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segunda-feira, 26 de julho de 2021

1, 1 TESTE

 


"Segue a pré temporada encarnada no mesmo ritmo pouco entusiasmante com que “passeou” pela época passada. Em ataque posicional, carece de maior qualidade quer de combinações coletivas, quer de capacidade individual – Ter nos quatro homens da frente, Pizzi, Rafa, Ramos e Taarabt é desde logo sinal de que apenas um terá capacidade de desequilíbrio. Se a tal juntarmos laterais sem a velocidade de deslocamento que tantas vezes faz a diferença no corredor lateral, facilmente se conclui que para criar será preciso algo de extraordinário.
Como que a prová-lo, foram as duas arrancadas de Speedy Rafa que abanaram o jogo do Benfica – Sofreu penalty e marcou o golo que viria a ser anulado.

Organização Defensiva no Meio Campo Ofensivo – HxH

A incapacidade para ser perigoso com bola, para dominar o jogo em posse é óbvia e um problema que não se resolverá fazendo o mesmo e utilizando os mesmos jogadores.
Cada vez mais notória é a forma como os encarnados procuram defender sempre que a bola se encontra no meio campo adversário – Homem a Homem a campo todo, que permitiu somar algumas recuperações da posse, mas que faz também consentir vários momentos em que a sua linha defensiva fica exposta e obrigada a defender espaços largos com pouca relação numérica. Beneficia de ter centrais de grande categoria. Porventura, o ponto mais forte de todo o conjunto encarnado.
Sem qualidade desequilibradora na frente – O Benfica precisa que Everton rubrique uma temporada de excelência para poder encurtar distâncias para os dois rivais – o jogo no Estádio da Luz foi arrastando-se numa toada pouco veloz, pouco criativa e como tal, sem lances de perigo.
Ao golo de Pizzi de penalty, respondeu Payet num lance genial, mas que voltou a colocar bem patentes as dificuldades que Grimaldo tem no 1×1 defensivo.

5x4x1 que se transforma em 3x4x3 com a projecção de laterais e alas

No segundo período, Jorge Jesus experimentou um sistema que provavelmente passará a plano A com o tempo. Porque permite utilizar os três centrais – Eles que são provavelmente as três mais valias de toda a equipa. Todavia, apesar da qualidade que ganha na ligação para o ataque – onde Lucas é tremendo, perde em presença na frente. Pizzi define com categoria na fase da finalização, mas em tudo o que seja criar, sem espaço perde tempo e é ineficiente e ineficaz. Gil Dias não tem nível defensivo para um clube da dimensão do Benfica, e ofensivamente jogando de pé trocado, deixa o seu jogo muito previsível – Muito tem sentido a ausência de Diogo Gonçalves no corredor direito.
O jogo encarnado continua lento, previsível, e preocupante. Talvez o caminho seja mesmo o de assegurar competência defensiva e construir o seu jogo a partir daí, à semelhança do que fez o actual campeão nacional.

Figuras:
Rafa Silva – Sempre esporadicamente, mas é das iniciativas individuais de Rafa que vive todo o ataque do Benfica;
Gonçalo Ramos – A passada larga que se torna eficaz não apenas na chegada à frente com bola, mas também nos momentos de pressão, e a confiança que denota agora também fora das zonas de finalização tornam Gonçalo uma possível primeira opção muito forte para o ataque encarnado. Contudo, não é um criador, e precisa que o alimentem;
Lucas – Otamendi – Vertonghen – A qualidade do passe vertical ou para o lateral, expresso na forma tensa como batem a bola e rasgam linhas adversárias é uma tremenda mais valia, num trio que ainda traz presença forte nas bolas paradas, e imponência no duelo defensivo. Mas, precisam também eles que na frente haja qualidade para receber e jogar em zonas de criação."

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