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sábado, 22 de maio de 2021

O JOGO DO ANO



 "Numa época desportiva bem-sucedida - leia-se: em que o Benfica tivesse sido campeão nacional - a Taça de Portugal constituiria uma simples cereja em cima do bolo. Uma coroa sobre a glória conquistada. Uma adorno no traje de gala dos campeões.

Infelizmente, não é o caso.
Por motivos que não interessa agora repisar, a temporada não foi feliz. Primeiro perdemos a qualificação para a Liga dos Campeões e os seus milhões, depois a Supertaça, a Taça da Liga, a Liga Europa, o Campeonato, e até o 2.º lugar e mais milhões. Sobrou a prova-rainha do futebol português, que tem epílogo no próximo domingo.
Mais do que conquistar um troféu, importa terminar a época em festa. Importa também demonstrar que tudo poderia ter sido diferente. Que havia equipa para mais. Além de garantir uma maior tranquilidade na abordagem à próxima época - que terá, necessariamente, de ser diferente das duas anteriores.
A decisão vai ter lugar em Coimbra, diante do SC Braga. Lamentavelmente, ainda sem público. Lamentavelmente, longe do Jamor, seu domicílio natural de beleza e carisma singulares.
Nos últimos 25 anos, conquistámos apenas três Taças de Portugal. Apesar de também nesta competição sermos o clube com melhor palmarés, a Taça tem vindo a tornar-se prova maldita para o Benfica. É hora de inverter essa sorte e esse ciclo. É hora de voltarmos a erguer um troféu e de dar um pouco de cor à temporada. De pôr fim, também, a um período, mais ou menos coincidente com a pandemia, em que os benfiquistas têm sido fustigados com sucessivas, e por vezes inesperadas frustrações.
Esta Taça tem de ser nossa. Força, Benfica!"

Luís Fialho, in O Benfica

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