"Em 27 de Março, após derrotar por 3-0 a poderosa equipa da Fonte do Bastardo, Marcel Matz deixara o aviso - 'Vamos aos Açores tentar vencer pelo menos um jogo e tentar trazer a decisão para um quarto desafio. Vai ser muito complicado, mas vamos com a vitória em mente'. Muitos pensaram que se tratou de um mind game, mas não foi. Marcel Matz sabia que os açorianos tinham sido mais fortes da II fase, vencendo os dois jogos frente ao SL Benfica, quer em casa, quer na Luz. E com vitórias por 3-1. Quando muitos prognosticavam que a nossa equipa estava velha, esgotada e cansada, eis que o genial técnico brasileiro conseguiu tirar o melhor dos 14 notáveis jogadores do plantel. A dupla jornada, na Praia da Vitória, afigurava-se como uma missão impossível. Mas Rapha, Bernardo Silva, André Lopes, Peter Wohlfahrstatter, Ivo Casas, Hugo Gaspar, Marc Honoré, Afonso Guerreiro, Theo Lopes, Miguel Sinfrónio, Zelão, Tiago Violas, Japa e Nuno Pinheirom puxaram dos galões, realizando duas exibições 'à Benfica'. Apoiados pelos sócios incansáveis na nossa Casa na Ilha Terceira, os dois recitais confirmaram a política desportiva certa. A conquista do 9.º campeonato ficou marcada por um dos mais graves e lamentáveis episódios no desporto nacional. A Federação Portuguesa de Voleibol não compareceu naquele que seria o último jogo da III fase da divisão de elite, que apurava o campeão. Invocando a pandemia de covid-19, a Federação e os seus dirigentes revelaram uma tremenda incompetência e falta de sensibilidade. O seu presidente pode indicar as razões que quiser. Nada apagará este momento vergonhoso de uma federação financeira pelo Estado. A falta de respeito pelos dois melhores clubes de actualidade devia levar à demissão de toda a direcção."
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