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terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

PERDIDO NOS DESCONTOS



 Dérbi perdido na compensação

O Benfica sofreu o golo que decidiu o jogo da 16.ª jornada da Liga NOS aos 90'+2'.
O dérbi da 16.ª jornada da Liga NOS, disputado no Estádio José Alvalade, não teve o final que o Benfica pretendia. Num embate equilibrado, o momento que definiu o resultado desfavorável às águias (1-0) ocorreu já no período de compensação (90'+2').
Com um figurino tático bem diferente do sistema (4x4x2) mais utilizado na temporada, o Benfica abordou o dérbi com três centrais (Jardel, Otamendi e Vertonghen), dois laterais projetados para a linha média (Gilberto e Grimaldo), dois médios-centro (Weigl e Pizzi) e três atacantes (Rafa e Cervi partindo de zonas interiores, Darwin sobre o eixo).
O 3x4x3 das águias desenhado por Jorge Jesus (que, por estar infetado com COVID-19, não pôde comandar no banco) enfrentou uma contrariedade aos 10': Jardel lesionou-se na coxa direita e teve de se retirar do palco do dérbi. Foi a jogo Gabriel, para se posicionar na zona central do meio-campo, recuando então Weigl para recompor a linha de três defesas dos encarnados.
O duelo, muito tático, foi agitado pelas águias ao minuto 19. Num movimento de pressão alta e agressiva, Vertonghen conquistou a bola bem no interior da intermediária leonina. Rafa desenvolveu a jogada, abriu para Pizzi na direita, com o camisola 21 a puxar a bola para dentro e a apostar num remate de pé esquerdo. O esférico passou rente ao poste direito.
Houve luta pela conquista e criação de espaços para gerar desequilíbrios e oportunidades de golo, mas as intenções não tiveram tradução dentro das quatro linhas no primeiro tempo. Do lado dos leões, o lance que ameaçou a baliza defendida por Odysseas (um regresso após infeção por COVID-19) ocorreu ao minuto 40, numa situação de bola parada, com Tiago Tomás a desviar o esférico ao primeiro poste e Neto a cabecear cruzado para fora.


A etapa inicial fechou-se com o resultado empatado (0-0) e as equipas equiparadas na posse de bola (50/50%) e nos remates enquadrados (zero).
Na abertura da segunda parte, um grande tiro de Darwin à baliza do Sporting! Solicitado por Pizzi, o camisola 9 do Benfica bateu Coates, descaiu ligeiramente para a esquerda e disparou com força de pé canhoto. O guarda-redes Adán defendeu para canto.


A primeira alteração estratégica na equipa benfiquista foi operada aos 64'. Saiu Cervi, entrou Taarabt. O marroquino juntou-se a Gabriel no coração do meio-campo, enquanto Pizzi se adiantou no relvado para atuar mais perto de Darwin, descaído para a zona interior à direita, e Rafa passou para o lado oposto. No minuto seguinte, novo remate enquadrado dos encarnados (por Rafa), mas à figura do guarda-redes (65').
Odysseas, ao minuto 74 do dérbi, neutralizou, com competência, uma bola traiçoeira e fortuita, que espirrou do duelo entre Weigl e Pedro Gonçalves. Cinco minutos volvidos, duas modificações nas águias: Darwin e Grimaldo foram rendidos por Seferovic e Nuno Tavares.
Um remate de Palhinha, aos 80', apoquentou o Benfica, mas, na reta final do desafio, a equipa que dava sinais de maior frescura física era a das águias. Porém, a jogada que decidiu a atribuição dos três pontos saiu dos pés dos verdes e brancos já no tempo de compensação. Numa segunda vaga, Pedro Porro cruzou da direita, Odysseas socou a bola, mas esta caiu na zona onde estava Matheus Nunes, que cabeceou e marcou o 1-0 aos 90'+2'. Definia-se o resultado do dérbi.
Com 18 jornadas pela frente, a equipa benfiquista volta a competir já na próxima sexta-feira, dia 5 de fevereiro, recebendo o Vitória de Guimarães no Estádio da Luz (19h00) na 17.ª ronda da Liga NOS.

