderar: covid, arbitragens, bancadas vazias e calendarização. Mas tais circunstâncias não dispensam uma reflexão profunda sobre o que tem corrido mal, reflexão essa que não poderá deixar de parte o intrigante colapso no campeonato 19-20 - ainda pro digerir peal família benfiquista. Não se resolvem problemas de cabeça quente. E não se gere um clube a partir de pinturas nas paredes. É preciso serenidade, autocrítica e, mais do que nunca, união. De dentro e de fora. Sem ela, o final de época pode ser ainda pior do que se anuncia."

Luís Fialho, in O Benfica

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