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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

SIGA PARA AMESTERDÃO

 


"Um jogo divertido, interessante de se seguir e que deixou tudo em aberto para Amesterdão. O Ajax foi a equipa de posse que costuma ser, teve mais bola, mais iniciativa e criou mais oportunidades. Já o Benfica apostou em defender e transitar e podia (e devia) ter feito mais nos muitos espaços que a equipa neerlandesa foi deixando.
O Ajax tem um jogo posicional muito interessante. O 4×2 na sua construção (guarda-redes, centrais e 6 contra Darwin e Gonçalo) ofereceu controlo na primeira fase e facilidade em eliminar os avançados. O equilíbrio de jogadores dentro, fora, em apoio e na profundidade criou dificuldades ao Benfica e originou várias oportunidades de golo que não foram aproveitadas. No entanto, a turma de Ten Hag apresentou-se com mais erro técnico e decisional (algo precipitada) que o normal, o que lhe custou mais perdas e menor controlo do jogo.
A forma como equilibram a equipa no momento da posse – várias vezes apenas com 3 jogadores -, aliada ao facto de terem tido mais perdas e uma reação que não foi suficientemente agressiva no centro de jogo, podia ter sido fatal. A verdade é que o Benfica teve várias saídas para contra-ataque onde encontrou situações de igualdade e até superioridade com campo aberto, algo que deveria ter sido melhor aproveitado.
Ter Darwin e Rafa em campo é saber que por muito tempo que se defenda, em cada recuperação vão conseguir esticar o jogo. É verdade que o uruguaio não tem a qualidade técnica e de definição que lhe permite elevar o nível do seu jogo, mas a facilidade com que ganha metros e vence duelos, coloca o adversário sempre alerta e não raras vezes a correr para trás. Já o internacional português, com a sua aceleração e capacidade na condução, continua a ser o maior responsável pela criação do Benfica, ainda que também não tenha uma taxa de sucesso na definição assim tão alta.
Curiosidade para perceber a abordagem do Benfica no jogo da segunda mão. Se irá apresentar uma postura mais pressionante ou controladora, como irá importunar a construção adversária e se conseguirá melhorar a definição na transição ofensiva."

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