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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

MUITO EM JOGO

 


"O futebol é o momento. Este é um chavão muitas vezes utilizado, mas que faz todo o sentido sempre que puxamos a memória um pouco para trás.

As épocas são extensas, e é muito raro uma equipa não ter oscilações de rendimento. No fim, ganha quem menos oscila, quem é mais regular.
Estamos no início de Fevereiro. E se recuarmos quatro meses encontraremos um momento em que o Benfica acabara de golear o Barcelona, levava onze vitórias e dois empates em treze jogos, e à sétima jornada liderava o Campeonato com quatro pontos de vantagem sobre os rivais. Tudo eram rosas, e passaram apenas quatro meses.
Entretanto, como se sabe, as coisas correram mal. Perdemos jogos, perdemos pontos, perdemos troféus, perdemos confiança e perdemos estabilidade. Porém, a época ainda não terminou.
Quanto aos pontos e às taças perdidas nada há a fazer. Já a confiança e a estabilidade dependem em parte de nós próprios, e quando falo em nós estou a referir-me a toda o universo benfiquista - dirigentes, técnicos, atletas e adeptos.
É preciso lembrar que estamos no lote das dezasseis equipas apuradas para a fase a eliminar da maior competição de clubes do mundo. E que vamos defrontar um adversário forte, mas não intransponível. Um Benfica igual ao de há quatro meses pode discutir a eliminatória com o Ajax, e ainda escrever uma página de história nesta prova. Não faz sentido lutar tanto para chegar à Champions, vibrar tanto com os apuramentos, e depois esquecemo-nos de que lá estamos.
E quanto ao Campeonato, faltam catorze longas jornadas, com confrontos directos pelo meio. Só em Maio se saberá quem mais oscilou."

Luís Fialho, in O Benfica

1 comentário:

  1. É verdade que vamos defrontar um Ajax forte mas não intransponível, mas não estamos propriamente como há quatro meses, Na actualidade, serviremos de saco de pancada para o Ajax.
    Quanto a vermos quem mais oscilou, nós já oscilámos o suficiente para nunca mais nos equilibrarmos esta época, e nem sei se para o ano nos equilibraremos.
    Há um ditado que se aplica a nós como a manteiga na torrada. Construir leva-se anos, destruir não precisa mais que minutos.
    Gostaria de ter o seu optimismo, mas vou mais pela realidade que pelos sonhos.

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