2 comentários:

  1. A chegar ao final da 1ª volta, é este o panorama do nosso descontentamento:
    a 9 pontos do líder / a 5 do Porco / a competir com o Braga pelo 3º lugar.
    Haverá algum benfiquista sério, com a cabeça equilibrada e os pés bem assentes na terra, que não tivesse antevisto esta miséria? Era mais do que previsível que o desequilíbrio do plantel, que vinha desde o tetra, poderia dar nisto.
    O som das contratações e as carradas de milhões que se dão por elas, não equilibram plantéis. O que equilibra um plantel é a escolha criteriosa, responsável e cirúrgica de atletas escolhidos a dedo para suprir as necessidades e constituir uma equipa desportivamente competitiva e produtiva nos resultados. Gastaram-se 100 milhões, e a equipa piorou. Porque se sobrevalorizaram jogadores que tardam em demonstrar (alguma vez demonstrarão?) a valia correspondente ao que custaram. E são legítimas as suspeitas dos adeptos e dos sócios (que são o sangue e a alma do clube) de que haverá quem tenha lambido os dedos no mel e arrecadado lautos proveitos com estes negócios falhados, e tanto mais quanto têm sido recorrentes nas últimas épocas. Deixou de se contratar no mercado nacional (mania de novo-rico, alucinação de quem vê luzes, ou algo muito mais grave e em que eu não quero acreditar?), bem mais acessível, e assim deixámos que os rivais levassem Taremi, Zaidu, Manafá, Nuno Santos, Pedro Gonçalves... Mandámos Vinícius embora e não temos melhor que ele. A prospeção deve ser cega (se se estão a marimbar para ela, peço desculpa), se não vê jogadores como Bruno Fernandes e Trincão e Matheus Nunes e Porro e Luís Diaz e Marchesin... Os melhores produtos da formação são mandados embora ou não jogam. Asneirada atrás de asneirada. Parece que a nossa direção quis dar uma mãozinha aos rivais «falidos». Pode ser suposição minha, mas que parece evidente, parece.

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  2. Continuação:
    «O próximo mandato será o da afirmação desportiva», prometeu LFV (senhor de um rol infame de incumprimento de promessas feitas aos benfiquistas). Mas o que fez? Trouxe de volta JJ, contra a vontade de larga faixa da família benfiquista (que tem memória e não esqueceu o comportamento do treinador quando foi para o rival, e que sabe no que deram os regressos de outros treinadores ao clube), e desatou a contratar na casa dos 20 milhões, sem o critério de reforçar os setores e posições deficitários aos olhos do mundo, até do adepto comum, que não é treinador, mas que também não é burro e sabe ver futebol. Não se aproveitou a última janela do mercado para reforçar a equipa onde ela necessita de equilíbrio e de qualidade. Estaremos assim tão bem nas laterais e no meio-campo (para já não falar na frente de ataque)? Não estamos, qualquer adepto sabe que não estamos nada bem nesses setores, e a vida demonstra-o à saciedade.
    Ontem perdemos e perdemos bem, contra uma equipa de tostões que mereceu ganhar. Jogámos contra uma equipa, formada e treinada com inteligência por um treinador jovem sem peneiras, que não é cagão, mas que não anda cá por ver andar os outros. Ganharam no último minuto? E se fôssemos nós que tivéssemos ganho dessa maneira (como já tem acontecido), senhores comentadores da BTV? Já seria de grande equipa e de campeões?
    É isto o atual Benfica – entregue aos «sabemos o que estamos a fazer», «vamos melhorar», «ainda há muito para ganhar», «ainda é possível». E não só no futebol, as modalidades também andam ao Deus-dará, com plantéis pouco competitivos e/ou desequilibrados, plantéis para perderem títulos. O aventureirismo, a irresponsabilidade e o desnorte imperam na estrutura «10 anos à frente» e no clube como um todo. A grande instituição Sport Lisboa e Benfica é atualmente uma embarcação sem rumo e com rombos graves que o capitão e os seus tenentes (quantos serão adeptos dos rivais/inimigos?) não querem admitir e negam, e que os acólitos (os Guerras e quejandos da BTV) não têm a coragem nem a honestidade intelectual para denunciar, porque mamam e não querem perder a gamela. A massa dos adeptos e dos sócios conta apenas como fregueses tolos, acéfalos e refilões, e vê a sua inteligência, o seu amor e paixão pelo clube diariamente insultados. Eu sinto-me insultado.
    Para finalizar e pra que não restem dúvidas, não, eu não sou daqueles que desistem por estar a ver o meu clube do coração tão maltratado. O clube é o clube e é eterno. Quem o gere, a meu ver irresponsavelmente e com dolo, passará. Continuarei a pagar a BTV e as minhas quotas de sócio, na esperança de dias menos sombrios.
    Tenham vergonha e vão-se embora, coveiros do meu Benfica!

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