"Quem é Pedro Pinho?
Pedro Pinho é proprietário da empresa PP Sports, sendo também representante de vários jogadores. Apesar de não ser um agente com uma grande “carteira” de jogadores, conseguiu colocar ao longo dos anos vários jogadores no FC Porto, entre os quais Brahimi - em parceria com Nélio Lucas (administrador executivo do fundo de investimento Doyen Sports), Herrera, Militão, entre outros. Pedro Pinho foi, igualmente, intermediário no negócio do patrocínio com a atual dona da MEO, a Altice, no qual terá ganho valores que rondam os 20 milhões de euros.
Este é o único agente que consegue comprar e vender jogadores diretamente do FC Porto.
Para além disto, Pedro Pinho teve ainda uma sociedade com Alexandre Pinto da Costa, filho de Jorge Nuno Pinto da Costa, chamada Soccer Energy. Alexandre Pinto da Costa, enquanto sócio de Pedro Pinho, conseguia fazer alguns negócios na instituição FC Porto e usufruir de comissões chorudas. Contudo estes acabariam por se separar, e, após essa separação, o filho de Pinto da Costa terá sido afastado da maioria dos negócios do clube. Pedro Pinho foi o grande beneficiário.
A título de exemplo, uma comissão de um jogador normalmente é de 10%, qual o motivo de o FC Porto pagar 8.5 milhões de euros por Militão quando o custo do jogador por 90% do passe foi de 4 milhões? Se 1.5 milhões foram para encargos como refere o R&C consolidado da SAD portista de 2018/2019, para onde terão ido os restantes 3 milhões?
Os empresários de Militão são agentes do Banco BMG, parceiro do FC Porto no Museu e fiador do clube. Estes são os únicos que podem tratar de negócios do FC Porto no Brasil.
Pedro Pinho é, em conjunto com outro empresário português, o representante oficial deste grupo em Portugal. O porquê desta coincidência? Porque só através dele conseguiram e conseguem fazer negócios com o FC Porto e usufruir das comissões milionárias.
Suspeita-se que Pedro Pinho tenha, alegadamente, pago a jogadores para facilitarem nos jogos em prol do FC Porto. Diz-se que Vágner, a título de exemplo, poderá ter recebido 150 mil euros de Pedro Pinho para facilitar no Boavista - FC Porto, há algumas épocas atrás. Mas não só, existiram também suspeitas de manobras de bastidores utilizando António Perdigão - antigo árbitro-assistente, arguido do “Apito Dourado” e ex-analista de arbitragem do Porto Canal - para condicionar os árbitros dos jogos, como Vasco Santos, no célebre Estoril - FC Porto.
Recordam-se das ameaças e agressão a um repórter da TVI na época passada? Pedro Pinho foi o responsável pela investida.
Nas buscas mais recentes à sua moradia, Pedro Pinho, por obra divina, não se encontrava presente. Porquê? Porque tinha viajado para a Roménia dias antes, quando, muito provavelmente, terá sido avisado de que seria alvo de buscas. O mesmo, presumivelmente sabendo de antemão aquilo que se iria passar, viajou para a Roménia, alegadamente por “motivos de caça”. Fica a nota curiosa sobre o destino escolhido pelo empresário: não existe acordo de extradição entre a jurisdição portuguesa e romena.
Esta é uma das personagens em investigação pela justiça portuguesa neste processo que se adivinha longo.
Iremos, ao longo dos dias que se seguirão, abordar um por um dos intervenientes no processo “Cartão Azul” e expor a teia, recorrendo a dados concretos que temos em nossa posse.
Amanhã seguir-se-á o Banco BMG."
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