"As 5 alternativas para a defensiva encarnada: exequíveis ou utópicas?
A lesão grave contraída pelo internacional brasileiro obriga os encarnados a repensar o futuro do seu eixo defensivo e a procurar soluções que garantam a permanência da ultra competência evidenciada pelos titulares de serviço em 2021.
Além do supracitado, Nicólas Otamendi e Jan Vertonghen impõem-se naturalmente, mas é preciso pensar mais além. Com a idade dos dois, a sua sucessão tem que ser discussão urgente para os responsáveis encarnados.
Estes têm a oportunidade de analisar de perto, diariamente, as qualidades de Morato, Tomás Araújo, António Silva, Pedro Álvaro ou Pedro Ganchas (e Branimir Kalaica, eternamente esquecido num limbo competitivo).
Por esta perspectiva poderíamos até considerar desnecessária a ida ao mercado para rejuvenescer o setor, dado o talento diferenciado disponível e o próprio historial do clube como seguro de vida. Depois de Rúben Dias, o Seixal prepara-se para lançar nova estrela para a ribalta do futebol europeu, caso se dê prioridade ao leque de talento disponível.
Se a intenção for o recrutamento de talento estrangeiro, surge o caso Lindelof como abonador de nova aposta certeira e tentaremos então discernir cinco nomes que poderiam ser analisados mediante variados prismas.
Há quem apoie um empréstimo de um elemento mais experiente que garanta rendimento imediato, sem necessidade de grande fase de adaptação e que venha apenas cumprir os seis meses até final da temporada.
Outros, mais precavidos, preferem nova aposta na juventude, assegurando elemento que participe na reformulação do plantel para os anos vindouros. Daremos, então, atenção às duas preferências e lançaremos para a mesa de debate nomes de origens díspares e de contextos competitivos opostos, introduzindo uns mais conhecidos e outros ainda na obscuridade mediática – e em mercados em que o SL Benfica deveria estar mais atento.
1. Tiago Coser
É o principal nome apontado pela imprensa desportiva nacional para reforçar o plantel em janeiro. Produto das escolas da Chapecoense, subiu em 2021 ao plantel principal e começou desde logo a acumular minutos no estadual Catarinense, no qual a equipa alcançou a final – perdida para o rival Avaí.
No Brasileirão, estreou-se à jornada 11, cumprindo 15 minutos na derrota frente ao Flamengo, por 2-1, sendo esses os únicos que contabilizou na fraca temporada do Chapecó, que se encontra na última posição e já virtualmente despromovido há muito tempo (a equipa está agora a 17 pontos do penúltimo classificado, o Grémio).
Daí que seja difícil entender-se a falta de aposta continuada em Coser, que demonstra qualidades suficientes para se assumir neste plantel da Chapecoense – faz parte dos sub-17 do Brasil e as suas características físicas imploram por futebol europeu, onde chegaria em idade ideal para aprimorar eventuais lacunas táticas.
Está avaliado num valor aproximado de um milhão de euros.
2. Fouad El Maach
Insere-se na lista pelo seu perfil técnico e pela relaxada gestão empregue pelo Mónaco na sua carreira, que possibilitaria uma abordagem mais convicta do SL Benfica.
Capitão da equipa secundária dos monegascos desde o ano passado (transitou dos sub19 com o mesmo estatuto), Fouad só em maio assinou contrato profissional (aos 20 anos de idade) e só agora começa a entrar nos planos de Kovac para a equipa principal.
De ascendência marroquina, Fouad destaca-se sobretudo pelo à vontade no trato de bola e na confiança com que se liberta na integração de jogadas ofensivas, fazendo uso do seu bom sentido posicional e da técnica acima da média. Participou na última CAN sub-20 pela seleção de Marrocos.
3. Ilya Zabarnyi
A opção mais ousada e que obrigaria a maior esforço financeiro mas, proporcionalmente, a que maior retorno desportivo asseguraria. Zabarnyi é o novo fenómeno ucraniano e demonstra capacidades de liderança invulgares para tão tenra idade.
A estatística que alimenta já chamou a atenção dos maiores colossos europeus e o seu valor de mercado cifra-se agora nos 11 milhões de euros – seria assim a última grande oportunidade do SL Benfica lutar pelo seu concurso, processo que seria facilitado se as águias se classificassem para a próxima fase da Liga dos Campeões, ultrapassando o FC Barcelona e o FK Dynamo de Zabarnyi.
4. Alexandre Penetra
Se a opção for recuperar o monopólio dos principais talentos a despontar no campeonato nacional, a lógica obriga a pensar em Alexandre Penetra, produto do Benfica Campus que precisou de sair para ganhar notoriedade.
Subiu à equipa “A” dos famalicenses esta época e já se assumiu como uma das figuras da equipa, alcançando preponderância suficiente para ser capitão de equipa, processo de ascensão que culminou na chamada de Rui Jorge para os compromissos dos Sub-21 frente ao Chipre.
5. Lenglet / Umtiti
Duas das cartas foras do baralho de Xavi Hernández na revolução em curso na Catalunha. À espera da saída dos dois internacionais franceses estará Mika Marmol, mais uma pérola da La Masia.
Lenglet, de 26 anos, há muito que perdeu confiança dos adeptos blaugrana e nunca conseguiu assumir-se definitivamente, tendência acentuada esta temporada com apenas 374 minutos divididos por oito jogos.
Apesar disso, continua merecedor da confiança de Didier Deschamps no contexto de seleção (foi convocado para o último duplo compromisso, com Cazaquistão e Finlândia) e poderá ser esse um dos seus principais trunfos na procura de novo clube.
Everton FC e AS Roma já perguntaram por ele, e o SL Benfica teria forte motivo para o convencer a relançar a sua carreira com o fator Champions – o jogo no Camp Nou seria assim decisivo em duas frentes.
O caso de Umtiti difere pela capacidade demonstrada pelo internacional francês, que viu a sua afirmação ser interrompida pelos problemas físicos. Notícias recentes referem a intenção do jogador em conseguir nova e definitiva oportunidade de se mostrar, sobretudo agora com a chegada de novo treinador e com a introdução de novas ideias, que iriam de encontro às características inatas do francês."
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